Ansiedade

Ansiedade é um termo usado para definir um sentimento de apreensão, angústia, incerteza ou desconforto diante de algo desconhecido, estranho ou de uma situação que pode constituir uma ameaça. A ansiedade, geralmente, é acompanhada de sintomas físicos, como taquicardia, dificuldade de respirar e sudorese.

Quadros de ansiedade podem ocorrer durante a vida, entretanto, quando são exagerados ou desproporcionais e interferem de modo negativo na vida normal do indivíduo, dizemos que se trata de ansiedade patológica (transtornos de ansiedade).

Os transtornos de ansiedade necessitam de tratamento específico, sendo comumente utilizada uma combinação de medicamentos e psicoterapia. Dentre os transtornos de ansiedade que acometem a população, podemos citar o transtorno de ansiedade generalizada, os transtornos fóbicos e o transtorno de estresse pós-traumático.

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O que é ansiedade?

A ansiedade pode ser definida como um sentimento desagradável de apreensão, angústia, tensão, medo, incerteza ou desconforto diante de alguma situação que pode constituir uma ameaça ou de uma situação desconhecida ou estranha. A ansiedade também provoca sintomas físicos, como taquicardia e tonturas, e desencadeia alterações comportamentais.

A ansiedade pode estar presente em diferentes momentos da nossa vida. O início em um novo emprego ou problemas financeiros, por exemplo, podem servir de gatilhos para uma crise de ansiedade. Entretanto, é preciso estar atento a algumas situações, quando a ansiedade surge sem um motivo claro ou com uma magnitude desproporcional.

A ansiedade pode provocar, entre outros sintomas, falta de ar e sensação de aperto no peito.

Quando a ansiedade ocorre de maneira exagerada, afetando a qualidade de vida de uma pessoa ou mesmo impedindo-a de realizar suas atividades diárias, dizemos que estamos diante de uma quadro patológico (transtornos de ansiedade).

De maneira geral, podemos diferenciar a ansiedade normal da patológica analisando questões como a duração dos sintomas e se estes surgem em decorrência de um estímulo daquele momento. Se a ansiedade não causar sofrimento ou prejuízo à vida do indivíduo, não se trata de um caso patológico.

Não se conhece ao certo quais fatores levam ao desenvolvimento da ansiedade patológica, entretanto, sabe-se que sua causa é multifatorial, envolvendo tanto fatores genéticos quanto neurobiológicos e ambientais. No que diz respeito aos fatores ambientais, podemos destacar situações estressantes durante a vida, como violências, abusos e doenças.

Vale destacar, ainda, que o uso de algumas substâncias, como medicamentos e drogas ilícitas, pode causar ansiedade. Nesses casos, no entanto, não se considera um transtorno de ansiedade.

Sintomas da ansiedade

Durante uma crise de ansiedade, vários sintomas podem ser percebidos pelo indivíduo.

Nesse sentido, é comum o relato de taquicardia, dores de cabeça, sudorese, falta de ar, sensação de aperto no peito, respiração ofegante, boca seca, náusea, e diarreia. A irregularidade do sono e a tensão muscular podem também serem observadas.

No que diz respeito aos sintomas psíquicos, a ansiedade pode causar insegurança, irritabilidade, apreensão, medo, inquietação e dificuldade de concentração, por exemplo.

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Transtornos de ansiedade

Os transtornos de ansiedade (ansiedade patológica) caracterizam-se por desencadear sintomas mais intensos do que aqueles apresentados durante crises de ansiedade normais que ocorrem na nossa vida.

Nessas situações, as preocupações, as tensões e o medo, por exemplo, aparecem de maneira desproporcional diante da realidade vivida. Vale destacar que, nos casos de transtornos de ansiedade, o indivíduo reconhece que seus sentimentos não são justificados diante do que está sendo vivido, porém não consegue ter controle de seus sintomas.

De acordo com a Organização Pan Americana da Saúde, os distúrbios relacionados à ansiedade afetam 9,3% (18.657.943) das pessoas que vivem no Brasil. A seguir, vamos conhecer alguns deles:

Os transtornos de ansiedade afetam negativamente a qualidade de vida de um indivíduo, podendo provocar até mesmo quadros de insônia.
  • Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): inicia-se, geralmente, na infância e manifesta-se como uma preocupação excessiva, difícil de ser controlada, diante de eventos comuns da sua vida, como trabalho e desempenho na escola. A preocupação excessiva pode ser acompanhada de sintomas físicos, como tensão muscular, taquicardia, insônia e dificuldade para relaxar. É comum a pessoa sentir-se como se estivesse “no seu limite”.

