Presidentes do Brasil
Presidentes do Brasil são os 36 indivíduos que estiveram à frente da presidência ao longo de mais de 100 anos de república, alguns deles em mais de um momento, totalizando assim 41 presidências e 39 mandatos. O sistema eleitoral atual brasileiro estipula que a população elege os presidentes por meio do seu direito ao voto e que o mandato de um presidente tem quatro anos de duração, com possibilidade para uma reeleição, mas nem sempre foi assim.
Ao longo da história republicana, quem mais tempo governou o país foi Getúlio Vargas, com uma presidência de quase 15 anos. O primeiro presidente da república foi o marechal Deodoro da Fonseca, que governou entre os anos de 1889 e 1891, e o presidente com o mandato mais curto foi Carlos Luz, que governou três dias. A seguir, uma lista com todos os presidentes do Brasil e um pouco sobre seus governos.
Saiba mais: Vice-presidentes que assumiram o governo do Brasil
Lista com todos os presidentes que o Brasil já teve
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Deodoro da Fonseca (1889-1891)
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Floriano Peixoto (1891-1894)
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Prudente de Morais (1894-1898)
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Campos Sales (1898-1902)
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Rodrigues Alves (1902-1906)
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Afonso Pena (1906-1909)
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Nilo Peçanha (1909-1910)
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Hermes da Fonseca (1910-1914)
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Venceslau Brás (1914-1918)
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Delfim Moreira (1918-1919)
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Epitácio Pessoa (1919-1922)
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Artur Bernardes (1922-1926)
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Washington Luís (1926-1930)
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Getúlio Vargas (1930-1945)
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José Linhares (1945-1946)
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Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)
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Getúlio Vargas (1951-1954)
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Café Filho (1954-1955)
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Carlos Luz (1955)
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Nereu Ramos (1955-1956)
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Juscelino Kubitschek (1956-1961)
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Jânio Quadros (1961)
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Ranieri Mazzilli (1961)
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João Goulart (1961-1964)
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Ranieri Mazzilli (1964)
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Humberto Castelo Branco (1964-1967)
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Artur da Costa e Silva (1967-1969)
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Emílio Médici (1969-1974)
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Ernesto Geisel (1974-1979)
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João Figueiredo (1979-1985)
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José Sarney (1985-1990)
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Fernando Collor de Melo (1990-1992)
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Itamar Franco (1992-1995)
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Fernando Henrique Cardoso (1995-2003)
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Lula (2003-2011)
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Dilma Rousseff (2011-2016)
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Michel Temer (2016-2019)
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Jair Bolsonaro (2019-2022)
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Lula (2023-)
Deodoro da Fonseca (1889-1891)
O marechal Deodoro da Fonseca (Manoel Deodoro da Fonseca) foi o primeiro presidente brasileiro, sendo escolhido para um governo provisório e depois eleito indiretamente para um governo que deveria se estender até 1894.
Durante o seu governo foi elaborada a primeira Constituição republicana do Brasil. Acumulou atritos com o Legislativo e renunciou depois de tentar um golpe.
Floriano Peixoto (1891-1894)
Floriano Peixoto (Floriano Vieira Peixoto) foi o vice de Deodoro da Fonseca que assumiu a presidência depois que o presidente renunciou. Não poderia ter assumido de maneira definitiva porque a Constituição de 1891 determinava a necessidade de nova eleição presidencial. Acabou ocupando o cargo como parte de um acordo político. Durante o seu governo, reprimiu a Segunda Revolta da Armada e a Revolução Federalista.
Prudente de Morais (1894-1898)
Prudente de Morais (Prudente José de Morais Barros) foi o primeiro civil a assumir a presidência do Brasil e o primeiro a ser eleito pelo voto popular. Assumiu o cargo sem qualquer tipo de auxílio do governo de Floriano Peixoto, que não desejava transmitir o poder para o paulista.
Durante o seu governo, as tropas do exército foram enviadas para o interior da Bahia para lutar contra os sertanejos no que ficou conhecido como Guerra de Canudos.
