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Leptospirose

A leptospirose é uma doença causada por bactérias do gênero Leptospira. É transmitida pelo contato com urina de animais contaminados, em especial roedores.
Rato, um transmissor da leptospirose.
A leptospirose é transmitida principalmente pela urina de roedores contaminados.

Leptospirose é uma doença causada por uma bactéria, que é transmitida pelo contato com urina de animais contaminados ou água ou lama contaminada. A bactéria causadora da leptospirose pode ser encontrada em diferentes animais, mas, no meio urbano, os roedores são os principais reservatórios.

A ocorrência de surtos da doença está associada a épocas de chuva. Além disso, é considerada uma doença de risco ocupacional e acomete com frequência profissionais que trabalham, por exemplo, em arrozais e canaviais, minas e limpeza pública.

Leia também: Febre tifoide — doença relacionada com as péssimas condições de saneamento básico

Resumo sobre leptospirose

  • Leptospirose é uma doença causada por uma bactéria.

  • A bactéria causadora da leptospirose apresenta como principais reservatórios, no meio urbano, os roedores.

  • Os seres humanos são hospedeiros acidentais.

  • O animal contaminado libera a bactéria na urina.

  • A leptospirose é transmitida por meio de exposição à urina de animais, principalmente ratos, lama ou água contaminada pela bactéria.

  • Pode manifestar-se de maneira leve ou grave e pode até mesmo ser assintomática.

O que é leptospirose?

A leptospirose é uma doença bacteriana transmitida por meio da exposição à urina de animais contaminados, principalmente ratos, ou água e lama contaminada pela bactéria.

A doença é endêmica de regiões de climas tropicais e subtropicais e é considerada uma enfermidade de risco ocupacional que pode atingir com maior frequência trabalhadores de minas, arrozais e canaviais e pessoas do serviço de limpeza pública.

Apesar disso, o Ministério da Saúde salienta que a maior parte dos casos ocorre entre pessoas que habitam ou trabalham em locais com infraestrutura sanitária inadequada e que são expostas à urina de roedores.

A doença está também muito associada a enchentes, uma vez que esse fenômeno propicia a disseminação e também garante a persistência da bactéria no ambiente. Isso faz com que epidemias sejam comuns após fortes chuvas.

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Agente causador da leptospirose

Como salientado anteriormente, a leptospirose é uma doença causada por bactérias do gênero Leptospira. Essas bactérias são helicoidais e aeróbias obrigatórias.

Elas penetram na pele por meio de lesões, mucosas ou ainda em pele que fica submersa por longo período em água contaminada. A bactéria pode penetrar no corpo ainda pela ingestão de água e alimentos contaminados.

Ilustração de bactérias com formato espiral, do gênero Leptospira, as causadoras da leptospirose.
Leptospira é o gênero de bactéria responsável por causar a leptospirose.

O ciclo de vida da bactéria inclui a liberação da urina pelo animal infectado, a sobrevivência da bactéria no meio ambiente, a aquisição de um novo hospedeiro e a disseminação da bactéria até que ela acometa os rins e seja novamente excretada para o meio ambiente. Vale salientar que o ser humano é considerado um hospedeiro acidental e terminal da bactéria.

Saiba mais: Aumento de doenças causadas pela ação do ser humano

Sintomas da leptospirose

A leptospirose poderá ser assintomática, provocar sintomas leves ou desencadear casos graves. A doença começa a se manifestar de 1 a 30 dias após a contaminação, com início, em geral, entre 7 a 14 dias após a exposição. O Ministério da Saúde divide as manifestações clínicas em duas fases: a precoce e a tardia.

Na fase precoce, observa-se a ocorrência de sintomas como:

Outras manifestações que podem ocorrer são:

  • diarreia,

  • dor nas articulações,

  • tosse,

  • dor nos olhos,

  • vermelhidão ou hemorragia conjuntival e

  • fotofobia.

Mais raramente podem ocorrer o aumento de linfonodos, do fígado e do baço e erupções avermelhadas na pele.

Na fase tardia, pode ocorrer a chamada síndrome de Weil, a qual se caracteriza pelo surgimento de três sintomas: a icterícia (coloração amarelada de pele e olhos), hemorragia e insuficiência renal.

Outras manifestações são hemorragias (que podem ocorrer no pulmão, pele, sistema nervoso central e mucosas), comprometimento pulmonar, lesão pulmonar aguda e sangramento no órgão e síndrome da angústia respiratória aguda.

Diagnóstico da leptospirose

A leptospirose é diagnosticada por meio da análise dos sintomas apresentados pelo paciente e realização de exames complementares. A bactéria pode ser identificada por meio de diferentes exames, tais como a amplificação de DNA, hemocultura, urocultura e Elisa.

Na primeira semana da doença, recomenda-se a realização do exame direto, bem como cultura e detecção do DNA pela reação em cadeia da polimerase. Na fase tardia, por sua vez, recomendam-se a cultura, Elisa e microaglutinação. Exames inespecíficos, tais como hemograma, radiografia do tórax, gasometria e eletrocardiograma, também poderão ser realizados.

Tratamento da leptospirose

A leptospirose é uma doença que é tratada por meio de uso de antibióticos. Em casos graves, a antibioterapia endovenosa deve ser iniciada rapidamente. Além da utilização de medicamentos, medidas de suporte podem se fazer necessárias, tais como ventilação e diálise.

Veja também: A importância do saneamento ambiental para a saúde da população

Prevenção da leptospirose

Como salientado anteriormente, a leptospirose é transmitida por meio de exposição à urina de animais contaminados, principalmente ratos, ou água e lama contaminada pela bactéria. Assim sendo, uma forma de prevenir a doença é evitar contato com água ou lama de enchentes.

Além disso, profissionais que trabalham com limpeza de lama, desentupimento de esgoto e entulhos devem sempre usar proteção, como botas e luvas. Outro ponto importante diz respeito ao controle de roedores, garantindo, por exemplo, a destinação correta do lixo e o não acúmulo de entulhos.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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