  • Transtornos fóbicos: incluem-se a agorafobia, a fobia específica e a fobia social.

    • Agorafobia: o indivíduo, nesse caso, teme ficar em locais onde não possa escapar ou não consiga socorro caso sinta algum mal-estar. A pessoa evita estar, por exemplo, em locais fechados ou locais muito cheios.

    • Fobia específica: o indivíduo apresenta um medo irracional diante de objetos, animais ou algumas situações específicas. Apesar de saber que aquelas situações não representam um grande perigo, ao vivenciá-las o indivíduo desenvolve sintomas ansiosos. Uma pessoa que apresenta medo de baratas, por exemplo, pode desenvolver uma crise ao encontrar esse animal, mesmo sabendo que ele não causa nenhum risco real a ela.

    • Fobia social: o indivíduo desenvolve sintomas ansiosos ao enfrentar situações que envolvam desempenho diante de outras pessoas, ou seja, está relacionado a situações sociais. Apresentar um trabalho em frente a uma sala de aula lotada, por exemplo, pode desencadear a ansiedade.

  • Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): observa-se que o indivíduo apresenta pensamentos, sentimentos ou ideias invasivas, angustiantes e recorrentes (obsessões), os quais, geralmente, estão associados com a ansiedade. Nesse quadro, é comum surgirem as compulsões, que são comportamentos repetitivos e padronizados realizados pelo indivíduo como uma forma de amenizar o mal-estar gerado pelas obsessões. Uma pessoa pode, por exemplo, ter como obsessão a preocupação com germes e doenças e desenvolver a compulsão por lavar excessivamente as mãos ou tomar vários banhos durante o dia. Quando determinada compulsão não é realizada, o paciente entra em um estado de grande ansiedade.

  • Transtorno de pânico: o indivíduo apresenta ataques de pânico, que podem ser definidos como um conjunto de várias manifestações de ansiedade que se iniciam de maneira súbita e terminam após um tempo relativamente curto, sendo, portanto, de duração limitada. A pessoa pode apresentar, por exemplo, sensação de sufocamento, taquicardia, sudorese, e sensação de perda de controle e de morte iminente.

  • Transtorno de estresse pós-traumático: surge após algum acontecimento traumático. Esse evento então passa a ser revivido frequentemente, trazendo sofrimento ao indivíduo. O sono e o relacionamento social podem ser afetados.

Caso queira saber mais sobre esses tipos de agravamento da ansiedade, leia nosso texto: Transtornos de ansiedade.

Tratamento dos transtornos de ansiedade

Os transtornos de ansiedade são tratados de diferentes maneiras, no entanto, geralmente incluem uso de medicamentos e psicoterapia. Os medicamentos devem ser tomados de maneira rigorosa, seguindo a quantidade e os horários estabelecidos pelo médico.

É importante deixar claro que cada paciente é único e que cada caso é distinto do outro, portanto, as doses e o tipo de medicamento indicado para um paciente não necessariamente serão os mesmos indicados para outro. No que diz respeito à psicoterapia, ela poderá ser realizada com um psicólogo ou um médico psiquiatra.

Leia também: O que são doenças, síndromes e transtornos?

Como posso evitar crises de ansiedade?

A ansiedade pode desencadear uma série de sintomas físicos e psicológicos que afetam negativamente nosso dia a dia. Crises de ansiedade são comuns no decorrer da nossa vida, entretanto, em algumas pessoas, elas podem representar algum transtorno, sendo, nesse último caso, necessária atenção médica. Algumas medidas simples, no entanto, podem ajudar a reduzi-las. Veja algumas dicas a seguir:

  • Realize atividades físicas;

  • Mantenha uma alimentação saudável;

  • Não faça uso de álcool e drogas ilícitas;

  • Aprenda técnicas para o controle de sua respiração;

  • Organize sua rotina;

  • Evite pensamentos negativos;

  • Procure evitar situações que provocam estresse.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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