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Ataque a Pearl Harbor

O ataque a Pearl Harbor foi uma ofensiva surpresa da marinha imperial japonesa em 7 de dezembro de 1941.
Registro do ataque a Pearl Harbor.
Registro do ataque a Pearl Harbor.

O ataque a Pearl Harbor foi uma ofensiva surpresa da marinha imperial japonesa em 7 de dezembro de 1941, com o objetivo de neutralizar a frota americana do Pacífico e garantir a expansão japonesa no Sudeste Asiático. Realizado em duas ondas, o ataque destruiu navios, aviões e instalações, causando 2403 mortes, incluindo 68 civis, e gerando danos significativos, embora não tenha atingido os porta-aviões americanos.

Inserido em um contexto de tensões crescentes entre os dois países, marcado pela expansão militar japonesa na Ásia e pelas sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, o ataque consolidou a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial. As consequências foram profundas: unificou a opinião pública americana, mobilizou recursos em massa e reforçou as alianças aliadas, alterando o curso do conflito global.

Leia também: Invasão da Polônia pelos nazistas: o início da Segunda Guerra

Resumo sobre o ataque a Pearl Harbor

  • O ataque a Pearl Harbor foi uma ofensiva surpresa da marinha imperial japonesa, em 7 de dezembro de 1941, contra a base naval americana no Havaí, resultando na destruição de navios e aviões, além de mais de 2400 mortes, o que levou à entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
  • O ataque ocorreu em meio a tensões crescentes entre Japão e Estados Unidos, motivadas pela expansão militar japonesa na Ásia, pelas sanções econômicas americanas e pela ocupação da Indochina, que consolidaram o antagonismo entre as duas potências.
  • O Japão buscava neutralizar a frota americana para garantir acesso a recursos no Sudeste Asiático, reagindo às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, que incluíam o bloqueio de petróleo, essencial para o esforço militar japonês.
  • O ataque visava destruir a frota do Pacífico para garantir a expansão japonesa no Sudeste Asiático, minar o moral americano e atrasar a resposta militar dos Estados Unidos, apesar de não atingir os porta-aviões, essenciais para futuras batalhas.
  • Realizado em duas ondas aéreas planejadas meticulosamente, o ataque destruiu navios, aviões e instalações, mas falhou em eliminar os porta-aviões americanos, enquanto os sinais de radar foram ignorados, permitindo a surpresa completa.
  • O ataque resultou na entrada imediata dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, unificou a opinião pública americana e levou à mobilização em massa de recursos, alterando o curso do conflito global e reforçando as alianças aliadas.
  • O evento causou a morte de 2403 americanos, incluindo 68 civis, com o USS Arizona concentrando mais de 1100 mortes, enquanto as perdas japonesas foram relativamente menores, destacando o impacto humano e estratégico do ataque.

O que foi o ataque a Pearl Harbor?

Vista aérea de Pearl Harbor.
Vista aérea de Pearl Harbor.

O ataque a Pearl Harbor foi um marco decisivo na história da Segunda Guerra Mundial, realizado pela marinha imperial japonesa em 7 de dezembro de 1941. A ofensiva surpresa foi direcionada à base naval americana localizada no Havaí, um ponto estratégico para as operações dos Estados Unidos no Pacífico. O ataque consistiu em duas ondas principais, envolvendo 353 aviões, lançados de seis porta-aviões japoneses.

O impacto foi devastador: oito couraçados americanos foram atingidos, dos quais dois foram completamente destruídos; 188 aviões foram eliminados no solo, e várias instalações terrestres sofreram danos severos.

Além dos danos materiais, o ataque causou 2403 mortes, incluindo 68 civis, e deixou 1178 feridos. O evento foi descrito como um dos momentos mais dramáticos da guerra, tanto pelo impacto imediato quanto pela sua capacidade de galvanizar a opinião pública americana, até então relutante em entrar no conflito global.

Esse ataque marcou o fim de qualquer neutralidade americana e desencadeou uma resposta enérgica, culminando na declaração de guerra contra o Japão no dia seguinte.

