Houve ou houveram?
No sentido de existir, acontecer ou de tempo decorrido, o verbo “haver” é impessoal, isto é, não tem sujeito e, por isso, não flexiona para o plural, permanece no singular. A flexão do verbo “haver” – “houveram” – no pretérito perfeito, no plural, não existe na Língua Portuguesa.
Observe os exemplos abaixo:
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Houve muitas manifestações contra o governo.
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No mês de setembro houve muitas mudanças aqui na empresa.
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Houve mais participantes mulheres do que homens no concurso para Juiz Federal.
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Você ouve muita música sertaneja, mas lembro que já houve tempos que gostava de samba.
Da mesma forma ocorre com o verbo “fazer”. Quando ele tem o sentido de tempo decorrido ou de fenômenos atmosféricos, é impessoal, ou seja, não tem sujeito e não flexiona, permanece no singular. Veja alguns exemplos:
Faz dez anos que não como carne vermelha.
Faz sete dias que ele não dá notícias.