Fenômenos atmosféricos

Os fenômenos atmosféricos envolvem a relação do meio com o clima sob uma perspectiva de ocorrências naturais, que podem ou não ser intensificadas pela ação humana.
Imagem de satélite de um ciclone, um tipo de fenômeno atmosférico

Os fenômenos atmosféricos podem ser considerados como os eventos climáticos que ocorrem naturalmente, ou seja, não são consequência da ação humana, muito embora a interferência antrópica possa intensificar ou alterar a dinâmica de tais fenômenos. Dentre os principais exemplos, podemos citar os ciclones (furacões, tufões, tornados, etc.), inversão térmica, efeito estufa, El Niña e La Niña, dentre outros.

A seguir, você poderá conferir um breve resumo com as principais características de cada um desses fenômenos:

Ciclones e tornados

Os ciclones, por definição, são fortes ventos carregados de umidade que giram em sentido circular em razão do efeito coriólis. Geralmente, os ventos provocados apresentam velocidade superior a 200 km/h e possuem uma larga extensão, sendo completamente vistos somente por imagens de satélite. Os ciclones tropicais mais comuns formam-se em áreas de baixas latitudes, entre 5º e 20º, enquanto os ciclones extratropicais formam-se em regiões de elevadas latitudes. Quando um ciclone acontece no Oceano Pacífico ou no Índico, ele recebe o nome de Tufão. Já quando ele acontece no Oceano Atlântico, recebe o nome de Furacão.

Os tornados, por sua vez, são fenômenos também motivados pelo rápido deslocamento do vento em forma circular, porém em menores extensões, mas com uma capacidade destrutiva até maior, haja vista que os seus ventos podem chegar a 800 km/h! Eles são muito comuns no interior continental da América do Norte.

Inversão térmica

A inversão térmica é um fenômeno atmosférico localizado que se caracteriza pela inversão da posição das camadas de ar quente e frio, fazendo com que o ar encontre dificuldade para circular. É considerada um problema ambiental quando a sua manifestação acontece em ambientes urbanos, pois impede ou dificulta a dispersão dos poluentes enviados à atmosfera, gerando o acúmulo da poluição no espaço das cidades.

Sabemos que o ar frio sobe e o ar quente, mais denso, desce. Ao subir, o ar quente esfria, e o ar fio, ao descer, aquece-se e, posteriormente, sobe, provocando a ocorrência de um ciclo de movimentação do ar no sentido circular vertical. O problema é que, em dias mais frios, a superfície não consegue aquecer completamente o ar ao seu redor, por isso ele fica estacionado e não se movimenta, o que impede a circulação atmosférica local.

Efeito Estufa

O efeito estufa é o fenômeno atmosférico que garante a manutenção do calor na Terra através da reflexão e absorção dos raios solares. Resumidamente, alguns gases na atmosfera refletem parte da radiação solar recebida pelo planeta, e o restante bate na superfície e retorna para o ar, onde é novamente refletido, em partes, para a superfície em um processo contínuo. Caso não existisse o efeito estufa, estima-se que o planeta apresentaria temperaturas inferiores a -15ºC, o que dificultaria a existência de vida em razão da ausência de água na forma líquida.

Por ser um evento climático natural, o efeito estufa também pode ser considerado como um fenômeno atmosférico. No entanto, a sua intensificação vem sendo alvo da preocupação de muitos cientistas, que afirmam que, caso a poluição do ar continue ocorrendo, o efeito estufa poderá intensificar-se e elevar drasticamente as temperaturas da atmosfera no futuro.

El Niño e La Niña

O El Niño é um fenômeno atmosférico oceânico causado pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico nas proximidades da costa oeste do Peru e do Equador. Com isso, há um enfraquecimento dos ventos alíseos na região e um maior acúmulo de águas superficiais mais quentes, que liberam uma massa de ar mais aquecida e interferem no clima de várias partes do mundo. No Brasil, por exemplo, a estiagem do Nordeste eleva-se e as chuvas do Centro-Oeste e Sudeste são mais intensas.

O La Niña também é um fenômeno atmosférico oceânico que, assim como o El Niño, é cíclico, embora sua ocorrência seja menos frequente. Ocorre a partir do resfriamento anômalo das águas, fazendo com que outras resultantes climáticas ocorram, a maioria delas inversa aos efeitos do El Niño.

Publicado por Rodolfo F. Alves Pena
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