Peixe-leão

O peixe-leão é um animal originário do Índico e do Pacífico. Entretanto, ele foi introduzido de maneira indevida no oceano Atlântico, causando desequilíbrio ambiental.
Peixe-leão é o nome dado a diferentes espécies do gênero Pterois. A espécie mais conhecida é a Pterois volitans.

Peixe-leão é o nome dado a diferentes espécies do gênero Pterois. Esses animais são originários do Indo-Pacífico e são observados, geralmente, em regiões de recifes. São animais carnívoros e muito vorazes.

No Atlântico, a espécie foi observada a primeira vez no ano de 1985. No Brasil, a espécie foi vista pela primeira vez em 2014 no Rio de Janeiro e, a partir de 2021, tem sido observada com mais frequência.

O peixe-leão é uma espécie que causa preocupação, pois não possui predadores naturais, pode prejudicar a biodiversidade brasileira e é venenosa. O primeiro acidente com esse peixe no Brasil ocorreu em 2022.

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Resumo sobre o peixe-leão

  • Peixe-leão é o nome popular dado a diferentes espécies de peixes do gênero Pterois.

  • Apresenta espinhos capazes de inocular um veneno que pode provocar, em seres humanos, náusea, dor e convulsão.

  • Tem o corpo repleto de listras e nadadeiras desenvolvidas que lembram um grande leque.

  • É uma espécie carnívora.

  • Em caso de acidente com peixe-leão, recomenda-se a imersão do local afetado em água quente por 30 a 40 minutos.

Lugar de origem e habitat do peixe-leão

O peixe-leão é originário do Indo-Pacífico. Geralmente, a espécie é observada em regiões de recifes, onde tendem a deslizar pelas rochas e corais durante a noite e se esconder durante o dia.

Seus primeiros registros no Atlântico ocorreram no ano de 1985, na Flórida. Provavelmente, a espécie chegou até lá devido à soltura de indivíduos que estavam em aquários. Alguns pesquisadores associam a invasão nos Estados Unidos com o furacão Andrew, que destruiu um aquário e provocou a liberação desses peixes, em 1992. O peixe-leão é também uma espécie invasora na região do Caribe.

Características gerais do peixe-leão

Peixe-leão é o nome popular dado a diferentes espécies de peixes do gênero Pterois, que são naturais do Índico e Pacífico. A espécie mais conhecida é a Pterois volitans. Esse peixe destaca-se por sua cor vibrante, sendo o corpo repleto de linhas verticais brancas e vermelhas alaranjadas. A coloração pode ser mais clara ou mais escura a depender do ambiente, horário de avistamento e período reprodutivo.

Esses animais apresentam ainda nadadeiras desenvolvidas que lembram um grande leque. Suas cores e o formato do corpo são características bastante atrativas, o que faz com que esse peixe seja comumente comercializado como ornamental, tratando-se de uma espécie muito popular em aquários.

O peixe-leão apresenta tamanho máximo de 47 centímetros. Em suas nadadeiras, é possível observar a presença de espinhos, os quais contêm veneno. O veneno desse peixe, de acordo com o ICMBio, não causa a morte em pessoas saudáveis. Entretanto, pode provocar dor intensa, náusea e convulsão. No total, o peixe apresenta 18 espinhos, sendo 13 na nadadeira dorsal, um em cada nadadeira pélvica e três na nadadeira anal.

Esse peixe se torna mais ativo no amanhecer e anoitecer. Costuma ficar em repouso ou se locomover de forma lenta durante o dia.

O peixe-leão apresenta o corpo listrado e nadadeiras desenvolvidas que lembram um grande leque.

Alimentação do peixe-leão

O peixe-leão é uma espécie carnívora e se alimenta, principalmente, de crustáceos e pequenos peixes. É considerado um dos níveis superiores da cadeia alimentar de muitas regiões de coral e, segundo o ICMBio, pode se alimentar de animais quase do seu tamanho e comer cerca de 20 peixes em meia hora.

Esses animais alimentam-se, principalmente, durante o pôr do sol, que é o momento em que diferentes espécies de vertebrados e invertebrados retornam para o recife. Os peixes-leão se aproximam delicadamente da vítima e fazem um movimento rápido que suga a presa para sua boca. O ataque é, portanto, rápido e, ao mesmo tempo, suave.

Reprodução do peixe-leão

O peixe-leão é uma espécie solitária. Ele se junta com outros apenas no momento de reprodução. Durante o período reprodutivo, torna-se possível observar algumas diferenças entre machos e fêmeas. Os machos são mais escuros e têm listras menos aparentes. A espécie, de acordo com o ICMBio, pode colocar 30.000 ovos.

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A invasão do peixe-leão no Brasil

O peixe-leão não é uma espécie nativa do Brasil, entretanto, já pode ser observada em nosso litoral. A chegada do peixe em nosso país já era esperada, devido à presença do animal no Caribe, uma vez que é comum a troca de espécies entre o litoral e as ilhas oceânicas de nosso país e a província caribenha. Em geral, essa troca é dificultada devido ao esforço dos animais de vencerem a foz dos rios Orinoco e Amazonas.

No Brasil, o peixe-leão foi avistado pela primeira vez no Rio de Janeiro, mais precisamente em Arraial do Cabo, no ano de 2014. Em 2015, um seguindo peixe foi capturado na mesma região. No final de 2020, ele apareceu em Fernando de Noronha e, a partir daí, começou a ser avistado com maior frequência. O peixe-leão também foi observado nos litorais do Piauí e Ceará.

A preocupação quanto à invasão se dá principalmente porque se trata de uma espécie sem predadores naturais, voraz e venenosa. Geralmente observados em regiões de corais e costões rochosos, os peixes-leão encontram ali uma grande quantidade de espécies das quais ele se alimenta. Seu apetite voraz pode reduzir consideravelmente algumas populações, sendo possível até mesmo levar uma determinada espécie à extinção. Além de impactar a biodiversidade, esses peixes podem afetar a pesca.

Devemos lembrar ainda que esses peixes são animais venenosos, o que pode ocasionar acidentes. O primeiro acidente causado por peixe-leão em nosso país aconteceu em abril de 2022, no município de Barroquinha, a mais de 300 km de Fortaleza. Um pescador de 24 anos pisou em um desses peixes e precisou ser hospitalizado.

É importante destacar que caso ocorra um acidente com peixe-leão, é importante fazer a imersão do local afetado em água quente por 30 a 40 minutos. Segundo o ICMBio, o calor ajuda a desnaturar as proteínas do veneno. Deve-se conduzir a vítima até um posto de saúde para que a medicação adequada seja prescrita.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
Química
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