Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por um protozoário que é transmitido por meio da picada de insetos hematófagos contaminados.
A leishmaniose é transmitida por meio da picada de um inseto hematófago.

Leishmaniose é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania. Existem dois tipos de leishmaniose, a tegumentar, que provoca feridas na pele e mucosas, e a visceral, que acomete órgãos internos.

A doença é transmitida por meio da picada de insetos hematófagos conhecidos popularmente como mosquito-palha, birigui ou asa-branca. Todas as leishmanioses podem ser tratadas com medicamentos disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde.

Veja também: Toxoplasmose — uma doença causada pelo protozoário parasita Toxoplasma gondii

O que é leishmaniose?

Leishmaniose é o nome dado a um conjunto de doenças causadas por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania. Esses protozoários apresentam um ciclo de vida digenético, ou seja, podem viver em hospedeiros vertebrados e insetos vetores, que garantem a sua transmissão para outros vertebrados. A leishmaniose é uma doença infecciosa, mas não é contagiosa.

Tipos de leishmaniose

Veja a seguir os tipos de leishmaniose.

Leishmaniose tegumentar

A leishmaniose tegumentar provoca o desenvolvimento de lesões que acometem a pele e também as mucosas. No Brasil, são descritas sete espécies de leishmanias que podem desencadear a doença, segundo o Ministério da Saúde, as espécies Leishmania (Leishmania) amazonensis, L. (Viannia) guyanensis e L.(V.) braziliensis são as mais importantes.

Os principais sintomas desse tipo de leishmaniose é o surgimento de lesões, que podem ser únicas, múltiplas, disseminadas ou difusas. Essas lesões possuem bordas elevadas e um fundo granuloso que geralmente não provoca dor. Quando atinge a mucosa do nariz, esse tipo de leishmaniose pode provocar sangramentos, feridas, corizas e entupimentos. Ao acometer a garganta, desencadeia dor ao engolir, tosse e rouquidão.

Leishmaniose visceral

A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, afeta os órgãos internos, principalmente o fígado, o baço, a medula óssea e os gânglios linfáticos. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão da doença é a Lutzomyia longipalpis e o protozoário causador da doença é a Leishmania chagasi.

A leishmaniose visceral é uma doença de evolução crônica que, quando não tratada, pode levar à morte em até 90% dos casos. Dentre os sintomas da leishmaniose visceral, podemos destacar a febre prolongada, perda de peso, anemia, fraqueza, diminuição da força muscular e aumento do fígado e do baço.

Transmissão da leishmaniose

A transmissão da leishmaniose envolve vetores, ou seja, a doença é transmitida por meio da picada de insetos hematófagos denominados de flebótomos ou flebotomíneos. Popularmente chamados de mosquito-palha, birigui, asa-branca e palhinha, esses insetos são pequenos (2 a 3 milímetros), possuem cor amarelada ou acinzentada e, quando em repouso, permanecem com suas asas abertas.

A transmissão da doença ocorre quando uma fêmea contaminada pica uma pessoa ou mesmo outras espécies de mamíferos e transfere o protozoário para a vítima. No caso da leishmaniose tegumentar, não há evidências que comprovem o papel de animais domésticos como reservatórios das leishmanias, o que faz desses animais hospedeiros acidentais. Por sua vez, quando falamos em leishmaniose visceral, devemos ter em mente que o principal reservatório do parasito em área urbana é o cão.

Leia também: Malária — uma doença causada por um protozoário do gênero Plasmodium

Diagnóstico da leishmaniose

A leishmaniose é diagnosticada pela análise dos sintomas do paciente e através da realização de exames complementares que utilizam técnicas imunológicas e parasitológicas. No caso da leishmaniose tegumentar, por exemplo, a confirmação laboratorial é importante para descartar outras doenças, como sífilis e hanseníase.

Tratamento da leishmaniose

A leishmaniose é tratada com medicamentos disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). A leishmaniose visceral, se não tratada adequadamente, pode ser fatal, contudo, um tratamento precoce pode evitar o agravamento da doença.

É importante destacar que já existe tratamento disponível para cães que estejam com leishmaniose visceral canina. De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária:

Somente os cães positivos que estiverem em tratamento exclusivamente com o Milteforan aprovado pelo MAPA não necessitarão serem submetidos à eutanásia, não podendo ser o medicamento diretamente importado. Nesse caso específico, o responsável pelo cão com LVC deverá apresentar ao profissional de saúde que visitar sua residência, um atestado médico emitido pelo médico veterinário regularmente inscrito no CRMV. Este atestado deve constar as informações de tratamento do animal acompanhado do resultado de sorologia realizada nos últimos 04 meses.

Prevenção da leishmaniose

Para a prevenção contra a leishmaniose, é fundamental combater o vetor da doença. Isso pode ser feito mantendo os quintais limpos, descartando adequadamente o lixo orgânico, limpando o abrigo dos animais e adotando medidas de proteção individual, como usar repelentes.

Em relação à leishmaniose visceral canina, existe uma vacina contra a doença sendo comercializada no Brasil, restrita apenas para uso em cães. Por isso, não se trata de uma ferramenta de saúde pública, pois não há estudos que atestem a efetividade dessa vacina na incidência de leishmaniose visceral em seres humanos.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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