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Deodoro da Fonseca

Deodoro da Fonseca foi um militar que teve envolvimento com o golpe que derrubou a monarquia e se transformou no primeiro presidente do Brasil.
Deodoro da Fonseca
O marechal Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente do Brasil, governando entre os anos de 1889 e 1891.

O marechal Deodoro da Fonseca foi um militar brasileiro — um dos mais importantes de todo o século XIX — que ficou conhecido por ter sido o primeiro presidente do Brasil, governando nosso país de 1889 a 1891. O governo de Deodoro da Fonseca, no entanto, ficou marcado pela postura intransigente do presidente e por suas disputas com o Congresso Nacional.

Oriundo de uma família tradicionalmente de militares, Deodoro da Fonseca ingressou no exército na década de 1840, tendo uma longa carreira militar e sendo promovido diversas vezes. Fez parte do golpe que derrubou a monarquia em 15 de novembro de 1889, atuando na prisão do chefe do Gabinete Ministerial.

Leia também: Constituição de 1891 — a primeira a ser elaborada na república brasileira

Resumo sobre Deodoro da Fonseca

  • Deodoro da Fonseca era filho de um militar, e todos os seus irmãos seguiram a carreira militar.

  • Ingressou na carreira militar no Rio de Janeiro em 1843.

  • Foi promovido diversas vezes em sua carreira, alcançando a patente de marechal em 1887.

  • Participou de acontecimentos importantes, como a Revolução Praieira e a Guerra do Paraguai.

  • Teve envolvimento no golpe que derrubou a monarquia e foi escolhido o primeiro presidente do Brasil.

Juventude de Deodoro da Fonseca

Manuel Deodoro da Fonseca nasceu no dia 5 de agosto de 1827, sendo originário de Marechal Deodoro, cidade localizada no estado de Alagoas. Na ocasião do seu nascimento, a cidade se chamava Alagoas da Lagoa (o nome dela foi alterado no ano de 1939). O jovem Deodoro da Fonseca pertencia a uma família de grande tradição militar.

O pai de Deodoro da Fonseca era um militar, chamado Manuel Mendes da Fonseca Galvão, e todos os seus irmãos foram militares. A mãe de Deodoro era uma mulher chamada Rosa Maria Paulina da Fonseca. Em 1842, a família de Deodoro decidiu mudar-se para o Rio de Janeiro, local onde Deodoro realizou sua formação educacional e militar.

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Carreira militar de Deodoro da Fonseca

Deodoro da Fonseca não fugiu à tradição militar e iniciou sua carreira em 1843, quando ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro. Em 1845 se tornou praça em um batalhão e em 1847 finalizou sua formação no curso de artilharia. Com essa formação, Deodoro se estabeleceu como um dos militares mais influentes do Brasil no século XIX.

Sua primeira grande experiência enquanto militar foi atuar na Revolução Praieira como parte das tropas que foram enviadas para Pernambuco a fim de derrotar a rebelião dos liberais naquela província. Ele participou de três batalhas e foi promovido durante essa revolta, controlada pelo governo de maneira definitiva em 1850.

Antes da Guerra do Paraguai, foi enviado para atuar como militar na Bahia, em Pernambuco e no Rio de Janeiro. Um pouco antes do conflito, Deodoro da Fonseca participou da expedição militar que invadiu o Uruguai na disputa política entre blancos e colorados (aliados do Brasil).

Em 1864, a Guerra do Paraguai teve início, e a carreira militar de Deodoro da Fonseca evoluiu exponencialmente. Ele foi enviado para atuar na Guerra do Paraguai somente no começo de 1865 e ao longo desse conflito foi promovido de patente três vezes, se tornando major, tenente-coronel e, posteriormente, coronel.

Deodoro da Fonseca retornou ao Brasil somente em julho de 1870, meses depois do término da Guerra do Paraguai. Recebeu uma condecoração durante o conflito e quando a guerra se encerrou, foi nomeado para atuar em diversos cargos em diferentes partes do Brasil. Atuou em locais como Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, cumprindo diferentes funções.

