História de Goiânia

A história de Goiânia teve início oficialmente em 24 de outubro de 1933. Sua fundação foi impulsionada pelo interventor Pedro Ludovico Teixeira.
Atual capital do estado de Goiás, a cidade de Goiânia foi fundada em 24 de outubro de 1933. [1]

A história de Goiânia teve início oficialmente em 24 de outubro de 1933. Sua fundação foi impulsionada pelo interventor Pedro Ludovico Teixeira, que visava substituir a antiga capital Goiás Velho, promovendo o desenvolvimento do estado através da construção de uma cidade moderna e planejada na fazenda Botafogo.

A transferência oficial da capital ocorreu em 1942, consolidando o projeto de modernização com a migração gradual de órgãos administrativos e população, superando desafios logísticos e estabelecendo uma nova era para Goiás. Goiânia experimentou um rápido crescimento populacional e econômico desde as décadas de 1950 e 1960, expandindo sua infraestrutura urbana, atraindo investimentos e tornando-se um importante centro regional, com destaque para a verticalização e a criação de polos educacionais e de saúde nas décadas seguintes.

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Resumo sobre a história de Goiânia

  • A história de Goiânia teve início oficialmente em 24 de outubro de 1933.
  • Sua fundação foi impulsionada pelo interventor Pedro Ludovico Teixeira, que escolheu a fazenda Botafogo para construir uma cidade moderna e planejada, visando substituir a antiga capital Goiás Velho e promover o desenvolvimento do estado.
  • A transferência oficial da capital para Goiânia ocorreu em 1942, consolidando o projeto de modernização do estado com a migração gradual de órgãos administrativos e população, superando desafios logísticos e estabelecendo uma nova era de desenvolvimento para Goiás.
  • Goiânia experimentou um rápido crescimento populacional e econômico desde as décadas de 1950 e 1960, expandindo sua infraestrutura urbana, atraindo investimentos e tornando-se um importante centro regional.
  • Uma das primeiras cidades planejadas do Brasil, Goiânia é conhecida por sua rica arquitetura art déco, extensas áreas verdes e por ser um polo do sertanejo e da gastronomia goiana, refletindo sua história e cultura diversificadas desde a escolha do nome até os dias atuais.

Antecedentes históricos da criação de Goiânia

Mapa do Brasil, com destaque para o estado do Goiás e, em vermelho, a cidade de Goiânia. [2]

A criação de Goiânia, atual capital do estado de Goiás, está inserida em um contexto histórico que remonta ao início do século XX. Até então, a capital do estado era a cidade de Goiás, conhecida como Goiás Velho. Essa cidade, fundada no século XVIII durante o ciclo do ouro, estava localizada em uma região de difícil acesso e apresentava uma infraestrutura limitada, o que dificultava o desenvolvimento econômico e a integração do estado com o restante do país.

Com o declínio da mineração e a necessidade de diversificação econômica, surgiu a demanda por uma nova capital que fosse mais acessível e que pudesse impulsionar o desenvolvimento de Goiás. A ideia de transferir a capital para uma localização mais central e de fácil acesso ganhou força na década de 1930, impulsionada pela política de modernização e integração nacional do governo de Getúlio Vargas. Esse período foi marcado por um esforço de interiorização do desenvolvimento brasileiro, buscando diminuir as desigualdades regionais e fomentar o crescimento das regiões Centro-Oeste e Norte do país.

Fundação de Goiânia

A fundação de Goiânia é datada de 24 de outubro de 1933, mas seu projeto começou a ser concebido anos antes. Em 1930, Pedro Ludovico Teixeira, então interventor federal em Goiás, foi o principal defensor da mudança da capital. Ele vislumbrava uma cidade moderna, planejada e com infraestrutura adequada para se tornar o novo centro administrativo e econômico do estado.

O local escolhido para a construção de Goiânia foi a fazenda Botafogo, situada no centro do estado, em uma área plana e de fácil acesso. O projeto urbanístico da cidade foi elaborado pelo arquiteto e urbanista Attilio Corrêa Lima, inspirado nas ideias modernistas. Corrêa Lima planejou Goiânia com avenidas largas, praças e áreas verdes, seguindo um padrão radial que permitia o crescimento ordenado da cidade.

Em 3 de novembro de 1935, foi lançada a pedra fundamental de Goiânia, marcando oficialmente o início das obras. A construção da nova capital envolveu um grande esforço logístico e contou com a participação de trabalhadores de várias partes do Brasil. Em 1942, Goiânia foi finalmente inaugurada, embora a transferência total da capital só tenha ocorrido alguns anos depois.

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Transferência da capital de Goiás para Goiânia

Cartaz da época da construção de Goiânia estimulando a migração para a cidade.

A transferência oficial da capital de Goiás Velho para Goiânia ocorreu em 1942, com a inauguração da nova cidade. Esse processo não foi imediato e envolveu a gradual migração de órgãos administrativos e da população para a nova capital. A mudança foi marcada por desafios logísticos, mas também por um sentimento de renovação e esperança em um futuro próspero para o estado.