Campos Sales (1898-1902)
Campos Sales (Manoel Ferraz de Campos Sales) era um representante da elite cafeeira de São Paulo e seu governo ficou marcado por uma série de medidas de austeridade visando à recuperação econômica do país.
Nesse governo também se desenvolveu o acordo político mais tradicional da Primeira República, a política dos governadores, conhecida também como política dos estados, em que governos federal e estaduais faziam um esquema de troca de favores.
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Rodrigues Alves (1902-1906)
Rodrigues Alves (Francisco de Paula Rodrigues Alves), em seu governo, teve como grande destaque o projeto de modernização da capital do Brasil, na época, a cidade do Rio de Janeiro. Essa modernização era urbanística mas também sanitária e contou com uma reforma estrutural no centro da cidade e com uma campanha de vacinação obrigatória contra varíola. A violência desses processos resultou em uma revolta popular conhecida como Revolta da Vacina, acompanhada por uma tentativa fracassada de golpe militar.
Afonso Pena (1906-1909)
Afonso Pena (Afonso Augusto Moreira Pena) representava a oligarquia mineira, e, durante o seu governo, houve forte incentivo à construção de ferrovias e de telégrafos como forma de conectar as regiões litorâneas ao interior do país. Seu governo foi interrompido precocemente porque o presidente faleceu em 1909, em decorrência de uma pneumonia.
Nilo Peçanha (1909-1910)
Nilo Peçanha (Nilo Procópio Peçanha) era o vice-presidente de Afonso Pena e assumiu a presidência por conta do falecimento do presidente, em junho de 1909. Foi o primeiro presidente com traços de miscigenação, e o seu governo teve uma breve duração que o tornou inviável em termos de grandes iniciativas.
Hermes da Fonseca (1910-1914)
Hermes da Fonseca (Hermes Rodrigues da Fonseca) foi eleito com o discurso de trazer moralidade à política brasileira, controlada pelo já tradicional esquema estabelecido por Campos Sales.
Seu governo tentou desmantelar o domínio das oligarquias à força e usando o autoritarismo militar para intervir nos arranjos da política brasileira. Dois grandes acontecimentos que marcaram seu mandato foram a Revolta da Chibata e a Guerra do Contestado.
Venceslau Brás (1914-1918)
Venceslau Brás (Venceslau Brás Pereira Gomes) foi eleito como parte da aliança entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais para colocar fim na aventura política de Hermes da Fonseca.
Grandes eventos internacionais agitaram o governo de Venceslau Brás, em especial a Primeira Guerra Mundial, com tímida participação brasileira. Seu governo também presenciou a Greve Geral de 1917 e os efeitos nefastos da gripe espanhola — que causou 35 mil mortes no Brasil.
Delfim Moreira (1918-1919)
Delfim Moreira (Delfim Moreira da Costa Ribeiro) foi eleito vice-presidente de Rodrigues Alves, mas assumiu temporariamente o governo do país devido ao falecimento do presidente. Foi rapidamente substituído depois que uma nova eleição presidencial ocorreu no Brasil, conforme previa a Constituição de 1891. Ficou conhecido por ter problemas mentais que afetavam o seu comportamento.
Epitácio Pessoa (1919-1922)
Epitácio Pessoa (Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa) foi eleito em cumprimento da Constituição de 1891, que demandava novas eleições em caso de morte ou renúncia do presidente nos dois primeiros anos do mandato.
Estava tão alheio da campanha eleitoral que sua vitória se deu sem ele ter pisado no Brasil durante todo o período eleitoral. Ela aconteceu porque as elites mineira e paulista queriam derrotar Rui Barbosa. Em seu governo, a crise das oligarquias começou ser evidenciada.
Saiba também: Semana de Arte Moderna — um importante evento cultural realizado durante o governo de Epitácio Pessoa
Artur Bernardes (1922-1926)
Artur Bernardes (Artur da Silva Bernardes) teve um governo bastante agitado, pois contou com o surgimento do tenentismo e a oposição sistemática dos jovens tenentes do Exército Brasileiro.
