O Trabalho e a Terra no Brasil

O trabalho no campo brasileiro

O subaproveitamento do espaço rural brasileiro é caracterizado por uma baixa produtividade em relação aos outros países que possui uma agricultura pautada na mecanização. O motivo que faz o Brasil ter uma baixa produtividade está na predominância da prática da agropecuária tradicional.

O Brasil é um país extremamente agrícola, quase a metade do território é ocupada por estabelecimentos rurais. As concentrações e as relações estão divididas em estrutura fundiária, latifúndio, minifúndio, expropriação e êxodo rural.


- Estrutura fundiária: Corresponde à maneira como as terras estão distribuídas no território.

- Latifúndio: São grandes propriedades rurais com aproximadamente 600 hectares.

- Minifúndio: São pequenas propriedade rurais com aproximadamente 3 hectares.

- Expropriação: É quando um pequeno proprietário rural se encontra endividado e é obrigado a vender sua propriedade para pagar dívidas, geralmente os grandes fazendeiros próximos adquirem essas terras.

- Êxodo rural: Corresponde ao deslocamento de trabalhadores rurais que saem do campo com destino aos centros urbanos, isso pode ocorrer por falta de trabalho no campo devido à mecanização ou mesmo para buscar uma vida melhor.

No campo existem as relações de trabalho que são diversificadas, como mão-de-obra familiar, posseiros, parceria, arrendatários, trabalhadores assalariados temporários e o trabalho escravo no campo.

- Mão-de-obra familiar: É a relação de trabalho entre os entes da família exercendo todas as etapas produtivas.

- Posseiros: São trabalhadores rurais que ocupam e/ou cultivam terras devolutas.

- Parceria: É a junção entre dois trabalhadores ou produtores rurais, no qual um possui a propriedade da terra e o outro apenas a força de trabalho, esse vai cultivar a terra e depois dividir uma parte da produção com aquele.

- Arrendatário: É quando um agricultor não possui terra, mas tem recursos financeiros, então arrenda ou aluga a propriedade por um período pré-determinado.

- Trabalhadores assalariados temporários: São trabalhadores rurais que recebem salário, mas que trabalham apenas uma parte do ano, é o que acontece nas colheitas.

- Trabalho escravo no campo: É quando o trabalhador não tem direitos trabalhistas, não recebe salário, pois tudo que é utilizado é cobrado, desde a alimentação até as ferramentas de trabalho, esse fica endividado, fato que o impede de ir embora.
Em pleno século XXI, esse fato se faz real, principalmente em estados como Pará, Mato Grosso e Goiás, esses não são únicos no país.

A reforma agrária é outro problema muito polêmico no país, contudo convém explicitar o significado de tal expressão.
A reforma agrária tem a finalidade de promover a distribuição ou reorganização mais justa da terra.

A questão agrária provoca uma grande tensão no campo.
A fixação do trabalhador rural no campo depende de vários fatores, pois não basta a simples redistribuição de terras para garantir o sucesso da reforma agrária é preciso facilidade na obtenção e pagamentos de créditos financeiros, garantia de preços, condição de transportes, orientação técnica e infra-estrutura.

Publicado por Eduardo de Freitas
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