Diferença entre cometa, asteroide e meteoro

Cometas, asteroides e meteoros são objetos distintos e comumente citados no nosso cotidiano. Existem diferenças básicas entre eles.
Na figura acima, podemos ter uma ideia das diferenças entre asteroides, cometas, meteoros e meteoritos.

É comum ouvir falar sobre asteroides, cometas e meteoros em diversos lugares. Por esse motivo, é interessante saber o que é cada um deles e quais são as suas características.

Asteroides

Os asteroides são corpos rochosos, geralmente metálicos, remanescentes do violento passado dos planetas, ou seja, são detritos originados de colisões entre planetas, por exemplo.

A maior parte dos asteroides do Sistema Solar está localizada entre as órbitas de Marte e Júpiter, não possui formato definido e nem gravidade suficiente para que seja considerada planeta (asteroides muito grandes costumam ser chamados de planetoides). Grande parte dos asteroides no Sistema Solar apresenta cerca de um quilômetro de diâmetro, mas alguns podem chegar a centenas de quilômetros. Asteroides pequenos, geralmente com menos de um quilômetro de diâmetro, são chamados de meteoroides.


Os asteroides são rochosos e não possuem formato definido.

Cometas

Os cometas são geralmente formados por gases e gelos solidificados pelas baixas temperaturas do espaço. Quando se aproximam do Sol, passam a exibir uma longa e brilhante cauda, que surge em razão da evaporação de sua superfície quando exposta aos ventos solares. Podem ser divididos entre cometas periódicos e não periódicos: os primeiros apresentam órbitas bastante elípticas em torno do Sol, e os não periódicos descrevem órbitas aproximadamente parabólicas, podendo retornar às proximidades do Sol somente em milhares de anos, caso voltem.


Os cometas exibem uma longa e brilhante cauda.

Meteoro

Quando um meteoroide adentra a atmosfera terrestre, ele passa a ser chamado de meteoro. Os meteoros apresentam uma cauda brilhante e geralmente são chamados de estrelas cadentes. A grande velocidade (por volta de 250.000 km/h) com a qual os meteoros entram na atmosfera junto ao atrito com o ar normalmente destroem a maioria dos meteoros menores, produzindo pequenos detritos, os chamados meteoritos.


Na figura, temos uma ilustração que mostra alguns meteoritos chegando à superfície da Terra.

Curiosidades sobre cometas, asteroides e meteoros

  • Sempre que um cometa periódico orbita em distâncias próximas ao Sol, sua massa é diminuída pelo processo de sublimação do gelo (sublimação: passar diretamente do estado sólido ao gasoso). A radiação solar intensa é responsável por transformar o gelo dos cometas, formado por água, gás metano, amônia e dióxido de carbono, em gases, que dão origem as suas longas caudas. É por esse motivo que todo cometa pode simplesmente desaparecer após alguns milhares de anos.
     
  • Um dos mais famosos cometas conhecidos é o Cometa Halley. Ele completa uma órbita em torno do Sol a cada 76 anos.
     
  • Todo cometa possui uma pequena atmosfera chamada de coma, que é formada pela sublimação dos gases pela radiação solar. A coma estendida pelo vento solar forma a cauda dos cometas.
     
  • Sabe-se que milhões de meteoroides adentram a atmosfera terrestre diariamente, no entanto, pouquíssimos conseguem chegar até nós por causa da sua grande velocidade e do grande atrito com a atmosfera terrestre.
     
  • Estima-se que cerca de 100 toneladas de cometas e asteroides caiam em direção à Terra todos os dias.
     
  • Dados astronômicos indicam que, durante toda a sua história cosmológica, a Terra foi atingida por asteroides do tamanho de um campo de futebol, em média, a cada 2000 anos.
     
  • Todos os anos um asteroide de tamanho similar ao de um carro de passeio entra na atmosfera terrestre, no entanto, são raros os que conseguem chegar à superfície da Terra.
     
  • Alguns asteroides possuem massas tão grandes que podem ter até mesmo suas próprias luas.
     
  • Um dos mais maiores e mais famosos asteroides conhecidos do Sistema Solar chama-se Ceres. Ele é comumente classificado como um planetoide em virtude da sua extensão de 952 quilômetros.
     
  • Estima-se que a cada 10 milhões de anos a Terra seja atingida por asteroides com mais de 5 quilômetros de extensão.
     
  • O último grande evento de impacto de um asteroide com a Terra aconteceu há cerca de 65 milhões de anos. Esse evento em particular marcou o fim da Era Cretácea, extinguindo grande parte da vida terrestre. O asteroide envolvido nesse evento apresentava cerca de 10 quilômetros de extensão.
     
  • Um asteroide de tamanho similar a um carro de passeio atinge a atmosfera terrestre com energia similar à da explosão produzida pela bomba atômica lançada em Hiroshima, no Japão: cerca de 15 quilotons, o equivalente à detonação de 15 mil toneladas de dinamite.
     
  • Em 1908, em Tunguska, na Rússia, um asteroide de algumas dezenas de metros destruiu uma enorme região florestal de 2150 quilômetros quadrados (uma área do tamanho do arquipélago de Açores). O asteroide em questão não chegou a colidir com o solo. Toda a destruição foi causada pelo deslocamento de ar do asteroide, que explodiu entre 5 e 10 quilômetros de altura, com energia próxima de mil bombas nucleares: 30 megatons.
     
  • Um meteorito chamado Hoba foi encontrado na Namíbia, no continente africano. Ele caiu na Terra há 80.000 anos, e sua massa, constituída principalmente de Níquel e outros metais, é de cerca de 60 toneladas.
     
  • A velocidade de entrada dos asteroides na Terra depende bastante do seu formato, no entanto, há casos em que esses corpos chegam até nós com velocidades superiores a 72 quilômetros por segundo, cerca de 259.000 km/h.
     
  • O site Purdue.edu oferece simulações interativas para calcular o efeito do impacto de asteroides na Terra.

 

Publicado por Rafael Helerbrock
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