Laterização dos solos

A laterização, embora seja de ocorrência natural, pode transformar-se em um problema ambiental intensificado pela ação humana.
Exemplo de solo laterizado com alto teor de alumínio

Entende-se por laterização o processo de transformação dos solos quando uma camada ferruginosa aglomera-se sobre eles a partir do processo de lixiviação (lavagem da superfície pelo escoamento da água das chuvas) e do processo de intemperismo químico. Trata-se de solos e partículas de rochas que acumulam uma grande quantidade de óxidos de ferro e alumínio. A rocha oriunda desse processo é chamada de laterito.

O processo de laterização dos solos pode ser de ocorrência natural e também influenciado pela atividade antrópica. Naturalmente, é resultante do processo histórico de desgastes intempéricos das rochas e dos solos a partir do escoamento das águas fluviais, o que dá origem a solos lateríticos, que costumam apresentar uma coloração alaranjada e, às vezes, vermelha, marrom ou ligeiramente amarelada. Como resultado da ação humana, a laterização ocorre em função do desmatamento – e a consequente desproteção dos solos – e das queimadas.

Os impactos da laterização dos solos, sobretudo quando esse processo é oriundo de algum desequilíbrio ambiental, geram grandes problemas para o meio natural, como a dificuldade de penetração das raízes e o aumento da improdutividade dos solos. Contudo, a laterita formada pelo processo pode ser utilizada economicamente na produção de determinados tipos de tijolos e blocos para a construção civil, além de ser útil em algumas técnicas de pavimentação asfáltica.


A laterita pode ser útil na construção civil

Os solos lateríticos possuem um alto índice de meteorização em suas formas e acumulam uma grande quantidade de óxidos de ferro e de alumínio, apresentando, muitas vezes, minerais umedecidos. Os latossolos e os solos podzólicos são subtipos de solos que foram laterizados pelo tempo e são caracterizados pela elevada acidez – como na região do Cerrado brasileiro –, o que pode ser corrigido na agricultura com a adição de calcário (calagem).

Como a formação de solos lateríticos está diretamente associada à presença de chuva e ao escoamento das águas, eles são mais facilmente encontrados em regiões que apresentam os climas tropical e subtropical, tanto em tempos presentes quanto em remotos. Esses solos e as rochas lateríticas são utilizados como um indicativo climático de períodos geológicos anteriores.

Na região da Floresta Amazônica, existe uma grande preocupação do avanço da laterização dos solos enquanto impacto ambiental em virtude do alto índice de desmatamento e das queimadas. Na região, há uma grande presença de silício na superfície, que é o principal componente mineral que, quando intemperizado, pode transformar-se em laterita. Por isso, em algumas áreas, o desmatamento pode tornar-se irreversível em virtude da possível incapacidade dos solos em permitir uma ação de reflorestamento.

Publicado por Rodolfo F. Alves Pena
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