Febre hemorrágica brasileira

A febre hemorrágica brasileira é uma doença viral muito grave, responsável por desencadear febre e sangramentos. Sua transmissão está relacionada aos roedores silvestres, os quais atuam como reservatórios desse vírus. Essa doença retornou ao Brasil em 2020, após 20 anos sem casos registrados, o que preocupa a sociedade, pois sua evolução é rápida e possui alto índice de letalidade.

O que são febres hemorrágicas?

Febre hemorrágica é um termo utilizado para se referir a uma variedade de síndromes que apresentam como característica o surgimento de febre e de hemorragias (sangramentos) como principais sintomas. Muitas doenças podem ser assim classificadas, como é o caso da febre amarela, a febre hemorrágica da dengue, a malária e a leptospirose. Para saber mais sobre esse tipo de síndrome, acesse: febres hemorrágicas.

  • E a febre hemorrágica brasileira?

A febre hemorrágica brasileira é um tipo de febre hemorrágica rara e com evolução rápida, que apresenta os sintomas característicos das febres hemorrágicas em geral: febre e sangramento de mucosas, como a boca e o nariz.

Qual o agente causador da febre hemorrágica brasileira?

A febre hemorrágica brasileira é causada por um vírus da família Arenaviridae.

A febre hemorrágica brasileira é causada por um vírus da família Arenaviridae, arenavírus, uma variante do vírus Sabiá, que pertence ao gênero Mammarenavirus. De acordo com o Ministério da Saúde, na literatura especializada, encontra-se o registro de quatro ocorrências de febre hemorrágica brasileira em seres humanos, em toda história brasileira.

Leia também: Os vírus são seres vivos?

Quais os sintomas da febre hemorrágica brasileira?

Os sintomas da febre hemorrágica surgem, normalmente, entre 6 e 14 dias após o contato com o vírus causador. Seus sintomas são, muitas vezes, confundidos com outras doenças, como dengue, chikungunya, zika ou febre amarela. Isso se deve ao fato de que os sintomas são pouco específicos.

O paciente com febre hemorrágica brasileira sente dor no corpo, mal-estar, febre e prostração.

Dentre os principais sintomas relacionados com a febre hemorrágica brasileira estão:

  • febre,

  • mal-estar,

  • dores no corpo,

  • dor de garganta,

  • dor abdominal,

  • sensibilidade à luz,

  • prostração,

  • tontura,

  • queda de pressão,

  • confusão mental,

  • icterícia (pele e mucosas amareladas)

  • sangramentos espontâneos.

Conforme a doença evolui, ocorre o comprometimento neurológico, sendo observado, por exemplo, confusão mental e convulsões.

Leia também: Diferenças entre dengue, chikungunya e zika.

A febre hemorrágica brasileira é grave?

A febre hemorrágica brasileira é uma doença grave, uma vez que apresenta alta letalidade. Dessa forma, ao suspeitar da doença, um médico deve ser procurado rapidamente.

Como a febre hemorrágica brasileira é transmitida?

A febre hemorrágica brasileira apresenta duas formas de transmissão. A primeira delas é por meio da inalação de partículas formadas a partir das fezes, urina e saliva de roedores silvestres infectados.

A transmissão pode ocorrer também de uma pessoa para outra, quando há o contato prolongado e próximo com o paciente doente. Nesse ponto é importante salientar que a transmissão pode ocorrer em ambientes hospitalares, quando as pessoas que estão tratando o paciente não fazem uso dos equipamentos de proteção adequados.

Assim sendo, como prevenção da doença, deve-se evitar o contato com o doente, caso haja a necessidade de contato, ele deve ocorrer com o uso adequado dos equipamentos de proteção. Além disso, é fundamental evitar contato com roedores silvestres e locais onde se conhece a presença desses animais.

Como é o tratamento da febre hemorrágica brasileira?

A febre hemorrágica brasileira é tratada de acordo com o quadro clínico apresentado pelo paciente, sendo o tratamento voltado para a redução dos sintomas. Pacientes com suspeita ou caso confirmados da doença são tratados em quarto individual, sendo necessário afastá-lo de outros pacientes para evitar a transmissão. O Ministério da Saúde reforça que a movimentação de pacientes no ambiente hospitalar deve ser restrito devido à gravidade da doença.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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