Rosácea

A rosácea é uma dermatose que acomete, principalmente, mulheres de pele branca, com idades entre 30 anos e 50 anos. Apresenta como característica marcante a vermelhidão na pele.
A rosácea causa vermelhidão na pele na região central da face.

 A rosácea é uma doença inflamatória crônica que se caracteriza por causar vermelhidão na pele, normalmente na região central da face. Essa dermatose afeta, principalmente, adultos com idades entre 30 anos e 50 anos e apresenta períodos de surtos seguidos de remissões. É mais comum em mulheres do que em homens e raramente ocorre em negros, sendo mais comum em pessoas de pele branca. Estima-se que o problema, que não possui cura definitiva, afeta 10% da população.

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Causas da rosácea

A causa da rosácea não é bem conhecida e, provavelmente, envolve vários fatores (etiologia multifatorial). Sabe-se, porém, que pode haver uma relação genética. Considera-se ainda a participação do ácaro Demodex folliculorum e da bactéria Bacillus oleronius no desenvolvimento da doença.

Sintomas da rosácea

A rosácea é uma doença inflamatória que se caracteriza, principalmente, pela vermelhidão na pele. Entretanto, esse não é o único sintoma da rosácea. Veja a seguir os principais sintomas dessa doença:

  • Vermelhidão na pele (eritema);

  • Pele sensível, que se irrita facilmente;

  • Pele seca;

  • Vermelhidão e calor na pele, que surgem subitamente (flushing facial);


Na rosácea, a pele fica sensível e irritada facilmente, sendo fundamental atenção aos cosméticos utilizados.

  • Presença de vasos finos dilatados na pele (telangiectasias);

  • Pápulas e pústulas (lesões na pele) que lembram acne;

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  • Sintomas oculares, como olhos secos, inflamação das pálpebras e conjuntivite;

  • Espessamento irregular da pele do nariz e dilatação folicular, que levam à deformação do nariz (Rinofima).

Com base nos sintomas observados, a rosácea pode ser classificada em quatro tipos:

  • Subtipo 1- Eritemato-telangectásico

  • Subtipo 2- Papulopustuloso

  • Subtipo 3- Fimatoso (Rinofima)

  • Subtipo 4- Ocular

A rosácea coça?

A rosácea, como vimos anteriormente, acaba tornando a pele mais sensível e facilmente irritável. Por isso, pode ser que ocorra coceira, apesar de esse não ser um dos sintomas mais marcantes do problema. Nesse ponto, é importante destacar a importância de se escolher adequadamente os produtos utilizados na pele, uma vez que ela pode facilmente sofrer com formulações inadequadas.

Rosácea eritemato-telangectásica

Esse tipo de rosácea, como o próprio nome indica, caracteriza-se pela presença de vermelhidão na pele (eritema) e de vasos finos dilatados (telangiectasias). Os sintomas podem aparecer também nas orelhas, pescoço e tórax.

A vermelhidão facial é central e persistente. Observa-se ainda a presença de flushing facial, que dura, normalmente, mais de dez minutos. Esses flushings estão relacionados com estímulos como estresse e alimentação. Pessoas com esse tipo de rosácea são, geralmente, muito sensíveis ao uso de produtos na pele, os quais podem ser responsáveis por coceira e sensação de queimação.

Rosácea papulopustulosa

Nesse tipo de rosácea, é observado o surgimento de pápulas e/ou pústulas, lesões na pele que lembram acne. As pápulas são lesões sólidas e elevadas, as quais se diferenciam das pústulas pelo fato de que estas apresentam pus. Na rosácea papulopustulosa, também é observado o flushing facial, que ocorre com uma intensidade menor. As lesões da rosácea papulopustulosa podem ocorrer também nas regiões perioral, perinasal e periocular.

Rosácea fimatosa (rinofima)

Na rosácea fimatosa, verifica-se a presença de fima, que se caracteriza pela hipertrofia das glândulas sebáceas e pela proliferação de tecido conectivo e vasos sanguíneos. A fima é uma complicação observada com mais frequência em homens e é considerada a forma mais grave de doença.

O tipo mais comum de fima é a rinofima, que afeta o nariz. Nesse quadro, observa-se um aumento gradual do nariz, que causa, inclusive, deformidade em virtude do espessamento e da dilatação dos folículos. A rinofima afeta também a cor, a textura e a vascularização do nariz. O tratamento da rinofima é feito, geralmente, por meio de procedimentos cirúrgicos.

Rosácea ocular

A rosácea ocular, como o próprio nome indica, leva ao comprometimento dos olhos. Nesse tipo de rosácea, é comum o surgimento de blefarite e também de conjuntivite. A blefarite é uma inflamação na região da pálpebra que afeta os cílios e a produção de lágrimas. Já a conjuntivite é uma inflamação que afeta a membrana externa do olho e a área interna da pálpebra. Em alguns casos, a rosácea pode desencadear inflamação da esclera (esclerite), da córnea (ceratite) e da íris (irite).

Fatores que podem agravar a rosácea

Vários fatores podem agravar a rosácea ou fazer com que surtos sejam desencadeados. É fundamental tomar cuidado com a alimentação, evitando, por exemplo, alimentos com muitos condimentos. É importante também evitar o consumo de bebidas alcoólicas, utilizar apenas cosméticos recomendados e também usar sempre protetor solar. Vale destacar que a rosácea apresenta relação com fatores emocionais, como o estresse.

Cura definitiva da rosácea

A cura definitiva da rosácea não existe. Atualmente, são realizados tratamentos que visam a evitar as remissões do quadro e também a controlar a rosácea. Esses tratamentos variam de um paciente para outro e dependerá, principalmente, do tipo de rosácea apresentado.

Tratamento da rosácea

A rosácea apresenta tratamento individualizado e não visa à cura da doença. Ele simplesmente diminui os sintomas e tenta reduzir a quantidade de surtos. Os tratamentos são variados e envolvem uso de sabonetes e protetores solares adequados à pele do paciente e alguns medicamentos.

Entre os medicamentos utilizados, destaca-se o metronidazol, o qual possui funções antibacterianas e anti-inflamatórias. Em alguns casos, pode ser recomendado ainda o uso de laser e luz pulsada com a finalidade de reduzir a vermelhidão na pele. No caso de rinofima, podem-se realizar radiofrequência, laser, dermabrasão (método controlado de raspagem cirúrgica) e tratamento cirúrgico.

É essencial também que o paciente evite fatores agravantes da doença. Nesse ponto, é destaca-se a importância de o paciente sempre anotar fatores que podem ser fundamentais para o desenvolvimento dos surtos. Isso facilita que se evitem tais fatores.

Não se esqueça: Sempre que perceber qualquer alteração incomum na pele, procure imediatamente um dermatologista.

  

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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