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Contexto histórico do ataque a Pearl Harbor

O ataque deve ser entendido no contexto de tensões crescentes entre os Estados Unidos e o Japão ao longo da primeira metade do século XX. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, o Japão emergiu como uma potência regional no Pacífico e buscava expandir sua influência sobre territórios ricos em recursos naturais, como a China e as ilhas do Pacífico. A Conferência Naval de Washington, em 1922, impôs restrições à construção naval japonesa, alimentando ressentimentos que moldariam a política externa do país.

Na década de 1930, a invasão japonesa da Manchúria e seu avanço sobre a China geraram condenações internacionais. Os Estados Unidos, preocupados com a estabilidade na Ásia e a segurança de seus próprios interesses comerciais, adotaram uma política de contenção. A resposta americana incluiu sanções econômicas, como o bloqueio de exportações estratégicas, incluindo petróleo e aço, recursos essenciais para o esforço de guerra japonês.

Além disso, a aliança do Japão com Alemanha e Itália, firmada no Pacto Tripartite de 1940, posicionou o país no eixo oposto aos interesses americanos. A situação se agravou com a ocupação japonesa da Indochina Francesa, vista pelos EUA como uma ameaça direta à segurança regional. Apesar de tentativas diplomáticas para aliviar as tensões, as diferenças fundamentais entre as duas nações tornaram o conflito quase inevitável.

Leia também: Dia D — o esforço de guerra dos Aliados para a libertação da França das tropas nazistas

Causas do ataque a Pearl Harbor

A decisão japonesa de atacar Pearl Harbor foi motivada por uma série de fatores políticos, econômicos e estratégicos. O principal objetivo do Japão era assegurar o controle sobre o Sudeste Asiático, especialmente as Índias Orientais Holandesas, ricas em petróleo, um recurso vital para sustentar sua máquina de guerra. O bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos tornou essa conquista ainda mais urgente.

Além disso, havia um componente ideológico significativo. O militarismo japonês e a crença em sua superioridade cultural e militar alimentaram a determinação de enfrentar os EUA, apesar do desequilíbrio de recursos entre as duas nações. O governo japonês acreditava que um ataque devastador e bem-sucedido poderia forçar os americanos a negociarem, evitando uma guerra prolongada.

No entanto, a decisão também foi marcada por divisões internas no Japão. Enquanto alguns líderes, como o almirante Isoroku Yamamoto, estavam cientes das limitações de um confronto direto com os Estados Unidos, outros viam o ataque como uma questão de sobrevivência nacional.

A escalada para a guerra foi inevitável quando os Estados Unidos e seus aliados congelaram os ativos japoneses no exterior e interromperam o fornecimento de petróleo, ações que o Japão interpretou como atos de guerra.

Objetivos do ataque a Pearl Harbor

Os objetivos estratégicos do ataque eram claros: destruir a frota americana do Pacífico para garantir que o Japão pudesse avançar livremente no Sudeste Asiático. A liderança japonesa sabia que sua superioridade militar era temporária e que precisava de um golpe rápido e decisivo para neutralizar a ameaça representada pelos Estados Unidos.

Além de neutralizar a presença naval americana, o ataque também buscava minar o moral dos Estados Unidos e criar um atraso significativo na capacidade de resposta americana. Embora o ataque tenha causado danos consideráveis, falhou em atingir os porta-aviões americanos, que estavam fora do porto no momento do ataque. Essa falha estratégica acabaria sendo um ponto crítico para os desdobramentos da guerra.

Como foi o ataque a Pearl Harbor?

Almirante Isoroku Yamamoto, aquele que planejou o ataque a Pearl Harbor.
Almirante Isoroku Yamamoto, aquele que planejou o ataque a Pearl Harbor.

A execução do ataque foi planejada meticulosamente pelo almirante Isoroku Yamamoto, que acreditava que um ataque surpresa era a única chance do Japão de equilibrar as forças. A força de ataque consistia em seis porta-aviões, acompanhados por uma frota de apoio de cruzadores e destróieres. As aeronaves foram organizadas em duas ondas de ataque.

