Regência do verbo falar
Compreender a regência de um determinado verbo é, sem dúvida, analisar a relação que se estabelece entre ele e aqueles elementos que lhe servirão de complemento (este pode ser acompanhado ou não de uma preposição).
Nesse sentido, o artigo em evidência tem por finalidade abordar a regência do verbo “falar”; diga-se de passagem, um verbo bastante recorrente. Assim, analisemos alguns exemplos, os quais nos servirão de referência:
Ela fala bobagens.
Nesse contexto, o verbo “falar” se classifica como transitivo direto, cujo complemento “bobagens” representa o objeto direto.
Os professores falaram com os alunos.
Já nesse, o verbo em questão se classifica como transitivo indireto, haja vista que o termo em destaque se classifica como objeto indireto, dada a presença da preposição “com”.
Ele falou-lhe fatos passados.
Trata-se agora de um verbo transitivo direto e indireto simultaneamente, em razão do “lhe” atuar como objeto indireto e “fatos passados” como objeto direto.
Os professores falaram com os alunos sobre o passeio ciclístico.
Temos o que chamamos de verbo bitransitivo indireto, haja vista a questão de ele estar acompanhado de dois complementos preposicionados.
A criança já fala.
Temos aqui um verbo intransitivo, pois o “já” atua como termo acessório, retratando um adjunto adverbial de tempo.