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HPV

HPV é o nome dado a um grupo de vírus que infecta mucosas e pele. Destaca-se por sua participação no desenvolvimento do câncer do colo do útero.
HPV é um vírus capaz de infectar pele e mucosas.
HPV é um vírus capaz de infectar pele e mucosas.

HPV é uma sigla para papilomavírus humano (Human Papiloma Virus, em inglês), um grupo de vírus de DNA que infecta pele e mucosas. Recebe a denominação “papiloma” porque alguns tipos desses vírus geram verrugas ou papilomas. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, 12 deles são de alto risco para o desenvolvimento de câncer.

Leia também: Os vírus são seres vivos?


Tipos de HPV

Existem cerca de 150 tipos de HPV, os quais podem ser classificados em dois tipos: os que afetam a pele e os que afetam as mucosas. Estes desenvolvem-se no revestimento interno de cavidades úmidas que estão expostas ao meio externo, como a vagina e o ânus. Já os que afetam a pele podem causar verrugas nos braços e mãos, por exemplo.

Podemos classificar os HPVs que afetam o trato genital em: HPV com alto risco de desenvolver câncer e HPV com baixo risco. O grupo dos vírus com alto risco de desenvolver câncer conta com 12 tipos: HPV tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59. Vale destacar que os HPV dos tipos 16 e 18 são os responsáveis pela maioria dos casos de câncer do colo do útero do mundo. Esses tipos também são responsáveis por câncer de ânus, vagina e vulva (nome dado ao conjunto de órgãos sexuais femininos externos). Além dos vírus com alto risco de desenvolvimento de câncer, temos aqueles responsáveis pelo desenvolvimento das verrugas genitais (condiloma acuminado), entre os quais se destacam os tipos 6 e 11.


Transmissão do HPV

O HPV é transmitido, geralmente, via contato sexual.
O HPV é transmitido, geralmente, via contato sexual.

O HPV é um vírus altamente contagioso e é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas. Sua transmissão pode acontecer por via sexual, entretanto, não é necessária a penetração vaginal ou anal para que ela ocorra. A transmissão pode ocorrer por contato oral-genital, genital-genital ou manual-genital.

A mulher, durante o parto, pode também transmitir a doença. Além disso, apesar de menos frequente, o vírus pode ser transmitido por meio de objetos, roupas, toalhas e mãos contaminadas com secreção com vírus.


Sintomas do HPV

O HPV, geralmente, é assintomático, o que colabora para o aumento de casos da transmissão do problema. Os sintomas da infecção por HPV, quando surgem, podem aparecer entre 2 meses e 8 meses após o contato. Em alguns casos, o HPV pode demorar até mesmo 20 anos para se manifestar.

Uma manifestação decorrente de alguns vírus HPV é o surgimento de verrugas, as quais aparecem como pequenas protuberâncias ou grupo de protuberâncias. Muitas vezes, essas lesões apresentam aspecto de couve-flor. Essas verrugas podem ser visíveis a olho nu ou ainda se apresentarem como lesões bastante pequenas, vistas apenas com uso de certos equipamentos que possuem lente de aumento.

De acordo com o Guia Prático sobre o HPV do Ministério da Saúde, 10% das pessoas, incluindo homens e mulheres, desenvolverão essas verrugas durante a vida. É importante destacar que, geralmente, as verrugas surgem em regiões anogenitais (vulva, vagina, ânus e pênis), entretanto, dependendo do tipo de vírus contraído, podem atingir a pele.

Além das verrugas, não podemos esquecer as lesões no colo do útero, as quais não são verificadas pelo paciente. Geralmente, a descoberta dessas lesões que podem levar ao câncer de colo do útero só acontece após o exame do Papanicolau, que colhe células do colo do útero para análise em laboratório. Por isso, é importante consultar com ginecologista regularmente.

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HPV no homem

Em decorrência, principalmente, do enfoque dado à relação entre o câncer do colo do útero e o HPV, muitas pessoas pensam que homens não podem desenvolver o problema, fato que não é verdade. No homem, o HPV também pode causar sintomas, como verrugas genitais no pênis, escroto, virilha, coxas e ânus. Além disso, esses vírus podem causar câncer, como câncer de ânus e de pênis.


HPV e o câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é uma doença na qual há um crescimento descontrolado e anormal das células do colo do útero. O HPV pode desencadear esse problema caso não seja identificado e tratado adequadamente. É importante destacar que esse câncer pode levar à morte caso não seja tratado inicialmente. Assim, é importante fazer exames preventivos.


Tratamento do HPV

O HPV, geralmente, é combatido pelo sistema imunológico, o que leva à cura. Entretanto, em alguns casos, o vírus pode desencadear lesões que serão tratadas de acordo com as características de cada paciente. Entre as formas disponíveis para tratamento das lesões do HPV, temos métodos químicos, cirúrgicos e aqueles que visam a estimular o sistema imunológico do paciente.


Vacina contra HPV

A vacina contra HPV é uma forma de prevenção contra o vírus e visa, entre outros objetivos, à redução dos casos de câncer do colo do útero, o terceiro mais frequente em mulheres. Ela é distribuída gratuitamente pelo SUS para meninas com idades entre 9 anos e 14 anos e para meninos com idades entre 11 anos e 14 anos. Além disso, também podem ser vacinados meninos e meninas que chegaram aos 15 anos e não receberam as duas doses da vacina, transplantados, oncológicos (paciente com câncer) e pessoas com idades entre 9 anos e 26 anos que vivem com HIV.

A vacina distribuída é quadrivalente e protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18. Os tipos 16 e 18 estão relacionados com casos de câncer do colo do útero, vulva, vagina e ânus. Os tipos 6 e 11 estão relacionados com o surgimento de verrugas genitais.

Leia mais sobre: Vacinação contra HPV


Como se prevenir contra o HPV?

Para se prevenir contra o HPV, algumas medidas podem ser tomadas:

  • Vacinar-se contra HPV.

  • Usar camisinha em toda relação sexual. Vale salientar que o vírus pode estar presente em regiões que a camisinha não protege, o que faz com que esse meio de prevenção não seja completamente efetivo contra HPV. Entretanto, a camisinha garante grande proteção contra HIV e hepatite B, por exemplo, e deve ser usada em toda relação. De acordo com o Guia Prático sobre o HPV do Ministério da Saúde, a camisinha barra de 70% a 80% a transmissão do HPV.

  • Diminuir o número de parceiros sexuais.

  • Cuidar da higiene pessoal.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos

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