Afinal, o cigarro eletrônico (vape) realmente faz mal à saúde?
Afinal, o cigarro eletrônico (vape) realmente faz mal à saúde? O cigarro eletrônico (vape) é um dispositivo eletrônico com venda proibida no Brasil, entretanto, é vendido ilegalmente em várias partes do território nacional.
Muitas pessoas se perguntam se o cigarro eletrônico realmente faz mal à saúde, uma vez que, diferentemente do convencional, ele não depende de combustão para que ocorra seu uso. Fato é que, apesar de ser vendido, muitas vezes, como uma alternativa mais segura para fumar, o vape pode causar danos à saúde, desencadeando, por exemplo, problemas pulmonares graves.
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O que é o cigarro eletrônico (vape)?
Cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes ou e-cigarrettes, surgiram no mercado no ano de 2004 e são dispositivos eletrônicos mantidos por uma bateria, além de comportarem uma solução líquida aerossolizada constituída de diferentes produtos químicos.
Essas soluções são conhecidas como e-líquidos e podem conter variadas concentrações de nicotina, água, aromatizante, aditivos, glicerina, propilenoglicerol, entre outras substâncias.
No Brasil, a venda, a importação e propagandas desses dispositivos são proibidas. No entanto, o que se observa é que, cada dia mais, os cigarros eletrônicos estão nas mãos de jovens e adultos.
Quais os males do cigarro eletrônico (vape) para a saúde?
Muitas pessoas consideram que o cigarro eletrônico não causa danos à saúde por não existir combustão nele, ao contrário do cigarro convencional. Entretanto, a ausência de combustão não faz do cigarro eletrônico (vape) um produto livre de riscos à saúde humana.
Seu risco à saúde está relacionado com as várias substâncias nocivas presentes no produto. Dentre elas podemos destacar: nicotina, metais pesados, aromatizantes, glicerol, propilenoglicol, compostos orgânicos voláteis e agentes cancerígenos.
Em relação à nicotina, por exemplo, sabe-se que se trata de uma substância altamente estimulante e que está relacionada com mais de 50 tipos de doenças, como cânceres, problemas cardiovasculares e pulmonares.
Uma das consequências no curto prazo do uso dos cigarros eletrônicos é a ocorrência da evali, sigla em inglês para e-cigarette or vaping product useassociated lung injury, ou, em português, “doença respiratória associada ao uso de cigarros eletrônicos ou vaping”. Essa doença é grave e pode levar à morte. Alguns dos principais sintomas dessa síndrome respiratória aguda são:
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tosse;
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falta de ar;
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calafrio;
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dor torácica;
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perda de peso;
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diarreia;
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vômito;
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náusea;
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dor abdominal.
Além da evali, o uso de cigarro eletrônico está associado a vários outros problemas, como:
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dificuldade para engolir;
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rinite;
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irritação na garganta e nos olhos;
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asma;
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lesões na mucosa da boca;
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perda dentária;
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estresse;
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irritação;
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dependência da nicotina.
Além disso, a explosão dos dispositivos associa-se a acidentes com desenvolvimento de lesões. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) alerta ainda que “o uso de cigarro eletrônico aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação de cigarro convencional e mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro”.
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Gerações do cigarro eletrônico (vape)
Atualmente são consideradas quatro gerações do cigarro eletrônico. De acordo com a Anvisa, a primeira geração era de produtos descartáveis e que apresentavam um sistema fechado. Na segunda geração, permitiu-se o recarregamento do dispositivo, sendo possível personalizar o e-líquido adicionando, por exemplo, diferentes sabores e substâncias.
A terceira geração apresentava maiores dimensões de reservatório, também denominado tank. Por fim, a quarta geração consiste no cigarro eletrônico com sistema pod. Ele se assemelha a um pendrive e apresenta refis em cápsulas que podem ter diferentes sabores. Em alguns desses cigarros, é possível encontrar sais de nicotina, uma substância ainda pouco estudada, mas que se sabe que apresenta alto potencial para causar dependência.