Gambá
Gambá é um mamífero marsupial, assim como coala e canguru. O termo gambá é usado para se referir a diferentes espécies da família Didelphidae. Esses animais se destacam por ter um corpo maciço, focinho alongado, membros curtos, orelhas desenvolvidas e uma cauda preênsil, semelhante ao corpo de um roedor. Gambás são animais solitários, arborícolas ou terrestres e de hábitos noturnos. São onívoros e alimentam-se, por exemplo, de ovos, frutos e pequenos animais.
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Resumo sobre gambá
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Gambá é um nome popular utilizado para se referir a espécies da família Didelphidae.
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Gambás são mamíferos marsupiais, ou seja, possuem um marsúpio, espécie de bolsa em que os filhotes terminam seu desenvolvimento.
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São animais onívoros.
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São arborícolas ou terrestres, solitários e têm hábitos noturnos.
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No Brasil, há quatro espécies deles.
O que é gambá
Gambá é um nome popular que se refere a espécies da família Didelphidae. O termo é derivado do tubi-guarani, guaambá, e significa “saco vazio”. Faz referência ao fato de os gambás serem animais marsupiais, assim como coalas e cangurus, tendo, portanto, uma espécie de bolsa na qual os filhotes completam seu desenvolvimento.
Quando observamos um gambá, logo nos lembramos dos ratos, entretanto, gambás não são roedores. Eles têm corpo maciço, focinho alongado, orelhas grandes, e uma grande cauda preênsil, capaz de se prender e segurar, o que torna a estrutura uma espécie de quinto membro. Essa cauda se caracteriza, ainda, por ter pelos apenas na região proximal.
Os gambás possuem patas anteriores com unhas bastante afiadas. As patas posteriores, por sua vez, têm, cada uma, dedo oponível aos outros, o que também ajuda o animal a se segurar. Os gambás possuem ainda caninos grandes, porém não são considerados animais agressivos.
São noturnos e capazes de escalar uma série de lugares. Durante o dia, os gambás, geralmente, dormem, podendo ser observados, por exemplo, em buracos em troncos de árvores ou sob folhas secas. São arborícolas ou terrestres e solitários.
Os gambás são muito adaptados a viverem no ambiente modificado pelo homem, encontrando, nesses locais, alimento e também abrigo. Em algumas regiões, eles são observados, por exemplo, vivendo em forros de casas, o que pode causar inconveniências. Uma delas diz respeito às instalações de energia elétrica, as quais podem ser danificadas pelo animal.
Mecanismos de defesa do gambá
Quando se pensa em mecanismos de defesa dos gambás, muitas pessoas logo se lembram dos jatos fedorentos. Entretanto, é importante deixar claro que o animal que apresenta coloração preta e listras bancas nas costas, conhecido, principalmente, por esguichar um líquido de odor fétido quando se sente ameaçado, não se trata de um gambá. O animal em questão é popularmente chamado de cangambá e pertence à família Mephitidae.
Os gambás, quando se sentem em perigo, abrem sua boca de modo a mostrar seus dentes e emitem um som característico. Quando a técnica não causa efeito, eles podem adotar uma estratégia conhecida como tanatose. Nesse processo, o animal se finge de morto, permanecendo imóvel e diminuindo sua frequência cardíaca e respiratória. Essa tática foi abordada no filme a Era do gelo 2, em que os gambás Crash e Eddie se fingem de mortos em situações ameaçadoras.
Quando ameaçados, os gambás podem ainda liberar todo seu conteúdo intestinal e uma secreção odorífera de glândulas anais.
Reprodução do gambá
O gambá é do grupo dos marsupiais, ou seja, mamíferos que apresentam uma estrutura em sua barriga conhecida como marsúpio. É no marsúpio que o filhote termina seu desenvolvimento. Isso significa que, diferentemente dos seres humanos, o desenvolvimento inicia-se no útero, porém não termina ali.
Nos gambás, os filhotes permanecem no útero apenas por cerca de 13 dias. O filhote, após esse curto período de gestação, segue para o marsúpio atraído pelo leite da mãe. Nesse local, ele se acopla no mamilo da mãe e completa seu desenvolvimento. A ninhada varia de 10 a 15 filhotes.
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Alimentação dos gambás
Gambás são animais onívoros, ou seja, seus alimentos podem ter origem animal ou vegetal. Na dieta deles estão pequenos animais — como filhotes de pássaros, insetos e escorpiões —, frutos e ovos.
A importância ecológica dos gambás
Os gambás apresentam importante papel biológico nos ecossistemas em que estão inseridos. Como salientado, são animais onívoros e alimentam-se, por exemplo, de frutas. Ao se alimentarem dessas frutas, eles desempenham um papel importante na dispersão de sementes.
Além disso, não podemos nos esquecer de que os gambás comem insetos e também aracnídeos, como escorpiões, o que contribui bastante para o controle de pragas.
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Gambás no Brasil
No Brasil são reconhecidas quatro espécies: gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita), gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), gambá-comum (Didelphis marsupialis) e o gambá-amazônico (Didelphis imperfecta).
O gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita): possui uma orelha de coloração negra, sendo ela grande e desprovida de pelos. Na região dorsal, esse gambá pode apresentar coloração negra ou grisalha, enquanto a região ventral é clara. Há uma listra escura na fronte e em cada olho.
O gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris): possui orelhas claras, sua coloração é cinza e apresenta faixa preta na face e pelos pretos ao redor dos olhos. Até 2002, o gambá-amazônico era considerado a mesma espécie do gambá-de-orelha-branca. Devido a essa separação ser relativamente recente, poucos dados estão disponíveis sobre o gambá-amazônico.
O gambá-comum (Didelphis marsupialis): apresenta pelos na região dorsal escuros, negros ou acinzentados. A região ventral é amarelada ou na cor de creme. As orelhas são pretas e grandes. No rosto há, principalmente, pelos de coloração clara. Observa-se a presença de uma faixa escura na região da cabeça e um anel preto ao redor dos olhos.