Hidrografia do Brasil

A hidrografia do Brasil é o conjunto de águas de superfície e de subsuperfície do território brasileiro. Por causa de fatores naturais, como climas predominantemente úmidos e o relevo de planícies e planaltos, o país é formado por uma densa rede fluvial composta por milhares rios que abastecem milhões de pessoas diariamente graças ao seu regime perene, em sua maioria, que é alimentado pelas chuvas. Existem algumas exceções que são os cursos intermitentes que percorrem áreas de clima semiárido no Nordeste do país.

Os rios brasileiros são divididos em 12 bacias (ou regiões) hidrográficas:

• Bacia Hidrográfica Amazônica;

• Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia;

• Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental;

• Bacia Hidrográfica do Parnaíba;

• Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental;

• Bacia Hidrográfica do São Francisco;

• Bacia Hidrográfica do Atlântico Leste;

• Bacia Hidrográfica do Atlântico Sudeste;

• Bacia Hidrográfica do Atlântico Sul;

• Bacia Hidrográfica Platina (Bacia do Paraná, Bacia do Paraguai e Bacia do Uruguai).

Leia também: Quais são os climas do Brasil?

Resumo sobre a hidrografia do Brasil

• A hidrografia do Brasil é formada por milhares de rios caudalosos e de ampla extensão que são importantes para a manutenção do equilíbrio natural, para o abastecimento hídrico, para a geração de eletricidade e para os transportes.

• Os rios e demais corpos hídricos do Brasil são divididos em 12 bacias hidrográficas.

• As bacias hidrográficas brasileiras são, em sua maioria, exorreicas, o que significa que suas águas correm em direção ao Oceano Atlântico.

• Elas são alimentadas por rios perenes, que não secam durante a estiagem. A exceção fica no Nordeste, onde o clima semiárido e os longos períodos sem chuva proporcionam o surgimento de rios intermitentes.

• Os corpos hídricos brasileiros têm regime pluvial, o que significa que são alimentados pelas chuvas. O Amazonas, entretanto, também é abastecido pela água oriunda do derretimento de neve na Cordilheira dos Andes, onde fica sua cabeceira.

• A maior delas é a Bacia Amazônica, cuja área de sete milhões de quilômetros quadrados se estende para países vizinhos. Ela representa 45% de toda a superfície brasileira.

• O principal rio da Bacia Amazônica é o Amazonas, maior e mais caudaloso rio do mundo cujas águas são fundamentais para a manutenção da Floresta Equatorial Amazônica.

• A Bacia do Paraná é a mais populosa do Brasil. Suas águas abastecem mais de 60 milhões de pessoas, e são muito importantes para a geração de eletricidade e para a navegação.

• Nas bacias hidrográficas do Nordeste, como a Bacia do Parnaíba e a do Atlântico Norte Oriental, existem rios intermitentes gerados pelo clima semiárido.

• As águas de bacias como a do São Francisco foram utilizadas em importantes projetos de transposição para o abastecimento da região mais seca do Brasil, o Semiárido.

Principais bacias hidrográficas do Brasil

A rede hidrográfica brasileira é dividida em 12 bacias ou regiões hidrográficas. São elas:

• Bacia Hidrográfica Amazônica;

• Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia;

• Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental;

• Bacia Hidrográfica do Parnaíba;

• Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental;

• Bacia Hidrográfica do São Francisco;

• Bacia Hidrográfica do Atlântico Leste;

• Bacia Hidrográfica do Atlântico Sudeste;

• Bacia Hidrográfica do Atlântico Sul;

• Bacia Hidrográfica Platina (Bacia do Paraná, Bacia do Paraguai e Bacia do Uruguai).

Mapa da hidrografia do Brasil

Quais as características das bacias hidrográficas do Brasil?

As bacias hidrográficas do Brasil têm como características em comum a ampla densidade de rios, maioria dos quais é de rios perenes, que não secam no período de estiagem, com uma única exceção na região Nordeste. Elas são formadas por rios caudalosos que têm trechos favoráveis à navegação, além de atravessarem áreas planálticas com desníveis que proporcionam força o suficiente para a geração de energia elétrica.

