Guerra do Afeganistão de 2001
A Guerra do Afeganistão de 2001 foi um conflito iniciado quando tropas dos Estados Unidos invadiram o Afeganistão com o objetivo de derrubar o governo do Talibã e destruir a Al-Qaeda, organização terrorista responsável pelos atentados de 11 de setembro. A ocupação norte-americana se encerrou 20 anos depois, e o mundo viu o Talibã retornar ao poder afegão.
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Resumo sobre Guerra do Afeganistão de 2001
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A Guerra do Afeganistão se iniciou em outubro de 2001, quando tropas norte-americanas invadiram o Afeganistão.
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O objetivo da invasão era derrubar o governo do Talibã, destruir a Al-Qaeda e prender Osama bin Laden.
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A invasão aconteceu como uma represália aos atentados de 11 de setembro, organizados pela Al-Qaeda.
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Os Estados Unidos tentaram organizar governos democráticos no Afeganistão, mas fracassaram.
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Em 2021, os Estados Unidos retiraram suas tropas do Afeganistão, e o Talibã retomou o poder.
Entendendo a Guerra do Afeganistão de 2001
Como o próprio nome sugere, essa guerra se iniciou em 2001, mais precisamente em outubro, quando tropas norte-americanas invadiram o território do Afeganistão. O objetivo dos Estados Unidos nesse conflito era o de derrubar o governo do Talibã e prender os líderes da Al-Qaeda, organização fundamentalista responsável pelos atentados de 11 de setembro.
Esse conflito deveria ter resultado em uma grande transformação do Afeganistão, o que não aconteceu, já que, no seu decorrer, o país seguiu sendo um Estado instável e que não tinha controle sobre todo o território nacional. A invasão do Afeganistão, no entanto, resultou no enfraquecimento imediato de Talibã e da Al-Qaeda.
O Afeganistão foi ocupado por tropas norte-americanas, que tinham como objetivo garantir a estabilidade afegã para a formação de novos governos. A ocupação norte-americana se estendeu por 20 anos e não conseguiu resolver os problemas do Afeganistão. Em 2021, as tropas norte-americanas se retiraram do país, abrindo o caminho para o retorno do Talibã ao poder.
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Videoaula sobre Guerra do Afeganistão (de 1979 à atualidade)
Contexto sobre Guerra do Afeganistão de 2001
A invasão do Afeganistão se deu num cenário em que o país era governado pelo Talibã, além de contar com a forte presença da Al-Qaeda em seu território. Como mencionado, a invasão norte-americana se deu com o objetivo de remover esses dois grupos do Afeganistão, e é importante conhecermos um pouco da história de cada um deles.
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Talibã
O Talibã é um grupo fundamentalista islâmico que surgiu durante a guerra civil travada no Afeganistão entre 1992 e 1996. Esse grupo surgiu da etnia pachto, defendendo a ideia de formar um governo no Afeganistão que impusesse valores conservadores e aplicasse uma interpretação radical do islamismo.
Esse grupo ganhou grande apoio entre os pachtos afegãos e conquistou Cabul em 1996. Com isso, formou o Emirado Islâmico do Afeganistão, um governo extremamente conservador e autoritário que praticou inúmeras violências contra a população afegã no período em que esteve no poder.
O Talibã impedia as mulheres de saírem às ruas do Afeganistão sozinhas, obrigava-as a usar a burca e as proibiu de trabalhar e de estudar. Os opositores do país foram violentamente perseguidos, e tortura e sessões públicas de açoitamento e de execução foram uma realidade comum no Afeganistão entre 1996 e 2001.
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Al-Qaeda
A Al-Qaeda também é uma organização fundamentalista islâmica, mas, diferentemente do Talibã, não é considerada nacionalista. Assim, a atuação do Talibã é resumida às terras ocupadas pelos pachtos, enquanto a atuação da Al-Qaeda é entendida como globalista, tendo células espalhadas por diferentes partes do planeta.
A Al-Qaeda surgiu no final da década de 1980, na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, e reuniu muçulmanos que lutaram contra os soviéticos na Guerra do Afeganistão de 1979. Esse grupo se colocou como força armada que atuaria na perpetuação da jihad, isto é, a guerra santa, e na defesa dos muçulmanos, sobretudo contra a cultura ocidental.
