Radiação ultravioleta (UV)
A radiação ultravioleta é um tipo de radiação eletromagnética ionizante proveniente do Sol com alto poder de penetração na pele humana. Ela possui baixo comprimento de onda, ocasionando uma alta frequência e alta capacidade energética. Ela é dividida de acordo com sua faixa de energia em UVA, UVB e UVC.
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Resumo sobre radiação ultravioleta
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A radiação ultravioleta é um tipo de radiação eletromagnética ionizante e consegue penetrar as camadas mais internas da pele e se acumular.
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A nomenclatura “ultravioleta” é devido ao fato de a cor violeta ser a de maior frequência no espectro visível da luz.
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A camada de ozônio consegue absorver completamente a radiação UVC, parcialmente a radiação UVB e praticamente nada da radiação UVA.
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A radiação ultravioleta serve como elemento fototerápico, germicida, produtora de vitamina D, bronzeadora artifical, aceleradora das polimerizações, eliminadora de dados em chips de memória e visualizadora de substâncias invisíveis a olho nu, tornando-as fluorescentes.
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A radiação infravermelha, assim como a radiação ultravioleta, é originada nos raios solares e é invisível para os olhos humanos.
O que é radiação ultravioleta?
A radiação ultravioleta (UV) é uma onda eletromagnética oriunda do raios solares, altamente energética e ionizante, capaz de retirar elétrons de átomos, gerando os íons. Ela possui um pequeno comprimento de onda, abaixo de 400 nanômetros, variando de acordo com a sua faixa de energia. Com isso, apresenta uma elevada frequência, de no máximo 1018 Hz.
Sua nomenclatura se dá porque a cor violeta é a tonalidade do espectro visível da visão humana de maior frequência.
Quais são os tipos de radiação ultravioleta?
A radiação ultravioleta pode ser classificada de acordo com suas faixas de energia em UVA, UVB E UVC. A seguir, podemos ver a representação da capacidade de penetração dos raios ultravioletas, luz visível e raios infravermelhos na camada de ozônio, no vidro e na pele humana:
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Radiação UVA: conhecida como onda longa ou luz negra, apresenta um comprimento de onda entre 320 nanômetros e 400 nanômetros e é a radiação menos energética. Ela é a radiação ultravioleta que mais alcança a Terra, já que quase não é bloqueada pela camada de ozônio. É a menos prejudicial entre as radiações ultravioletas, contudo, por apresentar um alto poder de penetração cutânea, a exposição prolongada a ela pode ocasionar sérios efeitos.
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Radiação UVB: também denominada onda média, apresenta um comprimento de onda entre 290 nanômetros e 320 nanômetros e é a segunda radiação mais energética. Ela é parcialmente bloqueada pela camada de ozônio, apresentando maior incidência no verão nas regiões de elevadas altitudes e próximas à linha do Equador. Ela é capaz de provocar vermelhidão e alguns tipos de câncer.
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Radiação UVC: também nomeada UV curta ou germicida, apresenta um comprimento de onda entre 200 e 290 nanômetros e é a radiação mais energética. Trata-se da radiação mais prejudicial aos seres humanos, mas que felizmente é totalmente bloqueada pela camada de ozônio.
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Aplicações da radiação ultravioleta
A radiação ultravioleta possui diversas aplicações.
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Lâmpadas de descarga de mércurio utilizadas na esterilização de materiais hospitalares.
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Lâmpadas fluorescentes, que conseguem emitir raios UVA e UVB, devido à sua semelhança com a luz natural.
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Em clínicas de bronzeamento artificial.
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Produtora de vitamina D.
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Indutora de reações químicas, sendo capaz de acelerar a formação de moléculas grandes conhecidas como polímeros (polimerização) de alguns compostos.
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Eliminação de dados em chips de memória de computador, os EPROM.
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Tornar algumas substâncias invisíveis para os humanos em fluorescentes quando expostas por ela.
Efeitos da radiação ultravioleta
A radiação ultravioleta possui uma alta penetração cutânea e poder cumulativo, produzindo efeitos agudos e crônicos nos seres humanos:
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Efeitos agudos: são aqueles que surgem e desaparecem rapidamente, como queimaduras, bronzeamento e produção de vitamina D.
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Efeitos crônicos: são aqueles que demoram a surgir e a desaparecer, como o fotoenvelhecimento, melasma, sardas, pintas, rugas e câncer de pele.
Como se proteger da radiação ultravioleta?
A maior proteção contra a radiação ultravioleta é a camada de ozônio, que consegue filtrar a maior parte dos raios UV. Contudo, devido ao buraco na camada de ozônio, a sua função tem sido comprometida. Então, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é necessário tomar algumas medidas extras de proteção, sendo elas:
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usar protetores solares com FPS (fator de proteção solar) de no mínimo 30 diariamente;
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reaplicar o protetor solar de acordo com os horários indicados na embalagem;
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usar óculos escuros, chapéus e camisetas compridas;
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permanecer na sombra em horários em que a radiação UVB é mais intensa (das 10h às 16h);
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consultar um dermatologista sempre que encontrar irregularidades na pele, como pintas e manchas;
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optar por barracas formadas por algodão ou lona na praia e piscina, já que são capazes de absorver metade da radiação ultravioleta.
Vale ressaltar que todas as pessoas precisam se proteger da radiação ultravioleta, principalmente as de fototipo I e II, sendo as pessoas de pele clara, cabelos claros e olhos claros, e as pessoas com histórico familar de câncer de pele e queimaduras solares.
Diferenças entre radiação ultravioleta e infravermelha
A radiação ultravioleta e a radiação infravermelha são radiações da luz solar e invisíveis a olho nu, contudo elas apresentam diversas diferenças em razão de estarem em lados completamente opostos do espectro de luz visível, como podemos ver na imagem abaixo:
A radiação ultravioleta conta com um baixo comprimento de onda, aproximadamente abaixo de 400 nanômetros, gera uma alta frequência, entre 1015 Hz e 1018 Hz, e alto poder energético. Já a radiação infravermelha apresenta um longo comprimento de onda, acima de 750 nanômetros, ocasionando uma baixa frequência, entre 1011 Hz e 1014 Hz, e baixo poder energético, a ponto de vibrar os átomos, mas sem gerar nenhuma reação.