Lisossomo
Lisossomo é uma organela celular encontrada apenas em células eucarióticas que atua na digestão intracelular, garantindo a degradação de materiais capturados pela célula, bem como a reciclagem de alguns componentes celulares (autofagia).
Trata-se de uma organela geralmente esférica, circundada por uma membrana única e que apresenta cerca de 40 tipos diferentes de enzimas. Recebe a denominação de lisossomo primário quando em seu interior são observadas apenas enzimas e de lisossomo secundário quando se funde com alguma vesícula para realizar a digestão.
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Resumo sobre lisossomo
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Lisossomo é uma organela das células eucarióticas.
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Lisossomos apresentam-se como pequenos sacos contendo enzimas.
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Estão relacionados com o processo de digestão intracelular.
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Degradam partes obsoletas da célula em um processo chamado de autofagia.
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Geralmente, considera-se o lisossomo uma organela exclusiva da célula animal.
O que é lisossomo?
O lisossomo é um compartimento envolto por membrana que se caracteriza por ser rico em enzimas. Observado em células eucarióticas, o lisossomo apresenta formato geralmente esférico, com diâmetro de 0,05 a 0,5 μm. Essa organela contém aproximadamente 40 tipos de enzimas distintas que degradam diferentes moléculas, tais como:
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proteínas;
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fosfolipídios;
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ácidos nucleicos.
Esse órgão celular lembra um pequeno saco e é circundado por uma membrana única. As enzimas presentes no lisossomo, bem como as membranas lisossomais, são produzidas no retículo endoplasmático rugoso e transferidas para o complexo golgiense para processamento. Alguns lisossomos surgem de brotamento a partir do complexo golgiense.
→ Membrana do lisossomo
Essa membrana contém transportadores que garantem que o produto da digestão realizada pela organela seja levado para o citosol. Além disso, ela contém uma bomba de H+ que ajuda na manutenção do pH ácido no interior dos lisossomos. O pH ácido é essencial para que as enzimas contidas na organela funcionem adequadamente.
A membrana do lisossomo também evita que as enzimas entrem em contato com o citosol da célula. Caso ocorra o rompimento da organela, no entanto, as enzimas se depararão com o pH neutro (aproximadamente 7,2) do citosol, meio em que são pouco ativas. Vale salientar que se o rompimento de um grande número de lisossomos ocorrer ao mesmo tempo, a célula pode ser destruída por autodigestão.
Quais são os tipos de lisossomo?
→ Lisossomo primário
Os lisossomos são chamados de lisossomos primários quando apresentam em seu interior apenas enzimas. Isso significa que essas organelas não participam de nenhum processo digestivo.
→ Lisossomo secundário
Os lisossomos são chamados de secundários quando estão associados a um endossomo ou vacúolo para digestão. É no lisossomo secundário, portanto, que ocorre a digestão intracelular.
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Função do lisossomo
O lisossomo é uma organela rica em enzimas digestórias que tem a função de realizar a digestão intracelular. Ele atua no processo de degradação de macromoléculas e outras partículas capturadas pela célula por endocitose, além de ajudar na degradação de estruturas obsoletas na célula, permitindo a reciclagem de organelas e de componentes celulares envelhecidos.
Para chegar até os lisossomos, os materiais que serão degradados seguem diferentes rotas. Na fagocitose, a célula estende projeções citoplasmáticas (pseudópodes) de modo a capturar uma determina partícula. Essas projeções se fusionam na ponta e formam o chamado fagossomo.
Os fagossomos se fundem com lisossomos, e ocorre então a digestão intracelular. Muitas células se alimentam por meio desse processo, sendo esse o caso, por exemplo, das amebas. Macrófagos também realizam fagocitose, processo fundamental na defesa do nosso organismo.
Quando ocorre a endocitose de líquidos e moléculas em vesículas menores, o conteúdo é entregue a endossomos, estruturas que têm a função de distribuir materiais endocitados. Os endossomos se encarregam de entregar o seu conteúdo aos lisossomos para que a digestão ocorra.
Em relação ao processo de degradação de estruturas obsoletas da própria célula (autofagia), o que se observa é um cerco da organela por uma membrana dupla, formando um autofagossomo, e sua fusão com o lisossomo. Enzimas decompõem o material que foi cercado, e compostos orgânicos são liberados para o citosol para que a célula possa reutilizá-los.
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Células que contém lisossomo
Os lisossomos são estruturas encontradas apenas em células eucarióticas, estando ausentes, assim como as outras organelas membranosas, nas células procarióticas. De maneira geral, considera-se que os lisossomos são estruturas encontradas exclusivamente em células animais.
Há, no entanto, certa polêmica em relação ao tema, uma vez que certos livros didáticos afirmam que os lisossomos estão presentes também em células vegetais, já outros afirmam que são exclusivos de células animais, e há ainda aqueles que não citam os locais onde essas organelas podem ser observadas.