Pacto de Varsóvia

O Pacto de Varsóvia foi um acordo militar firmado entre a URSS e outros países de influência comunista em 1955.
Acima, bandeira com símbolo do Pacto de Varsóvia, criado em 1955.

Pacto de Varsóvia foi um acordo militar assinado em 14 de maio de 1955, na capital polonesa que dá nome ao pacto, entre a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e outros países do leste europeu de orientação comunista. Esse acordo, ou aliança militar, foi encarado à época como uma resposta à criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que ocorreu em 4 de abril de 1949.

Como é sabido, a OTAN – que existe até hoje – também é um pacto militar e foi firmada entre Estados Unidos da América e outros países ocidentais com o objetivo de ajuda operacional militar mútua. Para compreendermos a importância histórica do Pacto de Varsóvia, é necessário que saibamos, portanto, por que ele foi encarado como uma resposta à OTAN.

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Contexto histórico do Pacto de Varsóvia

Sabemos que, ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o mundo encontrava-se na iminência de uma redefinição geopolítica, isto é, algumas das principais potências político-econômicas e militares que vigoravam antes de 1939, como o Império Japonês e a Alemanha nazista, estavam em frangalhos em decorrência das consequências da guerra. Os dois países que se sobressaíram no combate ao nazismo e ao fascismo japonês em 1945 foram os EUA e a URSS, na época, aliados.

Contudo, nos dois anos que se seguiram, 1946 e 1947, as diferenças entre esses dois países tornaram-se incontornavelmente evidentes, sobretudo as diferenças de teor ideológico. O então presidente americano Harry Truman deixou claro as suas opiniões sobre o caráter nocivo do comunismo soviético em declarações emitidas no ano de 1947. Além disso, nesse mesmo ano, era levado a cabo o Plano Marshall para a reconstrução da Europa Ocidental, plano esse que também pretendia barrar o avanço do comunismo do leste para o oeste europeu. De sua parte, o líder da URSS, Josef Stalin, também repudiava as iniciativas de Truman e do Plano Marshall e passava a estabelecer seus próprios planos de reconstrução econômica dos países do leste, sob sua influência. Esse era o cenário montado para a Guerra Fria.

Para garantir o sucesso do Plano Marshall e assegurar suas posições na Europa Ocidental, os americanos precisaram desenvolver um programa de cooperação militar. Esse programa tornou-se adjunto e complementar ao já estabelecido Plano Marshall. Assim, foi então criada a OTAN, com o objetivo de estratégia de guerra e defesa contra possíveis investidas do bloco soviético. Além dos EUA, assinaram esse tratado os seguintes países: Itália, Países Baixos, Bélgica, Islândia, Luxemburgo, Canadá, Dinamarca, Noruega, França, Portugal e Reino Unido. Mais tarde aderiram: Grécia, Turquia e Alemanha Ocidental.

Criação do Pacto de Varsóvia

Percebendo uma nova circunstância geopolítica, em que o mundo (e sobretudo o continente europeu) estava sendo dividido em duas grandes zonas de influência, os soviéticos firmaram seu próprio acordo militar com os seguintes países: Hungria, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Bulgária, Tchecoslováquia e Polônia. Qualquer país-membro do Pacto de Varsóvia que sofresse uma investida militar dos ocidentais teria o apoio dos demais membros do Pacto. O mesmo valia com relação à OTAN.

Esses dois pactos definiram a bipolarização do mundo que caracterizou a Guerra Fria. O Pacto de Varsóvia teve seu fim com a dissolução completa da União Soviética em 1991. A OTAN perdura até os nossos dias, porém com interesses estratégicos diferentes.

Publicado por Cláudio Fernandes
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