As bacias brasileiras apresentam regime pluvial, o que significa que elas são alimentadas pela água das chuvas, abundantes na maior parte do país. Outro aspecto comum importante de ser mencionado é o fato de que quase todas elas são exorreicas, ou seja, deságuam no oceano.

Cada bacia possui, além disso, as suas particularidades, sobretudo com relação à abrangência territorial e ao tamanho da população que vive em suas respectivas áreas. Confira, a seguir, as características de cada bacia hidrográfica brasileira.

→ Bacia Hidrográfica Amazônica

A Bacia Hidrográfica Amazônica fica localizada na região Norte do Brasil, compreendendo também áreas da região Centro-Oeste. Ela abrange um total de sete estados, sendo eles:

• Acre;

• Amazonas;

• Amapá;

• Pará;

• Rondônia;

• Roraima;

• Tocantins.

A área dessa bacia hidrográfica é de aproximadamente sete milhões de quilômetros quadrados. Seu principal curso d’água é o Rio Amazonas, maior e mais caudaloso rio do mundo que nasce na Cordilheira dos Andes, no Peru, e deságua na costa do estado do Pará. Os rios da Bacia Amazônica são abastecidos tanto pela neve que derrete no alto das montanhas andinas quanto pelas chuvas, muito abundantes no clima equatorial, em que essa bacia está inserida.

Além do Amazonas, destacam-se os rios Xingu, Tapajós, Madeira e Negro. No total, mais de 1700 rios compõem essa bacia hidrográfica, sem contar os mananciais subterrâneos, como o Aquífero Alter do Chão, que fica parcialmente nessa área. Suas águas abastecem milhões de habitantes e, também, terras indígenas, nas quais habitam centenas de povos tradicionais brasileiros.

Para saber mais sobre a Bacia Hidrográfica Amazônica, clique aqui.

→ Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia

A Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia tem 967 mil quilômetros quadrados, e abrange as águas dos seguintes estados e unidades federativas das regiões Norte e Centro-Oeste:

• Tocantins;

• Pará;

• Maranhão;

• Goiás;

• Distrito Federal;

• Mato Grosso.

Seus dois cursos d’água principais dão nome a essa bacia: o Rio Tocantins e o Rio Araguaia. Ela abriga mais de oito milhões de pessoas, distribuídas em cerca de 400 municípios, aos quais ela abastece com água e também com energia elétrica.

Por atravessar regiões de relevo predominantemente planáltico, a Bacia do Tocantins-Araguaia apresenta um enorme potencial para a geração de energia elétrica que é aproveitado por meio de grandes usinas, como a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, principal delas, e a de Lajeado. A bacia em questão também abriga parcialmente o Aquífero Alter do Chão.

Para saber mais sobre a Bacia Hidrográfica Tocantins-Araguaia, clique aqui.

→ Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental

A Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental se divide entre as regiões Norte e Nordeste do Brasil, abrangendo 274 mil quilômetros quadrados e rios de somente dois estados:

• Pará;

• Maranhão.

Mais de seis milhões de pessoas são abastecidas pelas águas de rios, como o Gurupi, o Mearim e o Itapecuru, alguns dos principais cursos d’água inseridos nessa bacia. O número de municípios atendidos é de 235, incluindo a capital maranhense, São Luís. Segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA), quase metade do uso da água dessa bacia hidrográfica é urbana, ou seja, empregada para o abastecimento de residências, unidades comerciais e atividades econômicas.

→ Bacia Hidrográfica do Parnaíba

A Bacia Hidrográfica do Parnaíba fica integralmente na região Nordeste do Brasil, estendendo-se por 333 mil quilômetros quadrados entre três estados:

• Piauí;

• Maranhão;

• Ceará.

Diferentemente das demais regiões hidrográficas brasileiras, a Bacia do Parnaíba apresenta clima muito quente e seco, marcado por períodos de estiagem que podem se prolongar por até oito meses e volumes anuais de chuva entre 250 mm e 750 mm. Por essa razão, apresenta muitos rios intermitentes, que secam durante os meses sem chuva. O rio principal dessa bacia, entretanto, é o Parnaíba, que apresenta curso perene. Mais de quatro milhões de pessoas vivem nessa região, cujas águas abastecem 293 municípios.

