Espermatozoides

Os espermatozoides são os gametas masculinos, ou seja, são as células que garantem a reprodução. Nos seres humanos, o espermatozoide une-se ao ovócito (gameta feminino), no interior do corpo da mulher, e dessa união surge o zigoto, que se desenvolve e forma um novo ser. Essa célula reprodutiva é formada nos túbulos seminíferos em um processo denominado espermatogênese.

O espermatozoide maduro é composto por três porções: a cabeça, a peça intermediária e a cauda. Na cabeça está o núcleo, que contém o material genético, e uma estrutura rica em enzimas que ajuda no processo de fecundação. A peça intermediária é rica em mitocôndrias, e a cauda ajuda na movimentação do espermatozoide.

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O que é o espermatozoide?

Os espermatozoides são as células reprodutoras masculinas. Na espécie humana, observa-se a fecundação interna, ou seja, essas células reprodutoras masculinas são introduzidas no interior do corpo da mulher durante o ato sexual. Na ejaculação, essas células são eliminadas com uma série de secreções produzidas pelas glândulas acessórias do sistema reprodutor masculino. Os espermatozoides e os líquidos formam o chamado sêmen.

A fecundação ocorre quando o espermatozoide se une ao ovócito.

Os espermatozoides são células que apresentam uma movimentação ativa, movendo-se em meio líquido com uma velocidade que varia de 1 a 4 mm/min. Essa movimentação é essencial para garantir que o espermatozoide encontre o ovócito (gameta feminino) no interior do corpo da mulher. Ao encontrar o ovócito, a fecundação e a consequente formação do zigoto acontecem. A fecundação garante, portanto, a perpetuação da nossa espécie.

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Estrutura do espermatozoide humano

O espermatozoide apresenta três partes básicas:

  • cauda;

  • peça intermediária;

  • cabeça.

No ser humano, o espermatozoide apresenta uma cabeça oval e achatada, sendo esse o local de maior volume. Na cabeça, está localizado o núcleo, que contém o material genético, uma pequena porção de citoplasma, citoesqueleto e também uma importante região denominada acrossomo. Este é formado principalmente pelo complexo golgiense e contém enzimas importantes para garantir que o espermatozoide seja capaz de penetrar as camadas que envolvem o ovócito e, desse modo, possibilitar a fecundação. As enzimas presentes no acrossomo são semelhantes às presentes nos lisossomos.

Conectada à cabeça, temos a peça intermediária, uma região onde se observa uma grande quantidade de mitocôndrias, as quais garantem a produção da energia necessária para que ocorra os movimentos flagelares. Logo após a peça intermediária, está a cauda, ou flagelo, que é essencial para garantir a movimentação do espermatozoide. Ela é formada por uma membrana celular fina que recobre um esqueleto central formado por 11 microtúbulos (axonema).

Observe algumas das principais estruturas dos espermatozoides.

Produção dos espermatozoides

Os espermatozoides são produzidos nos testículos, mais precisamente nos túbulos seminíferos. Sua produção inicia-se na puberdade e permanece por praticamente toda a vida, sendo observada uma redução na velhice. O processo de formação do espermatozoide é chamado de espermatogênese, o qual se inicia com uma série de divisões mitóticas realizadas por células chamadas de espermatogônias.

As espermatogônias podem formar outras espermatogônias ou se diferenciarem em espermatócitos primários. Os espermatócitos primários iniciam o processo de meiose. Ao final da meiose I, temos os espermatócitos secundários, os quais entram em meiose II, formando as espermátides. As espermátides passam pelo processo chamado de espermiogênese, que é a etapa responsável pelo surgimento da cabeça e da cauda do espermatozoide.

Após a sua formação, os espermatozoides seguem para o epidídimo, onde passam por um processo de maturação. Eles permanecem estocados no epidídimo e canal deferente. Nesse período, permanecem inativados e podem ficar estocados e viáveis por pelo menos um mês. Após ejaculado, o espermatozoide pode permanecer vivo por até dois dias no trato genital feminino.

Leia também: Gametogênese — processo de formação do espermatozoide

Alterações morfológicas nos espermatozoides

Um espermatozoide para ser considerado normal deve apresentar, entre outras características, uma cabeça com contorno regular e oval e uma região acrossômica que ocupe entre 40% e 70% da cabeça. A peça intermediária deve apresentar aproximadamente o mesmo tamanho da cabeça, e a cauda deve ser uniforme. Uma grande quantidade de espermatozoides anormais pode estar relacionada com a infertilidade. Uma deformidade na cabeça, por exemplo, pode impossibilitar a fertilização. Enrolamento da cauda, encurtamento ou mesmo a ausência dela também se relacionam com o problema.

Quando o homem apresenta grande concentração de espermatozoides anormais em seu sêmen, dizemos que é um caso de teratozoospermia. Outros problemas que podem ser identificados no homem é a oligozoospermia, que é a baixa concentração de espermatozoides no sêmen, e a astenozoospermia, que é a baixa quantidade de espermatozoides móveis.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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