Classe e Função
Falar sobre classe e função significa referir-se, sobretudo, à análise sintática e à análise morfológica. Talvez esse assunto ainda não seja para você algo claro e definido, dada a razão de ele não ser muito explorado em sala de aula. No entanto, pode ter a certeza de que em se tratando de provas relacionadas a vestibulares e, sobretudo, relacionadas a concursos, ele representará um dos tópicos abordados e cobrados.
Assim, em face dessa realidade, está na hora de você compreender as peculiaridades que norteiam tal assunto, no qual o principal requisito é ter a habilidade de fazer a diferenciação entre ambos os elementos. Dessa forma, certifiquemo-nos de alguns pontos destacados a seguir. Para tanto, tomemos como exemplo alguns enunciados nos quais faremos tanto a análise morfológica, quanto a sintática:
A vida é bela.
Morfologicamente, temos:
a – artigo definido
vida – substantivo abstrato
é – verbo ser
bela – adjetivo
Do ponto de vista sintático, obtemos:
A vida – sujeito simples
é bela – predicado nominal
bela – predicativo do sujeito
A título de constatação, notamos que na primeira análise todos os elementos foram destacados um a um e analisados de acordo com a classe gramatical a que pertencem, levando-se em consideração a existência das dez classes gramaticais que integram os estudos morfológicos.
Já na segunda, os elementos foram analisados de acordo com a função que exercem mediante um dado contexto oracional. Eis que, partindo dessa prerrogativa, obtemos o ponto central que subsidia nossa discussão. Ou seja: o que antes funcionou como um adjetivo, agora (mediante a análise sintática) representa um predicativo do sujeito, cujo principal pressuposto é o de conferir uma qualidade ao sujeito. O verbo ser (é), ora representando tal classe, passa a ocupar a função de predicado.
Mediante tais elucidações, para compreender as análises sintática e morfológica temos que saber diferenciar classe de função.