Perda ou perca?
As palavras “perca” e “perda” são parônimas, ou seja, a grafia e pronúncia são semelhantes. Por esse motivo, há muita confusão quando empregadas. Para não confundir as duas palavras em questão, devemos nos atentar ao significado de ambas. Vejamos, então, o sentido de cada uma.
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Resumo sobre perca ou perda
- “Perda” e “perca” são palavras com grafias e pronúncias semelhantes, ou seja, são parônimas.
- “Perda” é um substantivo feminino e remete ao ato de perder algo ou de perder-se de algo.
- “Perca” pode ser primeira pessoa no singular do presente do subjuntivo do verbo “perder”; terceira pessoa do imperativo de “perder”; ou terceira pessoa no singular do presente do subjuntivo de “perder”.
Videoaula sobre perca ou perda?
Quando se usa “perda”?
“Perda” é um substantivo que significa privar-se (desapossar, excluir) de alguém ou de algo que se tinha.
Exemplos:
Esse ano houve perda de qualidade em relação ao ano passado.
Joana está triste, pois a perda da tia a abalou muito.
Quando se usa “perca”?
“Perca” é uma forma verbal, ou seja, flexão do verbo “perder”. Aparece na primeira e terceira pessoas do singular do presente do subjuntivo e na 3ª pessoa do singular do imperativo.
Exemplos:
Não perca essa oportunidade de jeito nenhum! (3ª pessoa do singular do imperativo)
Você não quer que eu perca essa oportunidade, não é mesmo? (1ª pessoa do singular do presente do subjuntivo)
Não quero que ele perca essa chance! (3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo)
Quando não usar “perda” ou “perca”?
São muito comuns as construções:
- Não quero que ela perda sua vaga.
- Ver esse programa é perca de tempo.
Essas orações estão incorretas, baseado no que vimos acima. Na primeira oração, seria “perca”, pois a segunda oração desse período (que ela perda sua vaga) está no presente do subjuntivo e exige um verbo. O certo seria: “Não quero que ela perca sua vaga”.
Já na segunda oração, seria “perda”, pois o sentido é de privação, alguém está perdendo o tempo que tinha ao ver o programa.
Apesar dessas orações usuais estarem incorretas, seu uso na língua coloquial é justificável, já que são muito parecidas.