Vitamina K
A vitamina K é uma vitamina lipossolúvel relacionada com a coagulação sanguínea, sendo a letra K uma referência à palavra dinamarquesa koagulation. Além de participar da coagulação sanguínea, ela faz parte do metabolismo ósseo e recentemente foi associada com a proteção contra o desenvolvimento de problemas neurodegenerativos.
A vitamina K pode ser encontrada nas formas de filoquinona (K1), dihidrofiloquinona (dK), menaquinona (K2) e menadiona (K3), sendo a K1 e a K2 as suas formas naturais. Vegetais folhosos verde-escuros, óleos e algumas frutas, como o kiwi, destacam-se como fontes de vitamina K.
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Resumo sobre vitamina K
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Vitamina K é lipossolúvel e encontrada em alimentos como brócolis, espinafre e rúcula.
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Pode ter as seguintes formas: filoquinona (K1), dihidrofiloquinona (dK), menaquinona (K2) e menadiona (K3).
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Sua forma predominante é a K1.
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Sua forma K2 é produzida por bactérias presentes no trato intestinal.
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Relaciona-se com o processo de coagulação sanguínea e também do metabolismo ósseo.
Vitamina K
A vitamina K é uma vitamina lipossolúvel descoberta, em 1929, por Henrik Dam. Esse pesquisador observou a presença de hemorragias em galinhas que tinham uma dieta livre de gorduras. Em 1935, esse pesquisador relatou que o sintoma era aliviado nesses animais por meio da ingestão de uma substância solúvel em gordura, a qual ele chamou de vitamina K. A letra K foi escolhida por ser a primeira letra da palavra dinamarquesa koagulation.
→ Formas da vitamina K
A vitamina K pode ser encontrada em quatro formas. Dessas, suas únicas formas naturais são a K1 e K2. Veremos cada uma de suas formas a seguir.
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Filoquinona (K1): é a forma principal dessa vitamina, podendo ser observada, principalmente, nos vegetais folhosos verdes.
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Dihidrofiloquinona (dK): é formada durante a hidrogenação comercial de óleos vegetais.
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Menaquinona (K2): é sintetizada por bactérias presentes no trato intestinal e está presente em produtos de origem animal e alimentos fermentados.
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Menadiona (K3): trata-se de um composto não encontrado naturalmente na natureza e que é convertido em vitamina K2 no intestino.
Ressalta-se que a vitamina K é absorvida no intestino delgado e é transportada pelas vias linfáticas. Para o máximo aproveitamento, as vitaminas K1 e K2 requerem bile e suco pancreático. A vitamina K é rapidamente catabolizada e excretada pelo fígado, por meio, principalmente, da bile.
As reservas hepáticas da vitamina K acabam-se rapidamente em pessoas que têm dieta pobre nessa substância. Independentemente da dose de vitamina consumida, 20% dela são excretados pela urina em três dias, enquanto 40-50% são eliminados nas fezes.
Funções da vitamina K
A vitamina K atua como cofator para a carboxilação do ácido glutâmico (Glu), transformando-o em ácido gamacarboxiglutâmico (Gla), um aminoácido presente nos fatores de coagulação. Essa reação é essencial para o processo de coagulação sanguínea, função mais conhecida atribuída a essa vitamina.
Além disso, o Gla está presente em vários órgãos e tecidos do corpo humano, nos quais atua em diferentes processos. Assim sendo, sugere-se que a vitamina K está relacionada também com outras funções, como o metabolismo ósseo.
Recentemente, um estudo, realizado por pesquisadores de uma universidade na Arábia Saudita, demonstrou que há evidências de que a vitamina K atua na proteção contra declínios cognitivos, como aqueles associados a demências.
O estudo, apresentado no encontro anual da Associação Americana de Anatomia em abril de 2022, ainda não foi publicado e foi conduzido com camundongos. Apesar de mais estudos serem necessários, a pesquisa traz esperança na luta contra doenças como o Alzheimer.
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Deficiência de vitamina K
A hipovitaminose K pode levar ao desenvolvimento de quadros hemorrágicos e não é comum em indivíduos adultos, uma vez que a vitamina K é encontrada em diferentes alimentos de origem vegetal, e sua síntese ocorre normalmente pela flora intestinal. Entretanto, apesar de não ser comum, ela pode ocorrer.
Dentre as causas de deficiência de vitamina K, podemos citar a baixa ingestão de vitaminas associada a: uso de certos medicamentos; nutrição parental total durante longos períodos; síndrome de má absorção e obstrução biliar; e megadoses de vitaminas A e E, que antagonizam a vitamina K.
Diferentemente de adultos, recém-nascidos apresentam chance aumentada de desenvolver tal hipovitaminose. Essa chance aumentada se relaciona com fatores como o intestino do recém-nascido ser estéril, o transporte da vitamina pela placenta ser ineficiente e o leite não apresentar doses tão altas de vitamina K. Essas características podem levar o recém-nascido a desenvolver a chamada doença hemorrágica do recém-nascido, que desencadeia sangramentos anormais.
Onde a vitamina K pode ser encontrada?
A vitamina K está presente tanto em alimentos de origem animal quanto em alimentos de origem vegetal. A vitamina K é observada, principalmente, em óleos vegetais e hortaliças de folhas verde-escuras. No grupo dos vegetais folhosos, podemos citar como alimentos ricos em vitamina K: espinafre, brócolis, couve, acelga e alguns tipos de alface.
Nos óleos vegetais, a vitamina está presente nos óleos de soja, oliva e canola. Podemos encontrar consideráveis teores de vitamina K também em frutas como kiwi, figo e ameixa. Podemos observar a presença da vitamina, em menores concentrações, em raízes, ovos e outros produtos de origem animal.