Função conativa

A função conativa figura entre as seis funções da linguagem. O uso dos verbos no modo imperativo e o emprego da 2ª pessoa do singular são suas principais características.
A função conativa figura entre as seis funções da linguagem e é encontrada na publicidade e em outros gêneros cujo discurso esteja focado no receptor

As funções da linguagem estão presentes nas mais variadas produções discursivas, sejam elas orais e escritas, sejam extralinguísticas. As funções são responsáveis por apontar o direcionamento da mensagem para os elementos da comunicação, ou seja, cada função tem como objetivo atingir um alvo específico.

Embora uma mensagem possa atingir mais de um elemento da comunicação, geralmente há uma hierarquia de funções, isto é, uma determinada função predomina sobre a outra. No caso da função conativa da linguagem, o alvo da mensagem é o receptor (ou destinatário). Essa mensagem, que tem como objetivo chamar a atenção de alguém para alguma coisa, é muito encontrada nos anúncios publicitários, por esse motivo, a função conativa e a publicidade são normalmente associadas:


Na função conativa coercitiva, o discurso é construído na 2ª pessoa do singular. Há também o emprego dos verbos no modo imperativo

No anúncio publicitário acima, é possível observar com facilidade as principais características da função conativa através da apresentação de um discurso construído na 2ª pessoa do singular (tu/você), que tem como objetivo interpelar ou estabelecer um diálogo com o receptor, e o uso dos verbos no imperativo, expressando abertamente a intenção de convencer o alvo da mensagem (Invista em você. Faça Yázigi). Nesse caso, utilizou-se o método coercitivo, que impõe ao receptor a execução de determinado tipo de comportamento.

A função conativa também pode ser volitiva, ou seja, revelar uma vontade do autor de maneira menos incisiva do que aquela encontrada na função conativa coercitiva. Observe o exemplo:


Na função conativa volitiva, o discurso do emissor é menos incisivo

Mas a função conativa também pode ser encontrada em outros gêneros. Ela está presente nos discursos políticos, no horóscopo, nos livros de autoajuda, entre outros. Observe um texto cuja mensagem está centrada na função conativa:

 

Coisas que você não deve fazer enquanto estiver estudando:

  • Deixar de estudar uma matéria porque você não gosta dela - Nem todo mundo gosta de matemática. Mas você conhece alguém que tenha passado em um vestibular, por exemplo, sem saber o mínimo da matéria? O importante é intercalar: se você detesta matemática e adora história, pode começar com a primeira e, depois, se concentrar na disciplina mais "prazerosa";

  • Deixar dúvidas para trás - Não tirar dúvidas pode trazer sérios problemas. E se o que cair na prova for justamente o que você ficou com dúvida? É importante que o estudante frequente plantões ou arranje outros métodos para tentar entender o assunto. Durante os estudos, é prudente que ele anote os pontos obscuros da matéria para evitar que os esqueça;

  • Comer algo (muito) diferente na véspera de uma prova - Imagine a situação: um estudante tem, por hábito, comer uma feijoada de café da manhã, todos os dias. No dia do vestibular, ele decide comer algo "leve" e encara uma salada. O resultado é que, se ele não tiver sorte, pode até desmaiar de fome durante a prova. Claro que, em um dia de provas, o estudante deve preferir alimentos que deem energia (macarrão pode ser uma saída, por exemplo). No entanto, não dá para ingerir algo muito diferente do que se está habituado - o efeito pode ser pior. Peixes magros, linhaça, frutas amarelas e cítricas, muita água e chocolate amargo são alimentos que ajudam a manter a concentração;

  • Não parar para descansar - Não estude mais do que quatro horas por dia, além do período que você está na escola. Maria Beatriz Loureiro de Oliveira, coordenadora do serviço de orientação do campus de Araraquara da Unesp (Universidade Estadual Paulista), recomenda uma soneca, caso o estudante esteja em casa depois de voltar da escola. "Descanse no mínimo 20 minutos. Uma cochilada. Eu fazia isso com meus filhos. Antes das 15h, não comece".

Texto retirado de educação.uol

Lembre-se de que os atos discursivos, linguísticos ou extralinguísticos, não são desprovidos de uma intenção por parte do emissor, sendo que cada um deles está focado em um dos elementos da comunicação (emissor, receptor, código, canal de comunicação e contexto). Conhecer as funções da linguagem ajuda no reconhecimento dessas intenções, assim como pode também aprimorar o uso da linguagem.

Publicado por Luana Castro Alves Perez
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