A primeira onda, composta por 183 aviões, decolou às 6h da manhã e atacou às 7:58. Ela se concentrou em couraçados e aeródromos, usando uma combinação de bombas e torpedos para maximizar o impacto. A segunda onda, lançada cerca de uma hora depois, teve 170 aviões e atacou alvos secundários, como cruzadores e destróieres.

Apesar do planejamento cuidadoso, houve falhas operacionais. Informações cruciais sobre a aproximação da frota japonesa não foram corretamente interpretadas pelos militares americanos. Isso incluiu a detecção de submarinos anões e a leitura de sinais de radar que indicavam a aproximação de uma grande força aérea, mas que foram desconsiderados como falsos alarmes.

O ataque terminou após cerca de duas horas, deixando um rastro de destruição significativa. No entanto, a frota japonesa optou por não lançar uma terceira onda de ataque, que poderia ter causado danos irreparáveis à infraestrutura de abastecimento e reparo de Pearl Harbor. Essa decisão foi motivada pelo receio de um contra-ataque americano e pela necessidade de preservar recursos para futuras operações.

Mapa mostra as duas ondas de ataque a Pearl Harbor.
Mapa mostra as duas ondas de ataque a Pearl Harbor.

Consequências do ataque a Pearl Harbor

O impacto imediato do ataque foi catastrófico para os Estados Unidos, tanto em perdas humanas quanto em perdas materiais. Contudo, o evento também teve consequências de longo prazo que moldaram a trajetória da Segunda Guerra Mundial e a política internacional nas décadas seguintes.

Em nível interno, o ataque unificou a opinião pública americana, até então dividida sobre o envolvimento na guerra. A retórica do presidente Franklin D. Roosevelt em seu discurso ao Congresso, descrevendo o dia 7 de dezembro como “uma data que viverá na infâmia”, galvanizou o apoio à declaração de guerra. O Congresso respondeu quase unanimemente, com apenas um voto contrário, e os Estados Unidos entraram formalmente na guerra no dia seguinte.

No cenário global, o ataque levou à consolidação das alianças entre os Aliados. O Reino Unido e a União Soviética, já envolvidos no conflito, reconheceram a entrada dos EUA como um ponto de virada significativo. Além disso, o ataque a Pearl Harbor reforçou o compromisso americano com a guerra total, resultando na mobilização em massa da economia e das forças armadas.

Leia também: Como ficou o Japão após a Segunda Guerra Mundial?

Mortes no ataque a Pearl Harbor

O número de mortos em Pearl Harbor foi significativo, com 2403 vidas perdidas, incluindo 68 civis. O USS Arizona foi o maior ponto de tragédia, com mais de 1100 tripulantes mortos quando o navio explodiu e afundou. Outras perdas notáveis incluíram os couraçados USS Oklahoma e USS West Virginia, que foram severamente danificados. Por outro lado, as perdas japonesas foram muito menores: 55 aviadores e cinco submarinos, além de cerca de 65 tripulantes.

O impacto humano do ataque não se limitou às mortes. Muitos dos sobreviventes sofreram ferimentos graves e enfrentaram traumas físicos e psicológicos que duraram décadas. Além disso, o ataque teve implicações significativas para as famílias das vítimas e para a população americana em geral, que foi profundamente afetada pela magnitude da tragédia.

O ataque a Pearl Harbor permanece como um dos eventos mais emblemáticos e analisados da Segunda Guerra Mundial. Sua combinação de estratégia militar, erros de inteligência e impacto psicológico o tornou um marco na história moderna. A memória coletiva do evento continua a influenciar as narrativas sobre a guerra, a política externa americana e a relação do país com o Japão.

Fontes

GALLEGOS VILLALOBOS, Alfredo. El ataque a Pearl Harbor y sus circunstancias. Revista de Marina, n. 971, p. 78-85, jul.-ago. 2019. ISSN 0034-8511.

BERTOCCHI MORÁN, Alejandro N. La criptografía y el ataque a Pearl Harbor. Revista de Marina, n. 5, p. 480-487, 2013.

ZIMMER, Marina. Pearl Harbor e as bombas atômicas na mídia norte-americana. Pesquisa orientada por Arthur Lima de Ávila. Universidade Federal, 2021.

Publicado por Tiago Soares Campos
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