O ódio dos tenentes a Artur Bernardes se explicava pelo episódio das cartas falsas, em que cartas criticando os militares e Nilo Peçanha foram atribuídas a ele. Governou o país com estado de sítio decretado durante quase todo o seu mandato. O principal movimento de oposição a esse governo foi a Coluna Prestes.
Washington Luís (1926-1930)
Washington Luís (Washington Luís Pereira de Sousa) foi o último presidente da Primeira República e teve o final de seu governo antecipado graças a um golpe por meio de um levante armado que recebeu o nome de Revolução de 1930. Esse golpe se formou porque o presidente desrespeitou o acordo com a oligarquia mineira para indicar Antônio Carlos de Andrada à presidência.
Getúlio Vargas (1930-1945)
Getúlio Vargas (Getúlio Dornelles Vargas) foi o presidente do Brasil mais longevo, governando o país por quase 15 anos ininterruptos. Claro que isso só foi possível por meio da centralização do poder e de um autogolpe que estendeu seu mandato.
Seu governo pode ser dividido nas seguintes fases: Governo Provisório (1930-34), Governo Constitucional (1934-37) e Estado Novo (1937-45). Renunciou à presidência após sofrer um ultimato dos militares em 1945. Para saber mais sobre seu governo, acesse: Era Vargas.
José Linhares (1945-1946)
José Linhares assumiu a presidência provisoriamente depois da deposição de Getúlio Vargas. Ficou no cargo por 94 dias e fez a transição do poder para Eurico Gaspar Dutra. Assumiu a função porque era o presidente do Supremo Tribunal Federal.
Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)
Eurico Gaspar Dutra foi o primeiro presidente do período conhecido como República de 1946. Seu governo contou com a promulgação da Constituição de 1946, teve uma política econômica liberal e se alinhou inteiramente com os interesses norte-americanos na Guerra Fria. Até por isso realizou uma intensa repressão a movimentos e partidos de esquerda, como o Partido Comunista Brasileiro.
Getúlio Vargas (1951-1954)
Getúlio Vargas retornou à presidência depois de vencer a eleição de 1950 e teve um dos governos mais agitados da história brasileira.
Sofreu intensa oposição da União Democrática Nacional (UDN), partido conservador e com atuação golpista que era contrário à influência de Vargas na política. Sobreviveu a um processo de impeachment em 1954, mas, devido à crise política, cometeu suicídio em 24 de agosto de 1954.
Café Filho (1954-1955)
Café Filho (João Fernandes Campos Café Filho) foi presidente brasileiro até novembro de 1955, quando foi afastado por conta de problemas cardiovasculares. Assumiu a presidência após o suicídio de Getúlio Vargas e ficou conhecido por apoiar de maneira sutil o golpe que estava sendo articulado pela UDN e parte dos militares para impedir a posse de Juscelino Kubitschek.
Carlos Luz (1955)
Carlos Luz (Carlos Coimbra da Luz) assumiu a presidência após o afastamento de Café Filho, pois era o presidente da Câmara dos Deputados. Também apoiou o golpe gestado pela UDN e, por isso, foi afastado da presidência três dias depois de assumi-la como efeito de um contragolpe organizado pelo ministro da Guerra, um militar chamado Henrique Teixeira Lott.
Nereu Ramos (1955-1956)
Nereu Ramos (Nereu de Oliveira Ramos) assumiu a presidência em consequência do Golpe Preventivo de 11 de Novembro, realizado por Henrique Teixeira Lott. Governou o Brasil por 81 dias, fazendo um governo de transição até a posse de Juscelino Kubitschek. Assumiu porque era o presidente do Senado Federal.
Juscelino Kubitschek (1956-1961)
Juscelino Kubitschek (Juscelino Kubitschek de Oliveira), em seu governo, teve como uma de suas grandes marcas o incentivo à industrialização do país. Estradas foram construídas e incentivos foram realizados para o crescimento da indústria de base e da indústria automobilística, por exemplo. Seu governo também foi o responsável pela construção de Brasília, nova e atual capital do Brasil, inaugurada em 1960.
