Adjetivas Restritivas e Adjetivas Explicativas: Traços específicos
Quando o assunto diz respeito aos fatos linguísticos preconizados pela gramática normativa, torna-se essencial compreender as marcas linguísticas que os demarcam, no sentido de efetivar, de forma plausível, sua apreensão.
Nesse sentido, não basta apenas decorar esta ou aquela regra, pois é preciso saber o porquê da sua existência. Eis que elegemos as orações subordinadas adjetivas restritivas e as subordinadas explicativas como alvo de nossa discussão, haja vista que não são raras as vezes em que muitos usuários as distinguem somente pelo uso da vírgula. Elucidemos, portanto, algumas dicas:
Os cachorros que são peludos foram tosados ainda há pouco.
Temos que a oração em destaque representa uma oração subordinada adjetiva restritiva. Mas por quê?
Ora, simplesmente porque ela restringe, especifica, o sentido expresso pela primeira – denominada principal.
Passemos a outro exemplo:
São Paulo, que representa a metrópole brasileira, sofre com problemas de toda ordem.
Será a oração em destaque uma oração subordinada adjetiva explicativa somente em função da existência da vírgula?
Não que esse pressuposto não seja relevante, mas há outra forma de identificar o tipo de oração, uma vez que a sua ideia se trata de um consenso, ou seja, representa uma ideia genérica, concebida por todos: a de que São Paulo representa a grande metrópole brasileira.