Poliestireno

Recipientes de plástico feitos de poliestireno

O poliestireno é um polímero de adição, ou seja, ele consiste em macromoléculas formadas pela união sucessiva de várias moléculas iguais entre si, que, no caso, são o estireno (vinil benzeno).

A ligação pi entre os carbonos do estireno é rompida e se formam duas novas ligações simples. Isso propicia a ligação dos carbonos de uma molécula do estireno com outra molécula desse mesmo composto, formando o polímero. Desse modo, obtém-se um polímero formado por várias moléculas de estireno, como mostrado na ilustração a seguir:

A polimerização do estireno em poliestireno ocorre sob aquecimento de uma suspensão em água e usando-se peróxidos para iniciar a reação.

O poliestireno é obtido inicialmente na forma de pequenas contas que podem ser amolecidas sob vapor e esculpidas na forma desejada. O tipo de poliestireno mais conhecido é o isopor, que é obtido aquecendo-se esse polímero com substâncias que produzem gases e, dessa forma, ele incha, ficando extremamente leve.

O isopor possui ampla aplicação no cotidiano, sendo usado como isolante, em embalagens em copos descartáveis e outros recipientes para bebidas e comidas quentes; em materiais de construção, caixas para transporte de peixe fresco em gelo ou qualquer bebida ou comida que se deseje manter em baixa temperatura; em forro para capacetes e embalagens protetoras para equipamentos elétricos.

Quando o isopor começou a ser utilizado, a partir de 1930, ele foi corretamente acusado por ambientalistas como um risco para o meio ambiente, pois, infelizmente, ele é um produto descartável, o que aumentou em muito a quantidade de lixo, e o seu tempo de decomposição ainda é indeterminado, sendo que estimativas apontam para 150 anos. Além disso, eles acusaram o fato de se usarem gases CFC (clorofluorcarbonos) para expandir o poliestireno. Ao serem lançados na atmosfera, esses gases absorvem o calor refletido pela Terra, contribuindo para agravar o problema do aquecimento global.

Outro fator contrário ao uso do isopor é que ele queima muito facilmente, derretendo e liberando uma fumaça preta (veja na figura) que libera gás carbônico (CO2) para o meio ambiente. Esse é outro gás responsável pela intensificação do efeito estufa e do aquecimento global.

No entanto, esse último problema pode ser controlado adicionando-se ao isopor aditivos capazes de retardar o fogo.

Precisamos sim diminuir o uso de produtos descartáveis, não só o isopor, e encaminhá-los para a reciclagem. O símbolo de reciclagem do poliestireno (PS) é o número 6.

Em contrapartida, o isopor ajudou em vários aspectos. Veja alguns deles:

  • Ajudou a diminuir os gastos das famílias com aquecimento, pois ele é colocado como isolante nas casas, além de manter também os cômodos frios no verão;
  •  O poliestireno expandido também ajuda as geladeiras e freezers a trabalharem com mais eficiência, diminuindo o seu gasto de energia;
  • Pode salvar vidas, sendo usado como almofadas de segurança em veículos e capacetes;
  • Embalagens de poliestireno expandido reduzem os custos com transportes, devido ao fato de serem leves.

Mas, o poliestireno também pode se encontrado de duas outras formas: o poliestireno comum e os poliestirenos de alto impacto.

O poliestireno comum possui um aspecto semelhante ao vidro, devido às suas moléculas conterem anéis benzeno, que atraem os anéis das outras moléculas, fazendo com que ele fique mais quebradiço e menos flexível. O material fica transparente e com alto índice de refração, como o vidro, devido ao empacotamento mais apertado das cadeias poliméricas.

Esse tipo de polímero é muito usado como capa transparente de CDs. Mas, outros produtos feitos dele são: potes de iogurtes, escovas, pentes, tesouras, pós cosméticos compactos, copos descartáveis, equipamentos de laboratório, como pipetas descartáveis, entre outros.

Já o poliestireno de alto impacto é obtido adicionando-se mais de 10% de polibutadieno ou de estirenobutadieno ao poliestireno e, dessa forma, ele fica mais resistente e não é transparente. Alguns produtos feitos dele são: pentes, cabides, embalagens para pastas e margarinas, disjuntores, bandejas para alimentos, revestimentos internos de refrigeradores, potes para guardar comidas e brinquedos.

Publicado por Jennifer Rocha Vargas Fogaça
Química
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Dispositivos amplamente difundidos hoje e sem relatos concretos sobre os seus malefícios são os cigarros eletrônicos. Por mais que não saibamos de maneira clara o quão fazem mal a saúde é claro e evidente que não fazem bem! Vamos entender o seu funcionamento e desvendar o motivo pelo qual com certeza ele fazem mal a saúde.
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