Jânio Quadros (1961)
Jânio Quadros (Jânio da Silva Quadros) foi um político conservador que venceu a eleição de 1960, sendo o único da UDN a se tornar presidente do Brasil. Seu governo foi extremamente agitado, principalmente pelas medidas polêmicas do presidente e os atritos causados por ele com o Legislativo. Surpreendeu o país ao renunciar à presidência em 25 de agosto de 1961.
Ranieri Mazzilli (1961)
Ranieri Mazzilli (Pascoal Ranieri Mazzilli) foi o presidente temporário até a definição da crise política iniciada com a renúncia de Quadros. Assumiu o cargo por ser presidente da Câmara dos Deputados, governando por 13 dias.
João Goulart (1961-1964)
João Goulart (João Belchior Marques Goulart) assumiu a presidência após a renúncia de Jânio Quadros, mas só o fez após uma longa polêmica, pois os militares não queriam permitir sua posse.
Tentou implantar reformas estruturais no país que ficaram conhecidas como reformas de base, mas não teve força política para isso. Seu governo foi interrompido por um golpe civil-militar que deu início à Ditadura Militar.
Ranieri Mazzili (1964)
Ranieri Mazzilli teve um novo governo temporário enquanto presidente da Câmara dos Deputados, mas, dessa vez, em consequência do Golpe Civil-Militar de 1964. Foi novamente presidente por 13 dias.
Veja também: Ditadura militar chilena — estabelecida por meio de um golpe militar liderado por Augusto Pinochet
Humberto Castelo Branco (1964-1967)
Humberto Castelo Branco (Humberto de Alencar Castelo Branco) foi o primeiro presidente da Ditadura Militar, e, em seu governo, foram estabelecidas as primeiras ações autoritárias desse período. Houve expurgos entre os meios militares e entre os civis com o objetivo de “limpar” a sociedade de todos os opositores. Algumas leis que estabeleceram a repressão foram criadas nesse governo.
Artur da Costa e Silva (1967-1969)
Artur da Costa e Silva, em seu governo, teve como destaque a efetivação de medidas econômicas e desenvolvimentistas que tiveram grande importância no “milagre econômico”, o período do crescimento econômico artificial da ditadura.
O acirramento da ditadura também aconteceu nesse governo após o anúncio do Ato Institucional nº 5, o mais autoritário de todos os atos dos militares.
Emílio Médici (1969-1974)
Emílio Médici (Emílio Garrastazu Médici) teve um governo que coincidiu com o que ficou conhecido como os anos de chumbo da ditadura, quando a maior parte das mortes causadas pelos militares nessa época aconteceu.
Houve um grande crescimento econômico (a economia cresceu 14% em 1973), mas intenso controle sobre os salários dos trabalhadores.
Ernesto Geisel (1974-1979)
Ernesto Geisel (Ernesto Beckmann Geisel) era o presidente quando foi iniciada a “abertura controlada” da ditadura. Por meio dela, os militares ensaiavam uma abertura democrática do Brasil, mas desde que os rumos do país estivessem submetidos aos desejos e interesses deles. Ainda houve repressão, e foram registrados assassinatos de dezenas de opositores por ação de agentes do governo.
João Figueiredo (1979-1985)
João Figueiredo (João Baptista de Oliveira Figueiredo) foi o último governo da Ditadura Militar, também procurou exercer a abertura controlada, mas a sociedade brasileira não mais tolerava o autoritarismo militar. Assim, houve inúmeras demonstrações de oposição aos militares, com a população desejando resgatar direitos há muito retirados, como o de eleger o presidente do Brasil. Seu mandato contou com o início da crise econômica que seria estendida até meados da década de 1990.
José Sarney (1985-1990)
José Sarney (José Sarney de Araújo Costa) foi o primeiro governo civil depois de 21 anos de Ditadura Militar, escolhido via eleição presidencial indireta.
José Sarney foi eleito vice-presidente do Brasil e só assumiu porque o presidente eleito Tancredo Neves faleceu em abril de 1985, após ter sido internado às pressas, passando por cirurgias de emergência. Durante o governo Sarney foi promulgada a Constituição de 1988.
