Ciclone

Os ciclones são centros de baixa pressão atmosférica que provocam movimentação do ar e resultam em grandes tempestades associadas a ventos fortes com poder destrutivo.
Ciclones são tempestades tropicais que se formam geralmente nos oceanos, em uma zona de baixa pressão atmosférica.

Ciclones correspondem a centros de baixas pressão, ou seja, apresentam pressão menor que suas áreas vizinhas, gerados pela convergência dos ventos. De formal geral, os ciclones correspondem às tempestades tropicais, visto que, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, são formados, principalmente, sobre os oceanos que se localizam em regiões tropicais.

Os ciclones representam grandes massas de ar que realizam um movimento giratório, podendo deslocar-se de uma região para outra. De maneira simples, pode-se dizer que os ciclones são grandes massas de ar bastante carregadas de umidade capazes de provocar chuvas torrenciais ao redor de um centro de baixa pressão atmosférica.

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Por que os ciclones são formados?

Os ciclones formam-se devido à movimentação do ar gerada em uma área de baixa pressão atmosférica. Essas áreas apresentam, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, pressão atmosférica inferior às que as circundam. Os ventos nessas áreas sopram para dentro e diferem-se em cada hemisfério. No hemisfério Norte, os ventos giram no sentido anti-horário e, no hemisfério Sul, no sentido horário.

O que acontece é que o ar quente e úmido (menos denso), que se encontra normalmente sobre as regiões tropicais (regiões de maior ocorrência de terremotos), eleva-se para as camadas superiores da atmosfera. Já o ar frio e seco (mais denso) rebaixa-se para a superfície, o que gera a redução da pressão atmosférica.

Há, então, uma enorme liberação de calor devido à condensação provocada pela ascensão do ar quente e úmido que ao subir condensa-se. Assim, acaba aquecendo a massa de ar e gerando, então, um processo de convecção, gerando instabilidade na área e, consequentemente, a formação do ciclone. Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), os ciclones podem percorrer longas distâncias e tornarem-se mais intensos à medida que são alimentados pela umidade.

Ciclone e tornado

Tornados são fenômenos tipicamente continentais com alto poder destrutivo.

Os ciclones podem ser caracterizados de diferentes maneiras e isso varia segundo os estudiosos da área. Contudo, muitos meteorologistas afirmam que denominar de ciclone, ou tempestades tropicais, é uma forma genérica de classificar fenômenos como os furacões, tornados e tufões. Sendo assim, todos esses fenômenos meteorológicos são classificados como ciclones ou tempestades tropicais. O que os difere, normalmente, é a intensidade e o local de formação.

De acordo com o CPTEC, tornados são considerados fenômenos meteorológicos com alto poder de destruição. Os ventos podem atingir velocidades acima de 400 km/h, contudo a duração do tornado é inferior à duração do furacão, por exemplo. Os tornados são basicamente redemoinhos formados por uma tempestade que correspondem a ventos giratórios em forma de funil. É um fenômeno tipicamente continental. Quando se formam sobre massas de água, são conhecidos como trombas d'água.

Os furacões são tempestades tropicais com ventos que atingem mais de 119 km/h e sua intensidade, segundo o CPTEC, pode ser calculada de acordo com a pressão encontrada no seu centro, ou mais conhecido como olho do furacão. Quando essa tempestade tropical ocorre na porção leste do Oceano Pacífico ou no Oceano Atlântico é chamada de furacão. Quando ocorre na porção oeste do Pacífico (mais especificamente na Ásia) é chamada de tufão.

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Tipos de ciclone

Os ciclones são classificados segundo a sua origem, intensidade e também por suas características, como formato e circulação do ar.

Os ciclones são classificados segundo sua área de formação, podendo ser:

Ciclone tropical

Os ciclones tropicais são centros de baixa pressão que se formam em torno dos trópicos e apresentam grande umidade e alta temperatura, formando tempestades torrenciais associadas a ventos em alta velocidade. Normalmente, apresentam uma nuvem de formato arredondado constituída por mais de um braço ciclônico. Seu tamanho é variável e não está associado a uma frente fria.

Ciclone extratropical

Os ciclones extratropicais são centros de baixa pressão que se formam em médias e altas latitudes, ou seja, fora dos trópicos. Está associado a uma frente fria, portanto, forma-se devido ao contraste entre uma massa de ar fria e uma massa de ar quente. Seus ventos são mais fracos e duram menos que os ciclones tropicais.

Ciclone subtropical

Os ciclones subtropicais são centros de baixa pressão formados entre os trópicos. Seu centro apresenta temperatura mais elevada que a atmosfera ao seu redor e sua formação não está relacionada à existência de uma frente fria. Seu tamanho horizontal é reduzido quando comparado ao ciclone extratropical. Podem provocar grande volume de chuva e ventos intensos.

Ciclone e anticiclone

Ciclones, como já dito anteriormente, são áreas que apresentam pressão atmosférica inferiores às áreas ao seu redor que formam uma convergência de ventos. Ao contrário dos ciclones, os anticiclones são áreas que apresentam pressão atmosférica maiores que as áreas vizinhas, ou seja, são áreas de alta pressão nas quais os ventos dispersam-se.

Ciclone e anticiclone possuem diferenças além da pressão atmosférica que diz respeito aos sentidos dos movimentos dos ventos. Os ventos no ciclone movimentam-se em sentido horário no hemisfério Sul e anti-horário no hemisfério Norte. Os ventos no anticiclone movimentam-se no sentido horário no hemisfério Norte e sentido anti-horário no hemisfério Sul.

Outra questão diz respeito às características das áreas. Os ciclones representam áreas de instabilidade associadas a tempestades intensas e ventos fortes. Os anticiclones representam áreas de tempo estável nas quais geralmente não há formação de nuvens devido à baixa umidade.

Ciclone no Brasil

No Brasil, os ciclones são fenômenos que ocorrem especialmente na Região Sul. Uma pesquisa feita pela Faculdade de Oceanografia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro mostra que entre 2004 e 2016 foram registrados no país dois ciclones tropicais e cinco ciclones subtropicais.

Contudo, apenas um desses ciclones formados alcançou o continente. O ciclone ficou conhecido como Ciclone Catarina, ao ter atingido o estado de Santa Catarina, em 2004. A tempestade tropical deixou mais de 20 mil desabrigados e causou onze mortes. Inicialmente, esse ciclone era extratropical, mas ao deslocar-se mudou de categoria transformando-se em um ciclone tropical.

Publicado por Rafaela Sousa
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