Herpes genital
Herpes genital é uma doença infectocontagiosa provocada pelo vírus herpes simples (HSV). A doença está relacionada a duas cepas diferentes do HSV, o tipo 1 e o tipo 2. Entretanto, na maioria dos casos, a doença é provocada pelo tipo 2.
O sintoma mais característico dessa doença que afeta tanto homens quanto mulheres são as lesões nos órgãos genitais. O tratamento é feito com base no uso de antivirais, os quais agem diminuindo a replicação do vírus. Apesar de os medicamentos não causarem a cura, eles diminuem o tempo da doença, previnem o surgimento de lesões e reduzem o risco de transmissão.
Veja também: Gonorreia — infecção sexualmente transmissível provocada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae
Resumo sobre herpes genital
-
Herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível causada pelo vírus herpes simples (HSV).
-
O HSV é um vírus de DNA, pertencente à família Herpesviridae.
-
As manifestações clínicas do herpes genital podem ser divididas em primoinfecção herpética e surtos recidivantes. A primoinfecção herpética, em geral, é mais severa que os outros surtos.
-
Lesões avermelhadas que evoluem para úlcera na região genital são características da doença.
-
O paciente também pode apresentar sintomas como febre, mal-estar e dor ao urinar.
-
O herpes genital é uma doença que não possui cura, entretanto, os medicamentos podem diminuir a duração dos sintomas, prevenir o surgimento de lesões e reduzir o risco de transmissão.
O que é herpes genital?
Herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível causada pelo vírus herpes simples (HSV). A doença afeta tanto homens quanto mulheres e provoca o surgimento de feridas dolorosas na região genital.
Trata-se de uma doença sujeita a recidivas, ou seja, a doença pode aparecer novamente de tempos em tempos. Isso acontece pois o HSV, após infectar os seres humanos, permanece em latência nos núcleos das células dos gânglios sensitivos, sendo reativado em determinadas situações.
Vírus herpes simples
O HSV é um vírus de DNA, pertencente à família Herpesviridae, que é parcialmente inativado pela radiação ultravioleta e apresenta boa resistência ao resfriamento. Trata-se de um vírus de grandes dimensões, com capsídeo icosaédrico e envelopado, ou seja, possui uma membrana lipídica externa.
São reconhecidas duas cepas desse vírus relacionadas com o herpes genital, o tipo 1 (HSV-1) e o tipo 2 (HSV-2). Os dois tipos podem desencadear o surgimento de lesões em qualquer parte do corpo, entretanto, o que geralmente se percebe é que o HSV-1 é responsável por causar lesões nas regiões periorais, enquanto o HSV-2 relaciona-se principalmente com lesões genitais.
Transmissão do herpes genital
A transmissão do herpes genital ocorre, principalmente, pelo contato sexual, mas também pode ocorrer da mãe para o bebê. No que diz respeito ao ato sexual, o contato com lesões ativas trata-se da forma mais comum de transmissão, entretanto, pacientes assintomáticos podem também transmitir a doença.
Sintomas do herpes genital
O herpes genital é uma doença que está sujeita a recidivas, ou seja, após algum tempo, seus sintomas podem reaparecer. O período de incubação pode variar de um a 26 dias após o contágio, sendo esse período, em média, de sete dias.
As manifestações clínicas do herpes podem ser divididas em primoinfecção herpética e surtos recidivantes, sendo importante ressaltar que primoinfecção se trata do primeiro contato com o agente causador.
O herpes genital pode ser assintomático ou não, estando os sintomas relacionados, por exemplo, com predisposição genética do paciente e sua imunidade. Em geral, a primoinfecção herpética é assintomática, porém sintomas podem surgir, sendo, nesses casos, mais severos que os que aparecem nos surtos.
As manifestações clínicas características da primoinfecção herpética são febre, dor de cabeça, dores musculares e fraqueza muscular. Posteriormente, há o surgimento de lesões na região genital. Essas lesões caracterizam-se por serem, geralmente, muito dolorosas. Inicialmente, surgem como lesões avermelhadas com pequenas bolhas, as quais posteriormente evoluem para úlceras arredondadas. As lesões do herpes podem surgir em diferentes partes da região genital.
Os indivíduos com herpes genital podem apresentar ainda dor e desconforto ao urinar, sendo esse sintoma mais comum em mulheres que homens. Quando há o acometimento do colo uterino, é comum o corrimento vaginal em mulheres. O acometimento da uretra em homens pode provocar corrimento uretral.
Após a primoinfecção, pode-se observar a repetição da infecção por reativação do vírus. Essa reativação pode estar relacionada, por exemplo, com uso prolongado de antibióticos, traumatismos locais, estresse, quadros infecciosos e imunodeficiência.
De maneira geral, as recorrências tendem a ser menos intensas que o quadro observado na primoinfecção e podem ser precedidas de sintomas como sensação de queimação, dores musculares, coceira leve e fisgadas nas permas, região anogenital e quadris.
Saiba mais: Aids — fase da infecção por HIV em que se observa grande comprometimento do sistema imunológico
Herpes genital e a gestante
Mulheres grávidas podem ter complicações decorrentes do herpes genital, estando o vírus relacionado, por exemplo, com o aborto espontâneo, prematuridade e herpes congênito e neonatal. Geralmente, a transmissão ocorre no momento do parto, entretanto, pode ocorrer também durante a gestação, sendo a infecção ocasionada ainda no útero.
Tratamento do herpes genital
O herpes genital é uma doença que, até o momento, não apresenta tratamento que garante a cura definitiva do problema.
Como o vírus permanece em latência no nosso corpo, os medicamentos hoje disponíveis estão relacionados com a redução do tempo da doença e prevenção de surtos. O tratamento também gera a diminuição dos riscos de transmissão.
Os medicamentos utilizados no tratamento do herpes genital são antivirais que atuam reduzindo a taxa de replicação do vírus. É importante destacar que o medicamento correto, as doses, a quantidade de dias e quantas vezes o medicamento deve ser tomado são informações que devem ser passadas apenas por um médico.
Prevenção do herpes genital
Sabemos que o herpes genital pode ser transmitido, principalmente, por meio da relação sexual com indivíduo infectado pelo vírus. Assim sendo, como principal forma de prevenção indica-se o uso de preservativo em todas as relações sexuais.
No entanto, lesões podem surgir em áreas que não são cobertas pelo preservativo, o que pode favorecer a infecção mesmo com uso desse importante método de barreira. Vale destacar que a doença pode ser transmitida também da mãe para o bebê, sendo nesses casos recomendada a cesariana quando a gestante apresentar lesões ativas.