Aranha-marrom

A aranha-marrom é uma das aranhas mais perigosas do mundo. Seu veneno necrosante pode provocar insuficiência renal aguda e levar o indivíduo à morte.
A aranha-marrom pertence ao gênero Loxosceles, possui aparência frágil e apresenta entre 1 e 3 cm de comprimento.

A aranha-marrom é uma aranha de pequenas dimensões, que, como o nome indica, apresenta coloração marrom. É pouco agressiva e de hábitos noturnos. Apesar de pouco agressiva, é responsável por provocar acidentes em seres humanos, os quais geralmente acontecem quando o animal é pressionado contra o corpo do indivíduo.

O envenenamento da aranha-marrom é denominado loxoscelismo e pode se manifestar no quadro cutâneo ou cutâneo-visceral, sendo esse último o mais grave deles. O veneno da aranha-marrom caracteriza-se, principalmente, por sua capacidade de provocar necrose na pele. O tratamento inclui, dentre outras medidas, a soroterapia, limpeza do local, uso de compressas frias e administração de analgésicos.

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Resumo sobre aranha-marrom

  • Aranha-marrom é o nome popular das aranhas pertencentes ao gênero Loxosceles.

  • As aranhas-marrons possuem um desenho de violino em seu cefalotórax e apresentam seis olhos.

  • São aranhas pequenas que possuem cerca de 1 a 3 centímetros de comprimento.

  • Não são aranhas agressivas e, geralmente, só causam acidentes quando são pressionadas ao corpo.

  • O veneno da aranha-marrom é capaz de provocar necrose.

  • O envenenamento por aranha marrom é denominado loxoscelismo.

  • O loxoscelismo apresenta duas variações clínicas importantes: loxoscelismo cutâneo e loxoscelismo cutâneo-visceral.

  • O loxoscelismo cutâneo-visceral representa a variação clínica mais grave.

Características da aranha-marrom

Aranha-marrom é um nome popular atribuído a diferentes espécies do gênero Loxosceles. Trata-se de aranhas extremamente perigosas, consideradas por muitos autores como uma das aranhas mais perigosas do mundo. São encontradas em várias regiões do planeta e apresentam uma boa capacidade de colonizar áreas urbanas.

Originariamente, são encontradas na África, Europa e Américas. Atualmente, segundo o Instituto Butantan, foram catalogadas 134 espécies diferentes de aranha-marrom no mundo; no Brasil ocorrem 18 espécies delas.

Trata-se de um aracnídeo relativamente pequeno, que mede cerca de 1 a 3 centímetros de comprimento. Possui corpo dividido em cefalotórax e abdômen, estando presente no cefalotórax um desenho em formato de violino. Esse desenho não é observado em todas as espécies de maneira clara, uma vez que o tom de marrom de seus corpos varia entre elas.

As aranhas-marrons produzem teias irregulares que se assemelham a fios de algodão. Suas teias são construídas com maior frequência em locais com pouca luminosidade, como atrás de móveis, em barrancos, em cantos de paredes e em entulhos. Em geral, são mais ativas durante a noite e ficam escondidas em áreas escuras. Não são consideradas agressivas, só atacam quando comprimidas ao corpo da vítima.

Veneno da aranha-marrom

O veneno da aranha-marrom destaca-se por sua capacidade de provocar necrose na pele. Ele é composto por várias proteínas que possuem atividade tóxica ou enzimática, sendo considerado um dos componentes mais importantes a enzima esfingomielinase-D, a qual apresenta importante papel no desenvolvimento da lesão necrótica.

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Acidentes com aranha-marrom

A aranha-marrom é considerada uma aranha pouco agressiva. Em geral, os acidentes com esse animal ocorrem quando a aranha é pressionada contra o corpo da vítima. Isso pode ocorrer, por exemplo, ao vestir uma roupa ou calçar um sapato fechado.

O envenenamento devido à picada da aranha-marrom pode ser fatal.

O envenenamento por aranha-marrom é denominado loxoscelismo. Esse envenenamento pode provocar necrose e, mais raramente, manifestações sistêmicas, as quais, em várias situações, podem ser fatais. São consideradas as únicas aranhas mundialmente distribuídas capazes de provocar lesões necrotizantes.

O loxoscelismo apresenta duas variações clínicas importantes:

  • Loxocelismo cutâneo

A maioria dos casos corresponde a essa variedade clínica. Ela se caracteriza pelo surgimento de necrose cutânea na região da picada. Inicialmente, a picada não provoca dor. Com o passar do tempo, no entanto, surge vermelhidão, inchaço, dor e queimação no local. Pode surgir então uma bolha que evolui para lesão necrótica. Posteriormente, surge uma úlcera de difícil cicatrização. Infecções secundárias representam uma das complicações do quadro.

  • Loxoscelismo cutâneo-visceral

Trata-se da forma mais grave do envenenamento por aranha-marrom e se apresenta com menor incidência. O indivíduo, nesse caso, pode apresentar anemia, icterícia, dor de cabeça, febre, alterações sensoriais, dentre outros problemas. A principal complicação é a insuficiência renal, a qual, junto à coagulação intravascular disseminada, constitui a principal causa de morte pela picada da aranha.

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Tratamento dos acidentes com aranha-marrom

Em geral, a picada provoca pouca dor, e, portanto, poucas pessoas dão a real importância para o acidente com a aranha-marrom. É muito comum que o indivíduo só procure o médico após horas depois do acidente, quando os sintomas já estão instalados.

O tratamento da picada da aranha é feito com soroterapia, além do uso de analgésicos, anti-inflamatórios, compressas frias e limpeza do local. O uso de antibióticos deve ser realizado em caso de infecção secundária. Em casos graves, com anemia persistente, pode ser necessária a transfusão de sangue. A hidratação do paciente é recomendada para se evitar complicações renais.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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