A Al-Qaeda se estabeleceu de fato no Afeganistão na década de 1990, quando o país era governado pelo Talibã. Em território afegão, estabeleceu as bases para a formação e o treinamento de terroristas, além de ter organizado um dos atentados mais violentos da história: os de 11 de setembro de 2001.
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Videoaula sobre o que é a Al-Qaeda
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Atentados de 11 de setembro
Foram os atentados realizados pela Al-Qaeda em 11 de setembro de 2001 que levaram ao início da Guerra do Afeganistão de 2001. Esses ataques foram realizados por 19 terroristas da Al-Qaeda e estavam sendo planejados desde a década de 1990. Eles cumpriram os objetivos de Osama bin Laden, que acreditava que era dever de todo muçulmano assassinar cidadãos norte-americanos.
Os 19 terroristas sequestraram quatro aviões comerciais, sendo que um deles não atingiu o seu alvo específico (o Capitólio) e caiu na Pensilvânia. Os outros três atingiram as duas torres do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington. Estima-se que quase três mil pessoas faleceram nesses ataques. Caso queira se aprofundar no último maior ataque sofrido pelos EUA desde Pearl Harbor, leia: Atentados de 11 de setembro.
Invasão do Afeganistão
Depois do ataque, o serviço de inteligência dos Estados Unidos descobriu que ele tinha sido organizado pela Al-Qaeda. Logo depois, a Al-Qaeda reconheceu sua autoria, e isso colocou os Estados Unidos em ação contra essa organização fundamentalista.
Como vimos, a Al-Qaeda estava instalada no Afeganistão, e um de seus líderes, Osama bin Laden, residia lá. Isso fez com que os Estados Unidos dessem um ultimato para o governo do Talibã. Os norte-americanos queriam que o Talibã entregasse Osama bin Laden e outros líderes da Al-Qaeda.
O ultimato norte-americano foi rejeitado, e isso fez com que os Estados Unidos iniciassem os preparativos para a invasão do Afeganistão. Os objetivos eram: derrubar o Talibã do poder, destruir a Al-Qaeda e prender os seus líderes. A invasão foi incorporada ao que o presidente dos Estados Unidos George W. Bush chamou de Guerra ao Terror.
Em 7 de outubro de 2001, a invasão do Afeganistão começou, e o governo do Talibã foi rapidamente derrotado. Em dezembro, os membros do Talibã foram derrubados do poder afegão e fugiram. Além disso, os membros da Al-Qaeda também fugiram, instalando-se no Paquistão ou nas montanhas do Afeganistão.
Com a derrubada do Talibã, os Estados Unidos deram início à montagem de um governo democrático no Afeganistão. A ONU, que não havia autorizado a invasão norte-americana, aceitou enviar forças de segurança ao Afeganistão para coordenar a defesa do país enquanto ele passava pela sua reconstrução.
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Derrota norte-americana
Os objetivos iniciais dos Estados Unidos foram cumpridos, mas descobriu-se o paradeiro de Osama bin Laden só em 2011, quando o ex-líder da Al-Qaeda foi morto em uma cidade próximo da capital do Paquistão, Islamabad. A ocupação norte-americana no Afeganistão entrou em uma nova fase a partir de 2003, quando o Talibã recuperou sua força.
Com isso, o Talibã intensificou sua resistência às tropas norte-americanas no interior do Afeganistão e passou a atuar como força de resistência no interior do país. Isso forçou os Estados Unidos a aumentarem a quantidade de soldados no país como forma de resistir à atuação do Talibã.
Enquanto isso as iniciativas de formar-se governos democráticos no país fracassaram e não conseguiram estender sua influência para além da capital, Cabul. A corrupção dos novos governos afegãos também foi um problema grave. Por fim, a presença do Talibã no interior ampliou a ameaça ao governo afegão.
A longa duração da ocupação norte-americana no Afeganistão passou a incomodar a população dos Estados Unidos, tornando a guerra impopular. O presidente Barack Obama prometeu tirar as tropas norte-americanas do país, mas não cumpriu sua promessa, e Donald Trump chegou a negociar um acordo de retirada com o Talibã.
Entretanto, foi Joe Biden que realizou a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão depois de 20 anos de ocupação. O último soldado dos Estados Unidos se retirou do país em 31 de agosto de 2021. A saída dos EUA permitiu o retorno do Talibã, que realizou uma campanha militar, conquistando o país e forçando o presidente Ashraf Ghani a se exilar.
Créditos da imagem
[1] GoodAndy45 e Shutterstock