Eritroblastose Fetal
Eritroblastose fetal, também conhecida como doença hemolítica do recém-nascido e doença hemolítica perinatal, é uma doença que se caracteriza pela destruição das hemácias do feto ou recém-nascido como consequência da ação de anticorpos maternos. A doença resulta da incompatibilidade dos grupos sanguíneos da mãe e de seu filho, sendo comumente relacionada à incompatibilidade do fator Rh.
Ela pode provocar anemia, hidropsia e morte fetal, sendo fundamental, portanto, a realização de um pré-natal eficiente, a fim de que o diagnóstico do problema seja feito precocemente e medidas adequadas sejam tomadas para evitar complicações.
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Resumo sobre a eritroblastose fetal
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Eritroblastose fetal é uma doença que se caracteriza pela destruição das hemácias do feto ou recém-nascido pelos anticorpos maternos.
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Resulta de uma incompatibilidade entre os grupos sanguíneos da mãe e do bebê.
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A doença é comumente relacionada com o fator Rh, ocorrendo em mulheres com Rh negativo que apresentam gestação de bebê Rh positivo.
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O teste de Coombs permite indicar a presença de anticorpos anti-Rh.
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Como forma de prevenção, a mulher Rh negativo deve receber a imunoglobulina anti-Rh para evitar a sensibilização. A administração deve ocorrer entre a 28ª semana ou a 34ª semana de gestação e até em 72 horas após o nascimento do bebê Rh positivo.
Videoaula sobre a eritroblastose fetal
O que é eritroblastose fetal?
Eritroblastose fetal, também conhecida como doença hemolítica do recém-nascido, é um problema que se caracteriza pela destruição das hemácias do feto ou recém-nascido por ação dos anticorpos da própria mãe. Esses anticorpos atravessam a barreira placentária e atacam o feto, levando a um quadro de anemia fetal.
Em casos mais graves, a hemólise (destruição das hemácias) pode provocar problemas como a congestão hepática e hidropisia fetal (acúmulo de líquidos em várias partes do corpo do bebê ainda durante a gestação) associada à insuficiência cardíaca. Nesses casos, quando já se observa a maturidade pulmonar, recomenda-se a interrupção imediata da gravidez, pois o risco de morte do bebê torna-se elevado. Pode ser realizada também a transfusão intrauterina de hemácias.
O que causa a eritroblastose fetal?
A eritroblastose fetal, na maioria dos casos, ocorre devido a uma incompatibilidade entre o fator Rh da mãe e de seu filho. Na membrana das células sanguíneas, existe uma grande variedade de antígenos capazes de produzir uma resposta imunológica. A presença de antígenos nas hemácias e anticorpos no plasma é responsável por reações de aglutinação.
No sistema ABO de grupos sanguíneos, observa-se a ocorrência natural de anticorpos. Já quando falamos em sistema Rh, uma pessoa deve ser exposta ao antígeno Rh para que seu corpo passe a produzir anticorpos. Pessoas Rh negativo não possuem o antígeno D, enquanto pessoas Rh positivo o possuem.
No caso da eritroblastose fetal, o problema surge quando a mãe Rh negativo, previamente exposta, tem uma gestação de um filho Rh positivo. A mãe pode ser sensibilizada ao antígeno D por uma gestação prévia de um filho Rh positivo ou por exposição a hemoderivados. Ao receber o estímulo antigênico, a mãe passa a produzir um anticorpo anti-D.
Vale salientar que, na primeira gestação de um feto Rh positivo, caso a mulher não tenha sido exposta a hemoderivados anteriormente, não há prejuízo ao bebê, uma vez que a sensibilização inicial raramente ocorre em momento anterior ao trabalho de parto. No entanto, se a mulher apresentar uma nova gestação com feto Rh positivo, os anticorpos por ela produzidos atravessarão a barreira placentária e se ligarão às hemácias fetais, provocando a sua hemólise.
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Diagnóstico de eritroblastose fetal
Para evitar complicações para o bebê, é importante que a eritroblastose fetal seja diagnosticada precocemente e, para isso, é necessário que a mulher tenha um acompanhamento pré-natal adequado. Um dos exames a serem realizados é o teste de Coombs, o qual avalia a presença de anticorpos. O tipo sanguíneo do feto pode ser definido por meio da amniocentese.
Além disso, a ultrassonografia auxilia na detecção de alterações no bebê em desenvolvimento, como o acúmulo de líquidos em diferentes partes do corpo do feto (hidropsia fetal).
Sinais e sintomas da eritroblastose fetal
Em caso de eritroblastose fetal, uma das principais manifestações clínicas observadas é a anemia intensa. A criança pode apresentar ainda icterícia, ou seja, pele e mucosas amareladas. Essa coloração ocorre devido a um acúmulo de bilirrubina, sendo esse acúmulo resultado da degradação da hemoglobina, combinada com uma imaturidade hepática do recém-nascido.
Em casos mais graves da doença, a criança pode apresentar hidropsia fetal, ascite (acúmulo de líquido no abdômen), edema (inchaço) generalizado, hepatomegalia (aumento anormal do volume do fígado) e esplenomegalia (aumento anormal do baço). A eritroblastose fetal pode levar o bebê à morte durante a gestação ou após o parto.
Tratamento da eritroblastose fetal
O tratamento da eritroblastose fetal consiste na realização da exsanguineotransfusão, um método que consiste na retirada de sangue do recém-nascido e na administração de um sangue compatível. Esse processo é importante e garante a correção da anemia e diminuição da bilirrubina, além de evitar complicações mais graves.
Outro tratamento realizado após o nascimento é a fototerapia, que atua controlando os níveis de bilirrubina no sangue. Vale salientar ainda que, em casos graves de eritroblastose, o tratamento pode ser iniciado ainda durante a gestação, sendo a transfusão de sangue intrauterina um dos processos realizados. A antecipação do parto também pode ser realizada em casos graves.
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Prevenção da eritroblastose fetal
A prevenção da eritroblastose fetal pode ser feita em mulheres Rh negativo por meio da administração de imunoglobulina anti-Rh ou anti-D. A técnica permite que a produção de anticorpos pela mãe seja bloqueada e a sensibilização não ocorra, uma vez que os anticorpos atuarão nas hemácias fetais que entrarem na circulação materna antes que possam estimular o sistema imune.
A recomendação é que os anticorpos sejam administrados em uma dose profilática na 28ª semana ou 34ª semana de gestação e até em 72 horas após o nascimento do bebê Rh positivo. Recomenda-se também que a prática seja realizada após aborto, procedimentos invasivos, gravidez ectópica e outros problemas que possam causar hemorragia transplacentária.