A correta utilização acerca dos termos “de o /do”

Referimo-nos a uma ocorrência linguística por demais corriqueira – ora retratada pelo emprego das expressões “de o” ou “do”. Qual forma se configura como a correta?
Mediante os enunciados em evidência, analisemos:

O fato de ele chegar causou estranheza em todos... Ou o fato dele chegar causou estranheza em todos.



Apesar de ela não fazer parte dos convidados, convidei-a para entrar... Ou apesar dela não fazer parte dos convidados, convidei-a para entrar.


O fato é que quando analisamos o sujeito dessas orações, constatamos:

No que se refere ao primeiro enunciado – Quem chegou causando estranheza a todos? Ele.


Quanto ao segundo – Quem não fazia parte dos convidados e mesmo assim entrou? Ela.


Assim sendo, ocorre um fator de ordem gramatical, ou seja, segundo os pressupostos gramaticais, não se recomenda contrair a preposição “de” com os artigos “o” e “a” ou com pronomes (sejam pessoais ou demonstrativos – ele/ela, aquele/aquela, este/esta) quando eles constituírem sujeito de oração infinitiva, já que a preposição rege somente o verbo, não o sujeito.

Contudo, há renomados autores que discordam, visto que para eles o uso constituído pela referida contração implica em uma construção mais natural, agradável, em termos sonoros. Segundo a concepção destes, para evitar superficialismos linguísticos, devemos optar pela contração do de com os artigos.

Enfim, voltemos, pois, às construções supracitadas que, teoricamente, se evidenciariam da seguinte forma:

 

Publicado por Vânia Maria do Nascimento Duarte
Filosofia
Educação e Cultura
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