Função conativa
As funções da linguagem estão presentes nas mais variadas produções discursivas, sejam elas orais e escritas, sejam extralinguísticas. As funções são responsáveis por apontar o direcionamento da mensagem para os elementos da comunicação, ou seja, cada função tem como objetivo atingir um alvo específico.
Embora uma mensagem possa atingir mais de um elemento da comunicação, geralmente há uma hierarquia de funções, isto é, uma determinada função predomina sobre a outra. No caso da função conativa da linguagem, o alvo da mensagem é o receptor (ou destinatário). Essa mensagem, que tem como objetivo chamar a atenção de alguém para alguma coisa, é muito encontrada nos anúncios publicitários, por esse motivo, a função conativa e a publicidade são normalmente associadas:
Na função conativa coercitiva, o discurso é construído na 2ª pessoa do singular. Há também o emprego dos verbos no modo imperativo
No anúncio publicitário acima, é possível observar com facilidade as principais características da função conativa através da apresentação de um discurso construído na 2ª pessoa do singular (tu/você), que tem como objetivo interpelar ou estabelecer um diálogo com o receptor, e o uso dos verbos no imperativo, expressando abertamente a intenção de convencer o alvo da mensagem (Invista em você. Faça Yázigi). Nesse caso, utilizou-se o método coercitivo, que impõe ao receptor a execução de determinado tipo de comportamento.
A função conativa também pode ser volitiva, ou seja, revelar uma vontade do autor de maneira menos incisiva do que aquela encontrada na função conativa coercitiva. Observe o exemplo:
Na função conativa volitiva, o discurso do emissor é menos incisivo
Mas a função conativa também pode ser encontrada em outros gêneros. Ela está presente nos discursos políticos, no horóscopo, nos livros de autoajuda, entre outros. Observe um texto cuja mensagem está centrada na função conativa:
Coisas que você não deve fazer enquanto estiver estudando:
Texto retirado de educação.uol |
Lembre-se de que os atos discursivos, linguísticos ou extralinguísticos, não são desprovidos de uma intenção por parte do emissor, sendo que cada um deles está focado em um dos elementos da comunicação (emissor, receptor, código, canal de comunicação e contexto). Conhecer as funções da linguagem ajuda no reconhecimento dessas intenções, assim como pode também aprimorar o uso da linguagem.