A correta utilização acerca dos termos “de o /do”
Referimo-nos a uma ocorrência linguística por demais corriqueira – ora retratada pelo emprego das expressões “de o” ou “do”. Qual forma se configura como a correta?
Mediante os enunciados em evidência, analisemos:
O fato de ele chegar causou estranheza em todos... Ou o fato dele chegar causou estranheza em todos.
Apesar de ela não fazer parte dos convidados, convidei-a para entrar... Ou apesar dela não fazer parte dos convidados, convidei-a para entrar.
O fato é que quando analisamos o sujeito dessas orações, constatamos:
No que se refere ao primeiro enunciado – Quem chegou causando estranheza a todos? Ele.
Quanto ao segundo – Quem não fazia parte dos convidados e mesmo assim entrou? Ela.
Assim sendo, ocorre um fator de ordem gramatical, ou seja, segundo os pressupostos gramaticais, não se recomenda contrair a preposição “de” com os artigos “o” e “a” ou com pronomes (sejam pessoais ou demonstrativos – ele/ela, aquele/aquela, este/esta) quando eles constituírem sujeito de oração infinitiva, já que a preposição rege somente o verbo, não o sujeito.
Contudo, há renomados autores que discordam, visto que para eles o uso constituído pela referida contração implica em uma construção mais natural, agradável, em termos sonoros. Segundo a concepção destes, para evitar superficialismos linguísticos, devemos optar pela contração do de com os artigos.
Enfim, voltemos, pois, às construções supracitadas que, teoricamente, se evidenciariam da seguinte forma: