Insuficiência renal aguda
A insuficiência renal pode ser crônica ou aguda. Essa última ocorre quando os rins do indivíduo, por algum motivo, perdem suas funções normais de maneira rápida, mas com possibilidade de ser revertida. Ela é caracterizada por um volume de urina menor do que 20 mL/h (oligúria), ou pela ausência desta (anúria).
Desidratação grave, perda de sangue ou plasma, infecção por bactérias, tóxicos, nefrite, infarto, morte de células dos rins, cálculo urinário e tumores, são alguns dos fatores que podem acarretar na insuficiência aguda.
Pode ser do tipo pré-renal quando, ao eliminar os fatores causadores, os rins voltam ao normal, como em casos de pressão baixa, com consequente redução do fluxo sanguíneo para esta região; pós-renal, em situações onde há a obstrução da passagem da urina para o meio externo; ou renal propriamente dita, como resultado de deficiências no funcionamento dos néfrons.
O principal sintoma da IRA é a pequena produção e excreção de urina, sendo que muitas vezes esta característica passa despercebida nos primeiros dias. Sua cor, ou mesmo odor, podem apresentar alterados, sendo ela o principal objeto de estudo para o diagnóstico. Aumento da pressão arterial, cansaço, falta de ar, inchaços, palidez, dor óssea, anemia, câimbras, formigamentos e insônia são outros sintomas, que podem aparecer quando a capacidade renal já está reduzida.
Como compostos nitrogenados e outras toxinas não são devidamente eliminados, o paciente pode sofrer intoxicação, podendo desencadear em quadro de coma, acidose metabólica, insuficiência cardíaca ou infecções respiratórias.
Recuperando as funções renais, a saúde do paciente começa a se reestabelecer, uma vez que ele volta a eliminar as toxinas. Geralmente este processo se dá em aproximadamente 15 dias, com tratamento médico, sendo que a hemodiálise pode ser requerida.
Tratar adequadamente das infecções urinárias e cálculos renais, controlar o diabetes e verificar frequentemente a pressão sanguínea e níveis de glicose são algumas medidas que podem reduzir consideravelmente os riscos de desenvolver a IRA.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia