O Fogo no Cerrado
As queimadas para a prática da atividade agropecuária ocorrem com frequência no Cerrado, esse é um ato que gera poucos custos para o preparo inicial do solo. Outra forma de queimadas nesse bioma são os tocos de cigarros jogados na mata: temperaturas elevadas, o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar contribuem para o surgimento do fogo.
No entanto, o fogo no Cerrado pode ter início por fatores naturais, isso ocorre através de descargas elétricas, combustão espontânea, atrito entre rochas e até atrito do pelo de alguns animais com a mata seca.
Esse fogo originado por fatores naturais é responsável pela distinção vegetal do Cerrado. Segundo pesquisas, o aspecto retorcido de suas árvores e arbustos são consequência da ocorrência do fogo, fazendo com que suas gemas de rebrota ocorram lateralmente. As cascas espessas dos troncos funcionam como um mecanismo de defesa das árvores às queimadas.
O fogo contribui para a germinação de sementes, pois algumas necessitam de um choque térmico para que seja efetuada a quebra de sua dormência vegetativa, principalmente as que são impermeáveis. A rápida elevação da temperatura causa fissuras na semente, favorecendo a penetração de água e iniciando o processo de germinação.
O Cerrado apresenta um rápido poder de recuperação, em curto período rebrota após o fogo e atrai diversos animais herbívoros em busca de forragem nova. Algumas espécies como os Anus, Carcarás e Seriemas, seguem as queimadas, e se alimentam de insetos e répteis atingidos pelo fogo.
Queimada no cerrado
Porém, as queimadas provocadas pelo homem apresentam consequências drásticas para o bioma, isso porque ocorrem em grandes proporções, intensidade e em qualquer época do ano. Acarretam perda na biodiversidade, prejudicando a fauna e a flora do Cerrado.
Atualmente, a maioria das queimadas ocorre através de ações do homem. A intensa ocupação e o desenvolvimento da atividade agropecuária no bioma modificaram sua paisagem, causando perdas inestimáveis na biodiversidade do Cerrado.