Diferença entre isolamento vertical e horizontal
Isolamento vertical e horizontal são formas de distanciamento social que visam à redução do número de infectados por uma doença. Os dois tipos de isolamento diferenciam-se, pois, no vertical, nem todas as pessoas ficam em isolamento, diferentemente do horizontal, em que todas as pessoas devem permanecer em seus domicílios, pertencendo ou não a um grupo de risco.
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Isolamento e distanciamento social
Isolamento é um termo utilizado para se referir a uma situação em que uma pessoa está comprovadamente doente e, portanto, deve ser isolada do convívio com outras pessoas para se evitar a propagação da doença e o aumento do número de casos. A pessoa pode permanecer em isolamento domiciliar ou hospitalar, dependendo da gravidade da doença e do estado de saúde do indivíduo.
O distanciamento social, por sua vez, inclui uma série de medidas que, como o nome sugere, evitam que pessoas tenham contatos umas com as outras e, desse modo, transmitam doenças. Para garantir um distanciamento social, podem ser adotadas medidas como a suspensão da realização de atividades que não são consideradas essenciais, fechamento das escolas, com antecipação de férias ou adoção de atividades a distância, por exemplo, e fechamento do comércio. Nesses casos, é importante que a pessoa evite sair de sua casa, caso não seja necessário.
Na pandemia de COVID-19, que foi declarada no primeiro semestre de 2020, muitos países adotaram medidas de distanciamento social para a redução do número de casos de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus. No Brasil, vários estados adotaram a medida como uma forma de evitar a sobrecarga no sistema de saúde.
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Isolamento vertical e horizontal
Isolamento vertical e horizontal são duas medidas que visam a reduzir o contágio de pessoas por uma determinada doença. No isolamento vertical, são isolados os grupos de risco de uma enfermidade, na tentativa de proteger as pessoas mais vulneráveis. Na prática, esses grupos devem permanecer em casa até o fim do aumento do número de casos, enquanto as pessoas que apresentam menor risco de se infectar e apresentar complicações podem continuar a realizar suas atividades.
No caso do isolamento horizontal, temos uma medida mais restritiva, pois toda a população deve ser submetida a determinações que garantem a redução da circulação de pessoas. Essa medida apresenta-se mais eficiente na contenção de algumas doenças, já que os grupos que não são de risco podem ser grandes fontes de transmissão.
Na pandemia de COVID-19, por exemplo, foi sugerida, por alguns países, a adoção de medidas de isolamento vertical em vez do isolamento horizontal. Essa posição foi defendida porque os efeitos econômicos associados à paralisação de diversas atividades poderiam ser imensos. Entretanto, os defensores do isolamento horizontal destacam que, ao se barrar a circulação de apenas alguns grupos, poderia ocorrer um aumento do número de casos, pois as pessoas que estavam circulando poderiam tornar-se vetores da doença. Pesquisas comprovaram que, no caso da COVID-19, o isolamento horizontal realizado na China foi essencial para a redução do número de casos.