Para saber mais sobre a Bacia Hidrográfica do Parnaíba, clique aqui.

→ Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental

A Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental tem aproximadamente 287 mil quilômetros quadrados, fica no Nordeste do Brasil, e compreende 874 municípios entre os seguintes estados:

• Ceará;

• Piauí;

• Rio Grande do Norte;

• Paraíba;

• Pernambuco;

• Alagoas.

Também está inserida em uma área de clima predominantemente quente e seco e com longos períodos sem chuva, o que ocasiona alto estresse hídrico e a ocorrência de muitos rios intermitentes. Um deles é o Jaguaribe, maior rio intermitente do Brasil e do mundo. Como solução para os períodos de estiagem, foram construídos açudes próximos dos rios Jaguaribe e Piranhas Açu, proporcionando o abastecimento urbano contínuo. A população nessa bacia é de 24 milhões de habitantes.

→ Bacia Hidrográfica do São Francisco

A Bacia Hidrográfica do São Francisco compreende 503 municípios, em três regiões do Brasil. Sua área é de 638,4 mil quilômetros quadrados, e inclui os seguintes estados e unidades federativas:

• Alagoas;

• Sergipe;

• Pernambuco;

• Bahia;

• Minas Gerais;

• Goiás;

• Distrito Federal.

O seu rio principal é o Rio São Francisco, que nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e deságua no litoral de Alagoas. Por atravessar áreas de clima semiárido, torna-se importante para o abastecimento urbano em tempos de estiagem, não obstante também sofra com o estresse hídrico durante a seca. Outros importantes rios dessa bacia são os rios Grande, das Velhas, Urucaia e Preto. Também tem o seu potencial hidrelétrico aproveitado por grandes usinas, com destaque para o Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso, na Bahia.

Para saber mais sobre a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, clique aqui.

→ Bacia Hidrográfica do Atlântico Leste

A Bacia Hidrográfica do Atlântico Leste se estende por 388 mil quilômetros quadrados no litoral leste do Brasil, compreendendo 491 municípios das regiões Nordeste e Sudeste. Os estados que integram essa bacia são:

• Sergipe;

• Bahia;

• Espírito Santo;

• Minas Gerais.

Os seus rios principais são os rios Jequitinhonha, Pardo, Jacuíbe, Paraguaçu e outros. Atende a uma população de mais de 15 milhões de habitantes, que, segundo a ANA, tem como principal demanda hídrica a irrigação de regiões agrícolas, com destaque para a produção de frutas.

Para saber mais sobre a Bacia Hidrográfica do Atlântico Leste, clique aqui.

→ Bacia Hidrográfica do Atlântico Sudeste

A Bacia Hidrográfica do Atlântico Sudeste fica localizada majoritariamente na região Sudeste do Brasil, compreendendo alguns trechos do Sul. Ela se estende por 214,6 mil quilômetros quadrados e engloba 595 municípios nos seguintes estados:

• Minas Gerais;

• Espírito Santo;

• Rio de Janeiro;

• São Paulo;

• Paraná.

É uma das bacias mais populosas do território brasileiro, com 28 milhões de habitantes. A demanda por água dos municípios é muito elevada, visto que compreende parcial ou integralmente algumas das principais regiões metropolitanas brasileiras. Dentre os cursos d’água que compõem a Bacia do Atlântico Sudeste, podemos destacar os rios Doce, Paraíba do Sul e Ribeira do Iguape.

→ Bacia Hidrográfica do Paraná

A Bacia Hidrográfica do Paraná tem aproximadamente 880 mil quilômetros quadrados de área e abrange 1507 municípios, em três regiões do Brasil. As unidades federativas que estão inseridas no limite de seu divisor de águas são:

• Goiás;

• Distrito Federal;

• Mato Grosso do Sul;

• Minas Gerais;

• São Paulo;

• Paraná;

• Santa Catarina.

