Pergaminho

Pergaminho era o suporte para escrita utilizado no passado, servindo como folha para que textos pudessem ser escritos. Era produzido de peles de animais.
O pergaminho foi um dos principais meios para registro da escrita no passado e era feito de pele de animais.

Pergaminho era o material de suporte para a escrita utilizado em parte da Antiguidade e da Idade Média. Tornou-se um dos meios de registro da escrita mais populares do passado e só perdeu importância com o surgimento do papel. Era produzido de pele de animais, como ovelhas, cabras, entre outros.

O pergaminho substituiu o papiro como principal meio para realização da escrita, embora sua popularização tenha demorado alguns séculos porque ele era difícil de ser produzido e tinha um preço elevado. No entanto, ele poderia ser reutilizado, bastando raspar sua superfície com algum objeto.

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Resumo sobre pergaminho

  • Era o material que permitia que escritos pudessem ser registrados em sua superfície.

  • Era produzido da pele de animais como cabras e ovelhas.

  • Seu processo de produção era longo e complexo, e, por isso, o material tinha um preço elevado.

  • Foi criado na cidade grega de Pérgamo, no século II a.C.

  • Foi substituído, a partir do século XIV, com a popularização do papel na Europa.

O que era o pergaminho

Atualmente, utilizamos o papel sempre que precisamos escrever algo manualmente ou imprimir algo importante, mas, na Antiguidade (antes do século I d.C.), o papel ainda não existia e o surgimento da escrita implicou a necessidade de algum meio em que fosse possível registrar textos. O pergaminho então foi um desses suportes para a escrita.

O pergaminho era basicamente um suporte para escrita. Surgiu no século II a.C., em uma cidade grega chamada Pérgamo, e se popularizou como o principal material para a escrita em parte da Antiguidade e da Idade Média. Só perdeu sua importância quando o papel foi popularizado na Europa, a partir do século XIV.

Surgimento do pergaminho

Como mencionado, o pergaminho surgiu no século II a.C., na cidade grega de Pérgamo, localizada na Ásia Menor (atual Turquia). Uma hipótese explica que o desenvolvimento desse material foi resultado de uma rixa do governante do Egito à época, Ptolomeu IV, com o de Pérgamo, Eumenes II. Aquele teria ficado sabendo da vontade deste de construir uma grande biblioteca em Pérgamo.

Assim, Ptolomeu decidiu barrar a venda de papiro para Pérgamo, pois, na sua visão, só Alexandria deveria ter uma grande biblioteca. Isso teria motivado as autoridades de Pérgamo a se engajarem em uma forma de substituir o papiro, e daí surgiu o pergaminho. Perceba que o nome desse suporte para escrita se inspirou no da cidade grega, e, em grego, o pergaminho é conhecido como pergaméne.

O pergaminho era tido como mais duradouro e de melhor qualidade que o papiro, pois era feito de pele de animais. No entanto, seu processo de produção se estendia por semanas, e essa lentidão, além de sua complexidade, fazia com que o material fosse bastante caro.

Isso dificultou a sua popularização, e, por isso, levou alguns séculos para que o pergaminho se tornasse o principal suporte para escrita. Sua produção utilizava peles de animais como cabras, vacas, ovelhas, carneiros, entre outros. Essas peles eram lavadas em uma solução que misturava água e óxido de cálcio, com o intuito de retirar as impurezas da matéria-prima.

Depois, a pele passava por um processo de secagem e era esticada de todos os lados em um varal para que ela pudesse ser mais facilmente manuseada e dobrada, caso necessário. Por fim, a pele era raspada para retirar todo resquício de pelo e então era polida, sendo o intuito disso deixar o pergaminho o mais liso possível.

O pergaminho, como mencionado, era mais resistente que o papiro e tinha alguns benefícios extras. Ele poderia ser preenchido em seus dois lados, e, além disso, o que era escrito nele poderia ser apagado para que um novo registro fosse feito, para isso, bastava raspar a sua superfície.

Os pergaminhos reutilizados recebiam o nome de palimpsestos, e muitos o eram mais de uma vez. O pergaminho também permitiu o surgimento do códice, um caderno que tinha a forma de um livro moderno — várias folhas, umas sobre as outras, amarradas por uma costura e protegidas por uma capa grossa.

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A escrita na Antiguidade

Sabemos que a escrita surgiu por volta de 3000 a.C., quando os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme, na Mesopotâmia. À medida que novas formas de escrita foram surgindo, uma necessidade se estabeleceu: a de encontrar suportes que permitissem seu registro. A humanidade usou diferentes meios, como tábuas de madeira e tábuas de argila, para escrever, mas foram os egípcios quem criaram o primeiro suporte de larga utilização.

Assim, os egípcios criaram o papiro, uma folha produzida de uma planta aquática também conhecida como papiro (Cyperus papyrus). A região do delta do Nilo tinha uma grande quantidade dessa planta, que os egípcios consideravam sagrada. A produção do papiro se dava por meio das hastes da planta.

Sua produção incluía a retirada das hastes e seu corte em pequenas tiras, sobrepostas em posições cruzadas para formar uma camada resistente. Essas hastes passavam por um processo de secamento, e depois a folha era polida e recebia um óleo que cumpria a função de verniz.

Os historiadores afirmam que esse processo, provavelmente, surgiu no Egito. O papiro não era muito resistente, sofrendo bastante com a ação do tempo, mas foi o suporte para escrita mais popular até o surgimento do pergaminho. Poderia ser enrolado e geralmente assim era armazenado. Caso queira se aprofundar no tema deste tópico, leia: Origem da escrita.

Publicado por Daniel Neves Silva
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