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Tibete

Território situado no continente asiático, o Tibete é uma província autônoma da China. Essa região é alvo de disputa entre o governo chinês e os independentistas tibetanos.
Bandeira do Tibete.
Bandeira do Tibete.

 O Tibete é uma província autônoma da China. Ele está inserido no território chinês, em uma zona de elevada altitude próxima à região do Himalaia. O Tibete reúne diversos povos da região do Himalaia que compartilham hábitos culturais. Essa região é objeto de intensa disputa geopolítica na porção central da Ásia.

A geografia do Tibete é marcada pelo registro de elevadas altitudes. Já a economia local é fortemente baseada nas atividades primárias, embora o turismo venha ganhando grande projeção na região. A cultura do Tibete é marcada pela prática da vertente local do budismo.

Leia também: Palestina — um território do Oriente Médio que ainda luta pelo reconhecimento como um Estado autônomo

Resumo sobre o Tibete

  • O Tibete é um território histórico-geográfico, de grande unidade cultural, localizado na porção central da Ásia.

  • Essa região, do ponto de vista oficial e de reconhecimento pela comunidade internacional, é uma província da China.

  • Há diversos movimentos independentistas que lutam pela autonomia e independência do Tibete em relação ao governo chinês.

  • A região tibetana é marcada pelas elevadas altitudes, pois se encontra situada na área geográfica do planalto tibetano, próximo às grandes montanhas da Cordilheira do Himalaia.

  • O setor mais forte da economia tibetana é o primário, com destaque para a agropecuária, por meio da criação de animais e cultivação de grãos.

  • A infraestrutura do Tibete ainda é bastante precária em razão do baixo desenvolvimento econômico e do isolamento geográfico local.

  • A cultura do Tibete é fortemente baseada nos preceitos locais do budismo, a religião mais praticada pela população da província.

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Dados gerais do Tibete

  • Nome oficial: Região Autônoma do Tibete

  • Gentílico: tibetano

  • Extensão territorial: 1.228.400 quilômetros quadrados

  • Localização: Ásia

  • Capital: Lhasa

  • Clima: temperado continental

  • Governo: república comunista

  • Idioma: tibetano e mandarim

  • Religiões: não disponível

  • População: 3.180.000 habitantes

  • Densidade demográfica: 3 hab./km²

  • Índice de desenvolvimento humano (IDH): 0,569 (médio)

  • Moeda: Renminbi e Yuan

  • Produto Interno Bruto (PIB): US$ 19.017 bilhões

  • PIB per capita: US$ 6138

  • Gini: não disponível

  • Fuso horário: UTC+8

  • Relações exteriores: não disponível

  • Divisão administrativa: Não há. O Tibete é uma das 23 províncias da China.

História do Tibete

O Tibete é um território histórico-geográfico, de grande unidade cultural, localizado na porção central da Ásia. Essa região, antigamente formada por diversas tribos seminômades, surgiu da unificação de populações tradicionais que habitavam essa porção do planalto asiático. A unificação tibetana influenciou diretamente na história e na cultura desse território, especialmente por meio da adoção de língua e religião bem características, que servem como símbolo da unidade nacional.

A região sobreviveu às diversas incursões estrangeiras e, ainda, ao clima inóspito local, até metade do século XX, quando foi invadida pela China. Dessa forma, o Tibete foi anexado pela China, tornando-se uma das províncias do país. Por sua vez, o governo local, por meio da Administração Central Tibetana, exilou-se na Índia. Atualmente, há diversos movimentos independentistas que lutam pela autonomia e independência do Tibete em relação ao governo chinês.

Etimologia do Tibete

O significado do nome Tibete é motivo de discussão entre os pesquisadores, pois não há um consenso sobre a origem do termo, notadamente atrelado às variações das línguas himalaias faladas na região.

Geografia do Tibete

O Tibete é uma província autônoma da China, logo, está inserido dentro do território chinês. Essa província faz fronteira, além da própria China, com os países Índia, Nepal, Butão e Mianmar. O território não possui saída para o mar, mas tem vastos recursos hídricos, como rios de elevada magnitude e a presença de lagos salgados.

A região tibetana é marcada pelas elevadas altitudes, visto que se encontra na área geográfica do planalto tibetano, próximo às grandes montanhas da cordilheira do Himalaia. A referida cordilheira está situada justamente ao sul do território tibetano. A ocorrência de eventos como terremotos é bastante comum nessa zona do globo.

Essa província possui um clima tipicamente continental, com elevada amplitude térmica ao longo do ano, além do predomínio de baixa umidade e temperaturas amenas. O clima seco, assim como a vegetação, é preponderante na maior parte do ano. As condições físicas inóspitas contribuem para a baixa densidade demográfica de parte da província.