A Bacia do Paraná é a mais populosa do Brasil, concentrando mais de 62 milhões de habitantes, maioria dos quais vive nas cidades. A atividade agrícola e industrial é intensa nessa região, o que requer elevado volume de água todos os dias e, também, consome muita energia elétrica. Essa demanda é abastecida por rios como Paraná, Grande, Paranapanema e Tietê. Deles são aproveitados tanto os longos trechos navegáveis quanto o seu enorme potencial elétrico. E é nessa bacia que fica a Usina Itaipu Binacional, entre o Brasil e o Paraguai.

Também pela Bacia do Paraná se insere a maior área de um dos principais reservatórios de água subterrânea do Brasil, o Aquífero Guarani.

→ Bacia Hidrográfica do Paraguai

A Bacia Hidrográfica do Paraguai tem área de 363 mil quilômetros quadrados em território brasileiro e abrange 94 municípios, em dois estados da região Centro-Oeste do Brasil:

• Mato Grosso;

• Mato Grosso do Sul.

Assim como acontece com outras bacias brasileiras, suas águas se estendem para países vizinhos. Insere-se em uma área com elevado teor de umidade, que compreende o Pantanal mato-grossense, e tem um sistema hídrico bastante complexo que inclui a presença de amplas planícies de inundação.

Seus rios principais, como o Paraguai, o São Lourenço, o Aquidauana e o Negro, atravessam tanto terrenos planos quanto terrenos planálticos, sendo muito utilizados para a navegação e para a irrigação, além de ter seu potencial hídrico aproveitado. Em seus limites vivem mais de dois milhões de pessoas.

Para saber mais sobre a Bacia Hidrográfica do Paraguai, clique aqui.

→ Bacia Hidrográfica do Atlântico Sul

A Bacia Hidrográfica do Atlântico Sul se estende por aproximadamente 186 mil quilômetros quadrados, entre as regiões Sudeste e Sul do Brasil, abrangendo 464 municípios dos seguintes estados:

• São Paulo;

• Paraná;

• Santa Catarina;

• Rio Grande do Sul.

As águas dessa bacia são formadas por rios de grande porte, como o Itajaí e o Capivari, rios mais curtos, predominantes, além das lagunas Mirim e dos Patos. Elas abastecem áreas densamente povoadas, totalizando 13 milhões de habitantes.

→ Bacia Hidrográfica do Uruguai

A Bacia Hidrográfica do Uruguai tem área de 274 mil quilômetros quadrados e compreende 405 municípios, em dois estados da região Sul do Brasil:

• Santa Catarina;

• Rio Grande do Sul.

A população de mais de 6,3 milhões de habitantes se beneficia das águas de rios como o Uruguai para o abastecimento hídrico urbano, para a navegação e também na irrigação, pois é uma região de intensa atividade agrícola. Seu potencial hidrelétrico é igualmente aproveitado por usinas como a Usina Binacional de Salto Grande.

Acesse também: Quais são os biomas brasileiros?

Maior bacia hidrográfica do Brasil

A maior bacia hidrográfica do Brasil é a Bacia Amazônica. Sua área total é de sete milhões de quilômetros quadrados, dos quais 3.870.000 estão somente no Brasil, o que é pouco mais da metade da sua superfície total. Considerando todo o território brasileiro, a Bacia Amazônica representa 45% de sua área. Além do país, ela se estende por outros seis territórios sul-americanos:

• Bolívia;

• Colômbia;

• Equador;

• Guiana;

• Peru;

• Venezuela.

Isso torna a Bacia Amazônica a maior, também, da América do Sul. De acordo com dados da ANA, a disponibilidade hídrica dessa bacia, que é de 73.748 m²/s, corresponde a 81% de toda a disponibilidade de água superficial encontrada no Brasil. Seu potencial para a geração elétrica é pouco aproveitado, ainda que haja grandes usinas construídas em seus rios, como é o caso da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu.

Em contrapartida, seus mais de 15 mil quilômetros de trechos navegáveis são muito bem utilizados, tanto para o transporte de pessoas, sobretudo em áreas de baixa acessibilidade por vias terrestres, quanto de mercadorias.

Qual a importância da hidrografia do Brasil?

A hidrografia do Brasil tem importância ambiental, social, econômica e cultural. As águas que banham o território nacional são responsáveis por abastecer os diferentes ecossistemas que se formam nos biomas brasileiros, sendo fundamentais para a garantia da biodiversidade do Brasil. Elas abastecem cidades e áreas rurais, garantindo o acesso de milhões de pessoas a esse recurso fundamental para a subsistência que é a água, utilizada para a higiene diária e em atividades do cotidiano.