Foi promovido a brigadeiro em 1874 e se tornou marechal em 1887. Assumiu o comando do Clube Militar, como seu primeiro presidente. Além disso, foi presidente da província do Rio Grande do Sul no ano de 1886. Na década de 1880, o marechal Deodoro da Fonseca era o nome mais popular do exército brasileiro.

Leia também: Marechal Rondon — militar e sertanista que atuou na integração do oeste e norte do Brasil

Deodoro da Fonseca na proclamação da República

Ao final do século XIX, a monarquia estava enfraquecida no Brasil, enquanto o republicanismo ganhava força no país, inclusive nos meios militares. A proclamação da República aconteceu em 15 de novembro de 1889, sendo concretizada por meio de um golpe político que contou com o envolvimento do marechal Deodoro da Fonseca.

Em 1889, o movimento pela derrubada da monarquia estava bastante avançado, e um golpe era articulado por defensores da república. Em novembro de 1889, o golpe contra o imperador d. Pedro II estava prestes a acontecer, mas as lideranças desse movimento queriam a adesão de um militar bastante importante no período: o marechal Deodoro da Fonseca.

Deodoro era defensor da monarquia e era um amigo próximo de d. Pedro II. Ainda assim, ele foi convencido a apoiar o movimento quando a ocasião chegasse, mas esse convencimento se deu por meio de notícias falsas, como a notícia de que ele seria preso por ordem do visconde de Ouro Preto, chefe do Gabinete Ministerial.

No dia 15 de novembro, o marechal Deodoro da Fonseca liderou tropas que prenderam e anunciaram a demissão do visconde de Ouro Preto. A proclamação da República só aconteceu no final desse dia, após uma série de articulações políticas na capital, a cidade do Rio de Janeiro. Oficialmente, a declaração foi realizada por um vereador chamado José do Patrocínio.

O imperador d. Pedro II se recusou a resistir ao golpe, a família real foi expulsa do Brasil e um governo provisório se estabeleceu em nosso país.

Governo de Deodoro da Fonseca

A posição de Deodoro da Fonseca como um dos militares mais importantes do Brasil e seu envolvimento no golpe que derrubou a monarquia fez com que ele fosse convidado a assumir provisoriamente a presidência do país. Na teoria, ele seria presidente para realizar as mudanças iniciais e até a promulgação de uma nova Constituição.

O governo provisório de Deodoro da Fonseca consolidou uma série de mudanças, estabeleceu uma nova equipe para atuar no governo e trabalhou para promulgar a Constituição de 1891. Entre as mudanças consolidadas estavam o sufrágio universal masculino, a adoção do presidencialismo federalista e a adoção do Estado laico.

Com a Constituição de 1891, Deodoro da Fonseca foi reeleito para um mandato constitucional que se estenderia até o ano de 1894. O governo dele foi bastante agitado pelas disputas entre o grupo defensor de Deodoro e o grupo que defendia o vice-presidente, Floriano Peixoto. Além disso, o marechal Deodoro da Fonseca não respeitava a divisão dos poderes e tentava intervir frequentemente no trabalho do Legislativo.

O desgaste de Deodoro da Fonseca com o Congresso Nacional se estendeu por todo o ano de 1891, mas o presidente deu demonstrações de que não cederia. Em novembro de 1891, ele decidiu ordenar o fechamento do Congresso Nacional, e isso gerou uma grande reação por grupos civis e militares contra o seu governo.

O presidente teve de lidar com greves no Rio de Janeiro, e um grande motim se iniciou na armada (nome para a marinha no período). Os membros da armada invadiram navios e ameaçaram atacar o Rio de Janeiro caso o presidente não renunciasse. Para evitar que uma guerra civil começasse, Deodoro da Fonseca renunciou em 23 de novembro de 1891. Ele foi sucedido pelo seu vice, Floriano Peixoto.

Leia também: Vice-presidentes que assumiram o governo do Brasil

Morte de Deodoro da Fonseca

O marechal Deodoro da Fonseca faleceu no dia 23 de agosto de 1892, na cidade do Rio de Janeiro. A morte dele se deu em consequência do declínio do seu estado de saúde nos últimos anos de sua vida.

Publicado por Daniel Neves Silva

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