Centro da Terra
O centro da Terra – ou, mais precisamente, o núcleo terrestre – encontra-se a uma profundidade que vai de 5100 km até 6370 km. Ele costuma ser dividido em núcleo externo e núcleo interno, em virtude de suas variações em termos de composição do seu estado físico.
Ao contrário do que muitos imaginam, o núcleo interno é sólido, constituído basicamente por NIFE (Níquel e Ferro). Por isso, os indícios apontam que o centro da Terra seja uma grande bola de ferro envolvida por uma camada de rochas em estado líquido.
Por que o centro da Terra é sólido?
O centro da Terra é sólido porque a força da pressão é tão esmagadora que os seus efeitos sobrepõem-se aos das temperaturas, evitando com que as moléculas permaneçam em estado de agitação. Essa pressão elevada contribuiu para o registro de médias térmicas semelhantes às existentes no sol.
Até pouco tempo, os cientistas acreditavam que a temperatura do centro da Terra era de 5.000ºC, mas, em 2013, descobriu-se que essa temperatura é, na verdade, de 6.000ºC, mil a mais do que o estimado.
Qual é a influência que o centro da Terra possui sobre nós?
O comportamento do núcleo terrestre atua de diferentes formas sobre nós. A primeira delas é o movimento das placas tectônicas. Como o núcleo é muito quente, ele aquece o magma que se encontra mais próximo, tornando-o menos denso e fazendo com que ele suba, enquanto o magma mais superior, que é mais “frio”, desce.
Esse processo é cíclico e atua como se fosse uma esteira, fazendo com que as placas movimentem-se, interferindo, assim, na moldura do nosso relevo. Outro efeito desse processo é a ação do vulcanismo, que está relacionada com o tectonismo.
Somam-se a isso os efeitos do magnetismo da Terra. É a partir da movimentação e composição do núcleo interno que os polos magnéticos do nosso planeta existem, atuando na proteção de nossa atmosfera da radiação solar, contribuindo, portanto, para a manutenção da vida.
Análises realizadas através do emprego de instrumentos, como alguns modernos sismógrafos, apontam que o núcleo interno gira em uma velocidade maior que a do movimento de rotação terrestre, o que indica que a Terra girava mais rapidamente bilhões de anos atrás. Como o núcleo interno está submerso em uma camada líquida (o núcleo externo), ele manteve a sua velocidade anterior.