Os rios e corpos hídricos brasileiros são utilizados para o transporte de pessoas e de mercadorias, sendo uma importante via de acesso a diferentes regiões do país, além do intercâmbio que é realizado com países vizinhos. Vimos que, por conta do relevo planáltico, os cursos d’água brasileiros apresentam alto potencial de geração de energia elétrica que é aproveitado por usinas como a de Itaipu, Belo Monte e Paulo Afonso, por exemplo.

Nota-se, ainda, que os rios brasileiros são fundamentais para a economia, sobretudo quando pensamos na atividade pesqueira, na irrigação de cultivos agrícolas, e no fornecimento de água para a indústria.

Por outro lado, o estudo da hidrografia brasileira tem importância para ampliar os conhecimentos acerca dos aspectos físicos do Brasil e da maneira como os diferentes sistemas naturais interagem para a composição dos domínios morfoclimáticos existentes. Mais do que isso, esse aspecto em particular do território nacional é importante para a administração do território em diversas escalas, considerando as bacias hidrográficas como unidades de gestão.

Rios do Brasil

Fatores naturais que são característicos do território brasileiro, como os climas úmidos e os terrenos formados por planaltos e planícies, foram fundamentais para o desenvolvimento de um conjunto de milhares de rios que compartilham aspectos como curso perene, na maioria deles, fluxos intensos e trechos amplamente navegáveis.

Os rios do Brasil tiveram papel fundamental ao longo da história da formação e da ocupação do território nacional, sobretudo no interior do país. Por essa razão, temos um vasto número de grandes cidades que se desenvolveram próximo ao curso de rios. Eles são fundamentais, portanto, para a sustentação da biodiversidade, para o equilíbrio ecossistêmico e para o abastecimento urbano e residencial.

A seguir, veja uma tabela que reúne os nomes de alguns dos principais rios do Brasil.

Exercícios resolvidos sobre hidrografia do Brasil

Questão 1

(Unesp) A disponibilidade de água no Brasil é elevada, se comparada à de outras regiões do mundo. No entanto, quando se consideram o potencial hídrico no território e a distribuição da população brasileira por regiões, notam-se:

A) a distribuição desigual do recurso e a possibilidade de escassez hídrica.

B) a homogeneidade da matriz energética nacional e o predomínio de assentamentos litorâneos.

C) a transposição do recurso e a criação artificial de demandas.

D) a valorização de áreas bem abastecidas e os fluxos migratórios de transumância.

E) a perda do recurso por mau uso e o desequilíbrio na ocupação de bacias hidrográficas.

Resolução:

Alternativa A.

A água é distribuída de maneira desigual no território brasileiro, visto que áreas densamente povoadas e aquelas que apresentam maior disponibilidade de recursos hídricos não são as mesmas. Além disso, em áreas populosas como a região Nordeste existe a possibilidade de escassez devido a problemas ocasionados pelo clima, que é quente e seco, e também de gestão dos recursos destinados ao combate à seca, por exemplo.

Questão 2

(PUC) A área assinalada no mapa, que representa uma importante bacia hidrográfica brasileira, tem sido historicamente local de muitos movimentos sociais e de polêmicas quanto ao uso de suas águas, inclusive nos dias de hoje.

O principal rio que forma esta bacia chama-se:

A) Tocantins.

B) São Francisco.

C) Paraná.

D) Araguaia.

E) Paraguai.

Resolução:

Alternativa B.

A bacia apresentada tem como rio principal o São Francisco, importante para o abastecimento hídrico da região Nordeste e que foi usado em um projeto de transposição de águas para atender cidades do Semiárido Brasileiro.

Fontes

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO (ANA). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil: regiões hidrográficas brasileiras. Edição Especial. Brasília: ANA, 2015. Disponível em: https://biblioteca.ana.gov.br/sophia_web/Acervo/Detalhe/65829.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO (ANA). Panorama das águas. Disponível em: https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/gestao-das-aguas/panorama-das-aguas.