Mapa do Tibete

Mapa do Tibete.

Demografia do Tibete

O Tibete possui cerca de três milhões de habitantes. É uma das províncias menos populosas e mais desabitadas da China. A maior cidade da região é a capital local, chamada de Lhasa. A maior parte da população do Tibete está concentrada em pequenas cidades e povoados ao longo da sua porção sul. A província tem apresentado indicadores positivos em termos demográficos, mesmo com todo o controle exercido pelo governo chinês sobre a população local. Mesmo assim, o índice de emigração é elevado, e, ainda, a população apresenta índice mediano de desenvolvimento humano.

Economia do Tibete

A economia do Tibete é basicamente agrária. O setor econômico mais forte da província é o primário, com destaque para a agropecuária, por meio da criação de animais e cultivação de grãos. Mesmo assim, esse setor ainda é bastante extensivo, com baixa produtividade e atividade centrada no pastoreio.

Os setores secundário e terciário da economia são limitados no Tibete, mesmo com os investimentos do governo chinês. A quantidade de indústrias locais é ínfima, ainda mais quando comparada com outras partes da China, como a costa leste do país. Já o setor terciário, especialmente o comércio, é concentrado nas zonas urbanas da porção sul da província.

 Palácio de Potala, no Tibete, na China.
O Tibete possui diversos monumentos históricos que são pontos turísticos.

Atualmente, mesmo com todo o controle do governo chinês, a atividade turística tem apresentado forte crescimento, especialmente o chamado turismo de montanha. O Tibete possui belas paisagens montanhosas, além de vasta tradição histórica, cultural e religiosa, que atrai muitos turistas, especialmente de países localizados no Ocidente.

Infraestrutura do Tibete

A infraestrutura do Tibete ainda é bastante precária em razão do baixo desenvolvimento econômico dessa província bem como do seu isolamento geográfico devido a sua localização em uma zona geográfica montanhosa do planeta.

As redes de transportes e comunicações locais estão centradas na porção centro-sul da província, a mais urbanizada, mas que enfrenta graves problemas estruturais. Os sistemas de energia e saneamento também são bastante precários e não atingem toda a população local. A educação da província é fortemente influenciada pelo governo chinês, que exerce grande controle cultural sobre a região.

A melhoria da infraestrutura do Tibete perpassa especialmente por investimentos da China que são esperados por meio da implementação da chamada Nova Rota da Seda, que engloba a região tibetana.

Governo do Tibete

Há uma dualidade governamental em relação ao Tibete, visto que é uma região disputada entre os independentistas locais e o governo central chinês. O Tibete, do ponto de vista oficial e conforme o reconhecimento internacional, é uma província da China. Assim, o governo local é escolhido por meio do comando central do regime comunista chinês, como ocorre em outras províncias do país. A China exerce grande influência em termos políticos e culturais na região tibetana, com o objetivo de pressionar o movimento de independência local.

Há ainda a Administração Central Tibetana, governo tibetano exilado na Índia, escolhido por meio de um sistema complexo de lideranças religiosas com base nas tradições da vertente do budismo local. Essa administração, que não é reconhecida pela China, atua no exílio em prol da independência do Tibete.

Cultura do Tibete

A cultura do Tibete é fortemente baseada nos preceitos locais do budismo, a religião mais praticada pela população da província. As esferas econômica, política e social da população local são diretamente influenciadas pela tradicional prática religiosa.

No âmbito cultural, a arte sacra, a música de mantras e o culto às divindades religiosas são comuns no território tibetano. No mesmo sentido, as festividades locais, assim como outras práticas cotidianas, como nascimentos e casamentos, são festejadas conforme a prática da vertente budista local.

Criança budista meditando em uma região do Tibete, onde o budismo é um dos traços culturais mais marcantes.
A religião budista é um aspecto central dentro da cultura tibetana.

O isolamento geográfico tibetano contribuiu para a manutenção de práticas culturais únicas e bem distintas em relação às populações ocidentais; porém a pressão do governo chinês na região tem gerado perseguições sobre aspectos culturais tibetanos, como a língua e a religião.

Veja também: Afeganistão — o país cuja cultura é fortemente influenciada pelo islamismo

Curiosidades do Tibete

  • As montanhas do Himalaia, maior formação montanhosa do mundo, estão localizadas ao sul do Tibete, na região de fronteira com o Nepal.

  • O Tibete é conhecido como Teto do Mundo em razão das elevadas altitudes do relevo encontradas ao longo do seu território.

  • O budismo tibetano é uma vertente do budismo tradicional que é praticada em todo o território dessa província chinesa.

  • Os líderes religiosos supremos do Tibete, conforme a vertente budista local, são chamados de Dalai Lama. 

Publicado por Mateus Campos

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