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Modo indicativo

O modo indicativo é usado geralmente para indicar ações verbais tidas como reais ou verossímeis, certas de ocorrerem em algum momento no passado, no presente ou no futuro.
O modo indicativo tem seis tempos verbais entre presente, passado e futuro.
O modo indicativo tem seis tempos verbais entre presente, passado e futuro.

O modo indicativo serve para indicar ações verbais tidas como reais ou certas de se concretizarem. Compõe um dos modos verbais, sendo os outros dois o modo subjuntivo e o modo imperativo. O modo indicativo tem seis tempos verbais entre presente, passado e futuro, além de ter tempos verbais simples e tempos verbais compostos.

Leia também: Vozes verbais — a relação entre o sujeito e o verbo de um enunciado

Resumo sobre modo indicativo

  • Os modos verbais são: modo indicativo, modo subjuntivo e modo imperativo.

  • No modo indicativo, as ações verbais são tidas como reais, verossímeis ou certas de terem ocorrido ou de ocorrer em momento presente ou futuro.

  • O modo indicativo apresente seis tempos verbais: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito.

  • Os tempos verbais no modo indicativo podem ser conjugados de forma simples ou composta.

O que é modo indicativo?

O modo indicativo é um dos três modos verbais. É usado para apontar ações verbais tidas como reais ou verossímeis, certas de terem ocorrido no passado, de ocorrerem no presente ou no futuro. Assim, é usado em contextos que indicam que essas ações de fato podem se concretizar.

MODO

USO

EXEMPLO

Indicativo

Ações verbais consideradas
reais ou certas de ocorrer.

"Você nunca fala comigo."

Subjuntivo

Ações verbais tidas como
suposições ou hipóteses.

"Se você falasse comigo, seria ótimo."

Imperativo

Ordens, pedidos ou sugestões.

"Fale comigo quando puder!"

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Quais são os tempos no modo indicativo?

O modo indicativo apresenta seis tempos verbais distribuídos entre passado, presente e futuro: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito.

No modo indicativo, é possível conjugar alguns tempos verbais em sua forma simples ou em sua forma composta.

Tempos verbais simples

São os tempos verbais que usam apenas um verbo em sua conjugação. São classificados em:

  • Presente

Indica ações que ocorrem no momento do enunciado ou que são permanentes, verdades científicas ou hábitos vigentes. Veja, no exemplo, o verbo destacado, que está conjugado nesse tempo verbal:

Eu falo sobre o momento presente.

Verbo "falar" no
presente do indicativo
— tempo verbal simples

eu

falo

tu

falas

ele/ela

fala

nós

falamos

vós

falais

eles/elas

falam

  • Pretérito perfeito

Na forma simples, indica ações que ocorreram e foram finalizadas em momento anterior ao do enunciado. Na forma composta, indica a repetição de uma ação verbal desde um momento no passado até o momento presente. Veja, no exemplo, o verbo destacado que está conjugado nesse tempo verbal na forma simples:

Eu falei sobre um momento passado.

Verbo "falar"
no pretérito perfeito do indicativo
— tempo verbal simples

eu

falei

tu

falaste

ele/ela

falou

nós

falamos

vós

falastes

eles/elas

falaram

  • Pretérito imperfeito

Indica ações que ocorriam e que foram interrompidas em momento anterior ao do enunciado ou ações que eram habituais no passado. Veja, no exemplo, o verbo destacado, que está conjugado nesse tempo verbal:

Eu falava sobre um momento passado.

Verbo "falar" no
pretérito imperfeito do indicativo
— tempo verbal simples

eu

falava

tu

falavas

ele/ela

falava

nós

falávamos

vós

faláveis

eles/elas

falavam

  • Pretérito mais-que-perfeito

Na forma simples, indica ações que ocorreram em momento anterior a outro momento anterior ao do enunciado. Em outras palavras, é o passado do próprio passado. Também pode indicar um fato vagamente situado no passado. Veja, no exemplo, o verbo destacado, que está conjugado nesse tempo verbal:

Eu falara sobre momentos de outrora antes de ter sido reconhecido por isso.

Verbo "falar" no
pretérito mais-que-perfeito do indicativo
— tempo verbal simples

eu

falara

tu

falaras

ele/ela

falara

nós

faláramos

vós

faláreis

eles/elas

falaram

  • Futuro do presente

Indica ações que ocorrerão em momento posterior ao do enunciado. Veja, no exemplo, o verbo destacado, que está conjugado nesse tempo verbal:

Eu falarei sobre momentos do futuro.

Verbo "falar"
no futuro do presente do indicativo
— tempo verbal simples

eu

falarei

tu

falarás

ele/ela

falará

nós

falaremos

vós

falareis

eles/elas

falarão

  • Futuro do pretérito

Indica ações que ocorreriam em momento posterior ao do enunciado, mas que provavelmente não ocorrerão mais. Pode, ainda, ser usado para exprimir desejos, dúvidas ou mesmo uma ação passada tida como incerta ou duvidosa. Veja, no exemplo, o verbo destacado, que está conjugado nesse tempo verbal:

Eu falaria sobre momentos do futuro, mas não tenho mais capacidade para isso.

