Embolia gasosa

Embolia gasosa caracteriza-se pela presença de gás no interior de vasos sanguíneos. Pode ser responsável por provocar isquemia.
A embolia gasosa é caracterizada pela presença de bolhas de gás no interior de vasos sanguíneos.

Embolia gasosa pode ser conceituada, de maneira simplificada, como uma situação em que se observa gás dentro dos vasos sanguíneos. O primeiro relato clínico dessa complicação foi descrito em 1821. A embolia gasosa se caracteriza como uma complicação relevante que ocorre em uma série de procedimentos cirúrgicos e após a realização de mergulhos em grandes profundidades. Apesar de ser uma complicação rara, apresenta uma taxa elevada de mortalidade.

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O que é a embolia gasosa?

A embolia gasosa é uma situação em que se observa a presença de gás obstruindo o fluxo sanguíneo. Quando essa obstrução é verificada nas artérias, pode culminar em evento isquêmico, ou seja, um evento em que há a redução ou suspensão da irrigação sanguínea em uma parte do organismo. A embolia gasosa em nível arteriolar é muito perigosa e potencialmente fatal quando ocorre no miocárdio e cérebro, que são muito sensíveis à hipóxia, situação com baixa concentração de oxigênio.

Quando a embolia gasosa ocorre nos condutos venosos, pode culminar na obstrução da circulação pulmonar. Ela pode ser dividida em massiva, em que se verifica a obstrução do tronco pulmonar e uma elevada taxa de infusão de gás, e em pulmonar, em que se observa a obstrução da microcirculação do pulmão e uma taxa de infusão baixa.

A obstrução do tronco pulmonar pode levar à insuficiência cardíaca aguda devido à sobrecarga do ventrículo direito. No caso da embolia gasosa venosa pulmonar, pode-se observar o surgimento de inflamação nos pulmões e a formação de edema pulmonar, que desencadeia prejuízos à função do órgão.

Qual a diferença entre embolia gasosa e embolia pulmonar?

A embolia pulmonar ocorre como consequência da formação de um trombo, o qual se desloca e obstrui a artéria pulmonar ou um de seus ramos. Esses trombos geralmente são originados no sistema venoso profundo dos membros inferiores, porém podem se originar em outras regiões, como veias pélvicas e renais.

Embolia pulmonar provoca alterações nas trocas gasosas e desencadeia sintomas como dor torácica, falta de ar e tosse. A embolia pulmonar não é sinônimo de embolia gasosa, pois, como vimos, esta última é desencadeada pela presença de gás e não devido à ocorrência de trombos.

Vale salientar que a embolia pulmonar pode ser tratada com determinados medicamentos, como os trombolíticos, que são drogas capazes de dissolver coágulos. No caso da embolia gasosa, não há medicamentos que possam destruir a bolha de gás formada.

Na embolia pulmonar, há envolvimento de trombos, diferentemente da embolia gasosa.

O que causa a embolia gasosa?

A embolia gasosa pode ter diferentes causas, estando associada a diferentes procedimentos médicos. Procedimentos cirúrgicos que envolvam circulação extracorpórea e craniotomia; infusoterapia; exames diagnósticos; cesariana; e trauma pulmonar por ventilação mecânica são algumas das causas de embolia gasosa.

Outra situação que pode levar ao surgimento de embolia gasosa é o mergulho marítimo profundo. Na medida em que a pessoa sobe de volta à superfície, os gases presentes no pulmão se expandem, devido à diminuição da pressão. Com isso, pode-se ocorrer a ruptura dos alvéolos, com a consequente entrada de ar na corrente sanguínea.

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Quais os sintomas da embolia gasosa?

A embolia gasosa desencadeia sintomas como ansiedade, tontura, náusea, dispneia (dificuldade para respirar) súbita, sensação de morte iminente ou dor na região atrás do esterno. A perda de consciência e a confusão mental são sinais neurológicos que também podem ocorrer em caso de embolia gasosa. Vale salientar que os sinais e sintomas do problema estão diretamente relacionados com o órgão atingido e com a quantidade de gás presente no sistema circulatório.

Qual o tratamento da embolia gasosa?

A embolia gasosa é tratada inicialmente interrompendo-se o evento que gerou sua ocorrência, evitando que mais gás seja inserido no sistema cardiovascular. O tratamento é individualizado e visa a manter as funções vitais do paciente.

Dentre as opções terapêuticas existentes para o tratamento, podemos citar o oxigênio hiperbárico, uma modalidade terapêutica em que o paciente é submetido à respiração de oxigênio puro em uma pressão (duas a três vezes) maior que a pressão atmosférica ao nível do mar. Essa técnica faz com que se aumente a quantidade de oxigênio presente no sangue e previne o edema cerebral.

Outra técnica que pode ser adotada é a terapia de infusão, que reduz a viscosidade sanguínea e a hemoconcentração, levando a uma melhora na microcirculação.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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