Fernando Collor de Melo (1990-1992)
Fernando Collor de Mello foi eleito presidente em 1989, a primeira votação direta em nosso país desde a eleição presidencial de 1960. Os destaques do governo Collor foram os planos econômicos fracassados, e que não conseguiram acabar com o problema da inflação, e o escândalo de corrupção que resultou em seu impeachment, em dezembro de 1992.
Itamar Franco (1992-1995)
Itamar Franco (Itamar Augusto Cautiero Franco) assumiu a presidência por conta do impeachment de Fernando Collor e porque havia sido eleito vice-presidente do Brasil.
Esse governo teve como grande feito o Plano Real, plano econômico responsável por resolver o problema da inflação no Brasil. Esse plano foi conduzido pela equipe econômica do governo, sob a liderança de Fernando Henrique Cardoso.
Fernando Henrique Cardoso (1995-2003)
Fernando Henrique Cardoso teve o seu caminho à presidência pavimentado pelo sucesso do Plano Real. Foi eleito em 1994 e reeleito em 1998, e, nas duas ocasiões, venceu a disputa no primeiro turno — único presidente na história até o momento que conseguiu esse feito.
Entregou o governo com graves problemas na economia e com críticas pela crise energética conhecida como “apagão”. Foi acusado de comprar parlamentares para aprovação de uma emenda constitucional.
Lula (2003-2011)
Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) conseguiu eleger-se presidente na quarta tentativa (foi derrotado nas eleições de 1989, 1994 e 1998).
O governo Lula é considerado um dos mais bem-sucedidos no aspecto econômico, sendo um período de consistente crescimento econômico mas também de medidas que realizaram distribuição de renda e reduziram a desigualdade social e a pobreza. Seu governo foi abalado por um escândalo de corrupção que recebeu o nome de “mensalão”.
Dilma Rousseff (2011-2016)
Dilma Rousseff (Dilma Vana Rousseff) foi sucessora do governo de Lula, eleita pelo sucesso do governo anterior, que havia se encerrado com bons índices de aprovação. Manteve a política de combate à pobreza do período Lula, mas sofreu com problemas na economia, em especial com a recessão.
O insucesso na pasta econômica prejudicou o governo Dilma. Foi destituída por um impeachment considerado pela historiografia como golpe parlamentar. Para saber mais sobre esse processo, acesse: Impeachment de Dilma Rousseff.
Michel Temer (2016-2019)
Michel Temer (Michel Miguel Elias Temer Lulia) assumiu a presidência em consequência do impeachment de Dilma Rousseff. Era o vice-presidente do Brasil e foi parte da conspiração que resultou no golpe parlamentar de 2016. Seu governo contou com medidas de austeridade econômica e foi abalado por grandes escândalos de corrupção, mas o apoio parlamentar impediu sua queda.
Jair Bolsonaro (2019-2022)
Jair Bolsonaro (Jair Messias Bolsonaro) foi eleito presidente como resultado da radicalização do debate político brasileiro. Foi vítima de um atentado durante sua campanha eleitoral, na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, o que acabou impulsionando ainda mais sua candidatura.
Caracterizado por valores conservadores e liberais, seu governo foi marcado por uma série de polêmicas, como denúncias, feitas por ele, sem provas sobre problemas no sistema eleitoral do Brasil, e a pandemia causada pela covid-19, um acontecimento sanitário histórico.
Acesse também: Como é eleito o presidente dos EUA?
Como funciona a república presidencialista do Brasil?
O Brasil se transformou em uma república presidencialista em 1889, quando um golpe organizado por civis e militares colocou fim na monarquia. Esse golpe se concretizou com a proclamação da república, em 15 de novembro. Desde então, o Brasil teve dezenas de presidentes (um total de 36 presidentes, 41 presidências e 39 mandatos até o momento atual), que governaram em diferentes períodos.
No modelo presidencialista, o presidente é a maior autoridade da nação, e, com o retorno da democracia ao nosso país, os presidentes são escolhidos para mandatos de quatro anos, com possibilidade de uma reeleição para mais quatro anos. O presidente é eleito pela população brasileira em eleições limpas e democráticas.
Infográfico sobre os presidentes do Brasil
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