A nova capital trouxe consigo a promessa de desenvolvimento e modernização. Goiânia foi projetada para ser uma cidade moderna, com infraestrutura adequada e potencial para crescer. Sua localização estratégica no coração do Brasil facilitou a integração com outras regiões e contribuiu para a expansão econômica do estado de Goiás.

Durante os primeiros anos, a cidade enfrentou dificuldades típicas de um projeto de tamanha envergadura, como a necessidade de construção de habitações, escolas, hospitais e outros serviços essenciais. No entanto, o espírito pioneiro e a determinação dos governantes e da população permitiram que Goiânia se consolidasse como a nova capital de Goiás.

Expansão de Goiânia

Bandeira da cidade de Goiânia, atual capital do estado de Goiás.

A expansão de Goiânia foi marcada por um crescimento rápido e contínuo desde sua fundação. Nas décadas de 1950 e 1960, a cidade experimentou um grande aumento populacional, impulsionado pela migração de pessoas em busca de oportunidades de trabalho e melhores condições de vida. Esse crescimento foi acompanhado pela expansão da infraestrutura urbana, com a construção de novos bairros, avenidas, escolas e hospitais.

Nos anos 1970 e 1980, Goiânia continuou a se expandir, atraindo investimentos em diversos setores, incluindo comércio, serviços, educação e saúde. A criação de polos industriais e a modernização do setor agropecuário também contribuíram para o desenvolvimento econômico da cidade. A construção de rodovias e a melhoria das vias de acesso facilitaram o transporte de mercadorias e pessoas, fortalecendo a posição de Goiânia como um importante centro regional.

A partir dos anos 1990, Goiânia passou por um processo de verticalização, com a construção de edifícios residenciais e comerciais de grande porte. A cidade se tornou um importante polo de educação superior, com a criação de universidades e centros de pesquisa que atraíram estudantes de várias partes do país. Além disso, Goiânia se destacou na área da saúde, com a instalação de hospitais e clínicas especializadas que se tornaram referência em diversas especialidades médicas.

Hoje, Goiânia é uma metrópole dinâmica e em constante crescimento. Com uma população diversificada e uma economia em expansão, a cidade continua a atrair investimentos e a oferecer oportunidades para seus habitantes. A preservação de áreas verdes e a valorização da qualidade de vida são aspectos que têm sido cada vez mais enfatizados no planejamento urbano da capital.

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Curiosidades sobre a história de Goiânia

O Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Goiás, é um dos principais exemplos de arquitetura art decó na cidade de Goiânia. [3]

Goiânia possui diversas curiosidades interessantes que refletem sua história e cultura:

  • Uma das curiosidades mais notáveis é a origem de seu nome. O nome "Goiânia" foi escolhido por meio de um concurso público realizado em 1933. Entre as várias sugestões enviadas pela população, o nome proposto por Alfredo de Castro, "Goiânia", foi o vencedor, sendo uma combinação de "Goiás" com o sufixo "-ânia", que significa "cidade".
  • Outra curiosidade é o fato de que Goiânia foi uma das primeiras cidades planejadas do Brasil, antes mesmo da construção de Brasília. O projeto original de Attilio Corrêa Lima previa uma cidade com avenidas largas, praças e áreas verdes, seguindo os princípios modernistas de urbanismo. Embora o plano tenha sofrido alterações ao longo dos anos, a estrutura básica da cidade ainda reflete essa visão inicial.
  • Goiânia também é conhecida por seu rico patrimônio art déco. Muitos edifícios construídos nas décadas de 1930 e 1940 seguem esse estilo arquitetônico, que se caracteriza por linhas geométricas e ornamentação elegante. Alguns dos principais exemplos de arquitetura art déco na cidade incluem o Grande Hotel, o Teatro Goiânia e o Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual.
  • A cidade é famosa por suas áreas verdes e qualidade de vida. Goiânia possui um dos maiores índices de área verde por habitante entre as capitais brasileiras, com inúmeros parques e praças que oferecem espaços para lazer e atividades ao ar livre. Entre os principais parques estão o Parque Flamboyant, o Parque Vaca Brava e o Parque Areião.
  • Goiânia também se destaca na cena cultural e musical. A cidade é um dos principais centros do sertanejo no Brasil, sendo berço de muitos artistas renomados do gênero. Além disso, Goiânia abriga eventos culturais importantes, como o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), que atrai cineastas e ambientalistas de todo o mundo.
  • A capital de Goiás é ainda um polo de gastronomia, com uma culinária diversificada que reflete a mistura de culturas e tradições da região. Pratos típicos, como o empadão goiano, o arroz com pequi e a pamonha, são destaques na culinária local, atraindo turistas e residentes para provar essas delícias.

Créditos de imagem

[1] Sputnik 360 / Shutterstock

[2] Vinicius R. Souza / Shutterstock

[3] Raphael Lorenzeto de Abreu / Wikimedia Commons (reprodução)

Fontes

PALACIN, Luís. Fundação de Goiânia e Desenvolvimento de Goiás. Goiânia: Oriente, 1976.

PALACIN, Luís; MORAES, Maria Augusta. História de Goiás. Goiânia: Vieira, 2008.

Publicado por Tiago Soares Campos
Química
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