Organizações Humanitárias na África
A África é o continente que apresenta os mais graves problemas socioeconômicos do planeta, consequência do processo de colonização e independência, cujos países colonizadores exploraram as riquezas e deixaram uma verdadeira mazela.
A situação de pobreza, fome, subnutrição, doenças e guerras na África mobiliza milhares de pessoas de todo o mundo a participar dos programas de ajuda humanitária ao continente. Existem, atualmente, dezenas de grupos humanitários trabalhando em auxílio da população africana, atuando em áreas como saúde, educação, distribuição de alimentos e roupas, entre outros.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também participa das atividades humanitárias do continente, isso ocorre, em alguns países, através de doações de recursos básicos para suprir as necessidades da população e o envio de tropas militares que tentam promover o fim dos conflitos.
Tentando contribuir de forma imediata e eficaz para minimizar o sofrimento dos habitantes da África, as Organizações Não Governamentais (ONGs) desempenham função importante nesse processo, com destaque para a organização canadense Médicos Sem Fronteiras (MSF), cujo trabalho, sem fins lucrativos, se desenvolve especialmente junto a comunidades afetadas pelas guerras.
A ONG brasileira Infanto-Juvenil de Reivindicação, também denominada Mirim-Brasil, em parceria com a organização sueca Unga Ornar, desenvolve um projeto de conscientização sobre a Aids em 15 países do continente africano, cujo público alvo são os jovens. Esse tema é elementar, visto que o continente abriga mais de 70% dos portadores mundiais do vírus HIV.
Outra organização humanitária brasileira com atuação na África é a Pastoral da Criança, entidade católica que já foi liderada pela médica Zilda Arns, morta durante um terremoto no Haiti, em 2010. A Pastoral realiza trabalhos de alfabetização, higiene e ações que possibilitem a redução da mortalidade infantil na Angola, que atualmente é de 114 óbitos a cada mil crianças nascidas vivas.
Apesar da atuação desses grupos humanitários, a atenção dada ao continente africano é insuficiente. Conforme relatório publicado em 2009 pela Cruz Vermelha Internacional e pelo Crescente Vermelho, a assistência humanitária na África não satisfaz às necessidades dos habitantes.
Esses grupos humanitários atuam de forma assistencialista, portanto, mesmo sendo de grande importância para a população africana, eles não serão capazes de solucionar os problemas do continente, sendo necessária uma política promovida pelos países ricos de inclusão global, investimentos em infraestrutura, saúde, saneamento ambiental e educação.