Para a construção do canal foi contratada uma empresa francesa, mas a execução da obra ficou comprometida em virtude de uma profunda crise da incorporadora, que vendeu suas ações para os Estados Unidos, principal interessado na construção desse empreendimento, uma vez que poderia encurtar as distâncias marítimas entre as costas oeste e leste do país e também com outros continentes.
Essa obra permitiu uma agilidade maior dos navios, caso não houvesse o canal, uma embarcação que, partindo da costa oeste americana, tivesse como destino a Europa, por exemplo, teria que dar a volta em torno da América do Sul.
Como existe uma diferença quanto ao nível dos oceanos Pacífico e Atlântico, a construção de diversas comportas ou eclusas foi necessária, sendo as principais: Eclusas de Gatún, Eclusa de Pedro Miguel e Eclusas de Miraflores.
Pelo menos 14 mil embarcações atravessam o Canal do Panamá todos os anos. Apesar de sua enorme relevância, sua construção esteve ligada a uma série de interesses políticos e econômicos, especialmente por parte dos Estados Unidos, principal favorecido.
Para alcançar seus interesses, os norte-americanos incentivaram a independência do Panamá em relação à Colômbia. Como retribuição pela “ajuda”, o governo panamenho concedeu o direito de construção e controle do canal de 1914 até 1999 aos Estados Unidos. Com o fim do controle norte-americano na Zona do Canal, no dia 31 de dezembro de 1999 todos os direitos de administração do empreendimento passou a ser literalmente do Panamá.

Comportas construídas para vencer a diferença de nível entre os oceanos (Pacífico e Atlântico).