Verbo "falar" no
futuro do pretérito do indicativo
— tempo verbal simples

eu

falaria

tu

falarias

ele/ela

falaria

nós

falaríamos

vós

falaríeis

eles/elas

falariam

Leia também: Verbos regulares — verbos que, ao serem conjugados, mantêm o radical e apresentam desinências típicas

  • Tempos verbais compostos

Os tempos verbais compostos têm mais de um verbo na conjugação, sendo um verbo auxiliar (“ter” ou “haver”) e um verbo principal. O verbo auxiliar pode ser conjugado no pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito. O verbo principal permanece no particípio.

Verbo auxiliar + verbo principal

Eu tenho assistido pouca televisão ultimamente.

  • Pretérito perfeito

Na forma composta, indica a repetição de uma ação verbal desde um momento no passado até o momento presente. O verbo auxiliar é conjugado no presente, enquanto o verbo principal permanece no particípio. Veja, no exemplo, a locução destacada, que está conjugada nesse tempo verbal na forma composta:

Eu tenho falado sobre isso desde o ano passado.

Verbo "falar" no
pretérito perfeito do indicativo
— tempo verbal composto

eu

tenho falado

tu

tens falado

ele/ela

tem falado

nós

temos falado

vós

tendes falado

eles/elas

têm falado

  • Pretérito mais-que-perfeito

A forma composta indica o mesmo que a forma simples. O verbo auxiliar é conjugado no pretérito imperfeito, enquanto o verbo principal permanece no particípio.

Ele já tinha falado disso há muito tempo.

Verbo "falar"
no pretérito mais-que-perfeito do indicativo
tempo verbal composto

eu

tinha falado

tu

tinhas falado

ele/ela

tinha falado

nós

tínhamos falado

vós

tínheis falado

eles/elas

tinham falado

  • Futuro do presente

A forma composta indica ações posteriores ao momento da fala que já estarão consumadas antes de outras ações futuras. Também pode indicar ações futuras consideradas menos certas de ocorrerem. O verbo auxiliar é conjugado no futuro do presente, enquanto o verbo principal permanece no particípio.

Ele já terá falado disso até lá.

Verbo "falar"
no futuro do presente do indicativo
— tempo verbal composto

eu

terei falado

tu

terás falado

ele/ela

terá falado

nós

teremos falado

vós

tereis falado

eles/elas

terão falado

  • Futuro do pretérito

A forma composta indica uma ação verbal que teria acontecido no passado mediante certa condição ou para indicar incerteza sobre fatos passados. O verbo auxiliar é conjugado no futuro do pretérito, enquanto o verbo principal permanece no particípio.

Ele já teria falado se ainda pudesse.

Verbo "falar" no
futuro do pretérito do indicativo
— tempo verbal composto

eu

teria falado

tu

terias falado

ele/ela

teria falado

nós

teríamos falado

vós

teríeis falado

eles/elas

teriam falado

Leia também: O uso de tempos verbais compostos

Exercícios resolvidos

Questão 1 — (FCC)

Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio e o sobrenome de um compositor admirado. A ideia foi excelente porque um compositor inventa antes de mais nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes europeias. Adoniran Barbosa é um paulista de cerne que exprime a sua terra com a força da imaginação alimentada pelas heranças de fora.

Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Da mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção se aliaram com naturalidade às deformações normais de português brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante.

São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que nossa geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana, entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo lugar a uma outra, transformada em vasta aglomeração de gente vinda de toda parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, as cantigas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar, porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o quarto do poeta, também "intacta, boiando no ar".

A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas em particular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar, para nos porem no Alto da Mooca, no Brás genérico, no recente Metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato não exista, porque quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de café para inventar no plano da arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira.

(Adaptado de Antonio Candido. Textos de intervenção. São Paulo, Duas Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213)

... em que as melhores cadências do samba e da canção se aliaram com naturalidade às deformações normais de português brasileiro...

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:

A) São Paulo muda muito...

B) ... para nos porem no Alto da Mooca...

C) Talvez João Rubinato não exista...

D) ... Adoniran não a deixará acabar...

E) Mas a cidade que nossa geração conheceu...

Resolução:

Alternativa E. O verbo “aliaram” está no pretérito perfeito do indicativo, assim como o verbo “conheceu”.

Questão 2 — (IFRS)

Tirinha Mafalda sobre a televisão ser veículo de cultura

QUINO. Mafalda 2. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

O tempo e o modo verbal de leu e diz, respectivamente, são:

A) pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo.

B) pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do presente do indicativo.

C) pretérito perfeito do indicativo e presente do subjuntivo.

D) pretérito mais-que-perfeito do indicativo e presente do subjuntivo.

E) pretérito imperfeito do indicativo e presente do indicativo.

Resolução

Alternativa A. O verbo “leu” está no pretérito perfeito do modo indicativo, enquanto o verbo “diz” está no presente do indicativo.

Publicado por Guilherme Viana
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