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Vacina BCG

Vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é uma importante vacina que é aplicada em dose única em crianças de até cinco anos, conferindo proteção contra tuberculose.
A vacina BCG deve ser aplicada, preferencialmente, logo após o nascimento.
A vacina BCG deve ser aplicada, preferencialmente, logo após o nascimento.

 A vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é uma vacina contra a tuberculose, uma doença infectocontagiosa que ataca principalmente os pulmões, podendo acometer também outros órgãos. A vacina protege, principalmente, contra as formas mais graves da doença, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar.

Em relação à tuberculose pulmonar, estudos mostram resultados variados em relação à efetividade da vacina. A vacina BCG é produzida de uma bactéria encontrada em bovinos que se chama Mycobacterium bovis, muito semelhante à Mycobacterium tuberculosis, responsável pela tuberculose em seres humanos.

Leia também: 17 de outubro – Dia Nacional da Vacinação

Resumo sobre vacina BCG

  • Começou a ser utilizada em 1921.

  • Garante proteção contra as formas mais graves de tuberculose, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar.

  • Pode levar à formação de uma cicatriz vacinal. A ausência de cicatriz não indica necessidade de revacinação.

  • Atualmente é indicada para crianças de até cinco anos e contatos intradomiciliares de pacientes com hanseníase.

  • É oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde.

Passado e presente da vacina BCG

A vacina foi desenvolvida por Camille Guérin e Albert Calmette, na França, e começou a ser produzida em 1921. Inicialmente, a BCG era administrada oralmente, e somente a partir de 1968 começou a ser aplicada via intradérmica no Brasil. Ela é injetada no braço da criança, na parte inferior de uma região chamada de deltoideana. Vale destacar que a vacina BCG é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde.

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Quem deve tomar a vacina BCG?

A vacina BCG faz parte do Calendário Básico de Vacinação e deve ser administrada o mais precocemente possível, de preferência antes de o bebê deixar a maternidade. É importante destacar que, para os recém-nascidos receberem a vacina, eles devem apresentar um peso igual ou maior que dois quilos e estarem em perfeitas condições de saúde. A vacina é disponibilizada para crianças de até quatro anos, 11 meses e 29 dias e também é indicada para contatos intradomiciliares de pacientes com hanseníase.

Por muito tempo no Brasil foi recomendada a segunda dose para a BCG em razão do declínio no seu efeito protetor. Entretanto, um estudo, realizado em Salvador e em Manaus, demonstrou que não havia necessidade de um reforço porque a proteção conferida pela segunda dose era tão sutil que não justificava uma nova aplicação.

Vale salientar que anteriormente também se recomendava a revacinação de casos em que a cicatriz vacinal não se formava. Entretanto, em concordância com a posição da Organização Mundial da Saúde, em um documento publicado em 2018, o Brasil passou a não revacinar crianças que receberam a vacina BCG, porém não desenvolveram cicatriz vacinal. De acordo com a OMS, a falta de cicatriz não indica ausência de proteção, e estudos sugerem que há pouco ou nenhuma evidência de benefício da repetição da vacinação.

Foto de um braço marcado com a cicatriz da vacina BCG, indicada com um dedo.
É comum que a vacina BCG deixe uma cicatriz vacinal. [1]

A vacina BCG é contraindicada para pessoas imunodeprimidas e gestantes. A vacinação deve ser adiada em pessoas hospitalizadas com comprometimento do estado geral.

Para que serve a vacina BCG?

A vacina BCG é recomendada para prevenir formas graves de tuberculose. A vacina apresenta uma proteção de mais de 80% contra as formas graves e disseminadas da doença, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar. No que diz respeito à tuberculose pulmonar, sua eficácia é bastante variável, indo de zero a 80%, além de apresentar diferenças entre os países.

Saiba mais: Vacina contra a gripe – previne contra a infecção por alguns vírus Influenza

Efeitos adversos da vacina BCG

Após a aplicação da vacina, surge uma pequena lesão, que inicialmente se apresenta como uma mancha arroxeada e dá origem a uma pápula, que é uma elevação sólida da pele. Após cerca de um mês, a pápula regride e origina uma úlcera, que forma uma cicatriz. Caso a lesão fique muito grande e com grande quantidade de pus, é necessário procurar o médico. Além do surgimento da cicatriz, outros efeitos adversos da vacina podem surgir, como febre, dor de cabeça e dores musculares. São raros os casos de reações alérgicas graves.

Vacina BCG e covid-19

Com os casos de covid-19 aumentando em todo o mundo, vários estudos foram desenvolvidos a fim de se encontrar um medicamento que curasse a doença ou que garantisse alguma proteção contra o vírus. Em uma intensa corrida contra o tempo, começou-se a avaliar medicamentos e vacinas já disponíveis no mercado, como a vacina BCG.

Estudos sugeriram que a pandemia se comportava de maneira diferente em alguns países e a vacina BCG podia ter influência nesses resultados. Além disso, a vacina BCG confere proteção contra tuberculose na primeira década de vida, uma das faixas etárias menos acometidas pela covid-19. Muitos estudos ainda estão em andamento, porém, até o momento, não há evidências concretas que a vacina BCG confira proteção contra a covid-19.

Crédito da imagem

[1] Zay Nyi Nyi / Shutterstock.com 

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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