Leucemia

Leucemia é uma doença que afeta os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, de um indivíduo, ou seja, a doença atinge as células responsáveis pela defesa do organismo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo quatro os tipos mais comuns: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).

O diagnóstico de leucemia é feito por meio de exames, como o mielograma e a biópsia da medula óssea. Após a confirmação da doença, é necessário iniciar-se o tratamento, o qual variará de acordo com o tipo de leucemia apresentado e o estado de saúde do paciente. Um dos tratamentos utilizados em pacientes com leucemia é o transplante de medula óssea, que consiste em substituir a medula óssea doente por células saudáveis.

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Como ocorre a leucemia?

A leucemia ocorre quando os glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo, perdem essa função e começam a dividir-se de maneira descontrolada. Ela se inicia sempre na medula óssea, tecido localizado no interior dos ossos e responsável pela produção das células sanguíneas. Com o aumento da proliferação das células neoplásicas, a produção de células sanguíneas normais é afetada, reduzindo, portanto, a produção de hemácias e plaquetas. Vale destacar que a origem da leucemia, na maioria das vezes, apresenta causa desconhecida.

A leucemia é causada por uma proliferação exagerada dos glóbulos brancos.

As leucemias podem ser classificadas de acordo com as células que afetam. Elas são chamadas de mieloides quando afetam células mieloides, e de linfocíticas, quando afetam células linfoides. As chamadas células mieloides são aquelas que dão origem às hemácias, plaquetas, monócitos, neutrófilos, eosinófilos e basófilos, enquanto as células linfoides dão origem aos linfócitos.

As leucemias podem ser classificadas também, de acordo com sua evolução, em agudas e crônicas. As leucemias crônicas agravam-se mais lentamente que as agudas, nas quais a doença agrava-se rapidamente.

Fatores de risco da leucemia

A leucemia é uma doença multifatorial, portanto, vários fatores estão envolvidos no seu desenvolvimento. Além disso, ela não apresenta causa bem definida, o que dificulta estabelecer um fator que aumente o risco de desenvolvê-la. De acordo com o INCA, “suspeita-se da associação entre determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos da doença”. Alguns dos fatores indicados pelo instituto são:

  • Tabagismo;

  • Radiação ionizante;

  • Quimioterapia;

  • Exposição ao formaldeído;

  • Síndrome de Down;

  • Desordens sanguíneas;

  • Histórico familiar;

  • Exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, infecção por vírus das hepatites B e C.

Principais tipos de leucemias e seus sintomas

De acordo com o INCA, os tipos mais comuns de leucemia são: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). Essa classificação leva em consideração dois critérios: as células atingidas, se são células linfoides ou mieloides, e a velocidade de evolução da doença: se esta é crônica ou aguda. Veja, a seguir, algumas das características desses quatro tipos de leucemia:

  • Leucemia linfoide crônica: afeta as células linfoides e destaca-se por sua evolução de forma lenta. Geralmente não desencadeia sinais ou sintomas, porém cansaço, perda de peso, suores noturnos e aumento dos gânglios são sintomas que podem surgir no paciente. Raramente afeta crianças, sendo mais comum em pessoas com idade superior a 55 anos.

  • Leucemia linfoide aguda: atinge as células linfoides, mas, diferentemente da leucemia linfoide crônica, desenvolve-se de maneira mais rápida. Aumento de casos de infecção, dores de cabeça, vômitos, dores nos ossos e nas articulações, hematomas, cansaço e palidez são alguns dos sintomas que podem surgir em pacientes com esse tipo de leucemia. Apesar de também ocorrer em adultos, é mais comum acometer crianças pequenas.

  • Leucemia mieloide crônica: afeta as células mieloides e desenvolve-se de maneira lenta. Os sintomas são pouco específicos, podendo ocorrer palidez, cansaço, sudorese, perda de peso, surgimento de hematomas e desconforto causado pelo aumento do tamanho do baço. Sua ocorrência é, principalmente, em adultos.

  • Leucemia mieloide aguda: afeta as células mieloides, porém, diferentemente da leucemia mieloide crônica, seu avanço é mais rápido. Febres, infecções recorrentes, fadiga, palidez, dores nos ossos, hematomas, perda de peso, sangramentos e aumento dos nódulos linfáticos são alguns dos sintomas que podem surgir em pessoas com esse tipo de leucemia. Sua incidência aumenta com a idade, mas ocorre tanto em adultos quanto em crianças.

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Diagnóstico da leucemia

O diagnóstico de leucemia é confirmado por meio de exames laboratoriais. O hemograma, um exame relativamente comum e solicitado em consultas de rotina, poderá estar alterado em pacientes com a doença, entretanto, ele não é suficiente para a confirmação do diagnóstico. A confirmação pode ser feita por meio do mielograma, que consiste na retirada de sangue da medula óssea para posterior análise, ou da biópsia da medula, que consiste na retirada de um pequeno fragmento do osso da bacia.

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Tratamento da leucemia

A leucemia pode ser tratada de diferentes formas, sendo uma delas a quimioterapia.

Como mencionado, existem diferentes tipos de leucemias, portanto, o tratamento variará a depender do tipo apresentado pelo paciente. Além disso, é necessário avaliar o estágio de desenvolvimento da doença bem como o estado geral de saúde do paciente.

Dentre os tratamentos utilizados, podemos destacar a quimioterapia, o uso de inibidores de tirosina quinase, a imunoterapia e o transplante de medula óssea. Esse último consiste na substituição da medula óssea doente por células normais, que podem ser de um doador, provenientes do sangue de cordão umbilical ou da própria medula do paciente.

Nos casos de transplantes de medula óssea feitos utilizando-se células de um doador, deve-se avaliar anteriormente a compatibilidade entre o doador e o paciente a fim de evitar complicações. Para receber a medula sadia, o paciente é submetido a procedimentos que destroem sua medula doente. Por isso, até que suas células sanguíneas voltem a ser produzidas de maneira adequada, é fundamental que o paciente fique em observação. Os riscos para o doador são poucos e sua medula óssea recupera-se após algumas semanas.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
Química
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